terça-feira, abril 28, 2009

Destaques nos cinemas

SINÉDOQUE, NOVA YORK
(Synecdoche, New York, EUA, 2008) de Charlie Kaufman.
Drama. Ao ser deixado pela esposa, diretor de teatro hipocondríaco resolve dar um basta as suas angústias e cria uma peça autobiográfica.





EU TE AMO, CARA
(I Love You, Man, EUA, 2009) de John Hamburg.
Comédia. Noivo procura alguém para ser o seu padrinho de casamento, mas não esperava que essa pessoa mudaria a sua vida.






DIVÃ
(Brasil, 2009) de José Alvarenga Jr.
Comédia. Ao entrar em crise de identidade, mulher decide fazer análise e descobrirá uma nova pespectiva sobre a sua vida.

sábado, abril 25, 2009

Lançamentos em DVD

BABY LOVE
(Comme les autres, França, 2008) de Vincent Gareng.
Drama. Casal gay entra em conflito quando um deles decide ter um filho mesmo sem ter a menor noção de como chegar a esse objetivo.





O SILÊNCIO DE LORNA
(Le Silence de Lorna, Belgica, França, Itália, Alemanha, 2008) de Jean-Pierre e Luc Dardenne.
Drama. Imigrante albanesa entra numa "enrascada" ao decidir se casar com um capataz de um mafioso para conseguir a cidadania belga.

sábado, abril 11, 2009

Tela Super8: Cidade dos Sonhos

Um dos filmes mais enigmáticos dessa década, Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive, EUA, 2001) é um clássico absoluto do gênio David Lynch que num enredo intricado faz uma dura crítica a Hollywood; ao mesmo tempo, cria umas das mais dolorosas estórias de amor que o cinema testemunhou. Com uma excelente trilha sonora de Angelo Badalamenti, compositor habitual do diretor, Lynch exibi o seu habitual fetiche por canções de amor dos anos 50/60...e em Cidade dos Sonhos o destaque fica com a música "I've Told Every Little Star" na voz de Linda Scott. Silencio.

http://www.youtube.com/watch?v=2H9160icOYo

sexta-feira, abril 10, 2009

O Lutador

O filme “O Lutador” conta a estória do lutador de telequete, Randy “Carneiro” Robinson, que depois de anos de sucesso acaba caindo no esquecimento, a ponto de dividir o ringue com o trabalho num supermercado. Com uma vida desregrada, e o excesso de drogas (esteróides) para manter a forma, Randy sofre um infarto. Diante dessa nova situação, Randy deixa as lutas e procura um novo rumo para a sua vida, ao mesmo tempo, tenta se conciliar com a sua filha; além de engatar uma relação com a stripper Cassidy.

O enredo de O Lutador pode ser confundido com a estória do ator Mickey Rourke, um astro polêmico que conheceu a glória e a decadência total, e que hoje tenta se redimir, ou pelo menos uma segunda chance com mais maturidade e segurança. A escalação de Rourke foi uma jogada de mestre de Darin Aronofsky, que imprime um clima seco, realista a obra, deixando o ator totalmente a vontade nas cenas (criando um naturalismo que lembra bastante o cinema americano dos anos 70 e o estilo dos irmãos Dardenne). A obra de Aronofsky se mostra pessoal, afinal o diretor precisava de um bom material depois do seu primeiro fracasso com o estranho Fonte da Vida. E ele voltou com tudo, incluindo o Leão de Ouro em Veneza.

domingo, abril 05, 2009

Watchman - O Filme

O filme “Watchmen – O Filme” conta a estória de um grupo de ex-super-heróis chamado de Os Vigilantes que suspeitam que suas vidas corram perigo após a morte de um de seus integrantes: Comediante. O problema é que os membros de Os Vigilantes: Dr. Manhattan, Coruja, Rorschach, Espectral e Ozymandias deixaram de exercer essas atividades, por força de lei, e tentam se adaptar a vida comum num mundo a beira de uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética no ano de 1985.

A novela em quadrinhos Watchmen é considerado, por especialistas, a melhor obra do gênero, afinal foi escrita por um mestre, o britânico Alan Moore, o mesmo de V de Vendetta e Hell (que por sinal geraram ótimas adaptações para o cinema). Mas em Watchmen, Moore explicita o seu estilo: uma estória adulta e politizada, uma crítica mordaz de um tempo (o fim da guerra fria) que já passou, mas que não parece sair de cartaz (a União Soviética se foi, mas o terrorismo político e ideológico continua vivo).
Felizmente, o diretor Zack Snyder (do razoável 300) deixou intacto o estilo de Moore nessa adaptação, porém não teve mão firme ao condensar os 12 volumes num único filme. Dessa forma, acabou prejudicando a sua narrativa, que às vezes fica cansativa de tanto flashback. E o outro peso negativo é o elenco, que não mostra carisma (exceto Jackie Earle Haley que faz milagre como o Rorschach). Mas o que me deixou encantado em relação ao Watchmen foi a original abertura (genial!) ao som de Bob Dylan; mas, quando vamos adentrar pela obra, o gosto musical vai decaindo...“Hallelujah” que o diga!!!...cruz credo!!!.

quarta-feira, abril 01, 2009

O Leitor

O filme “O Leitor” conta a estória do advogado Michael Berg, um homem reservado que após se despedir de sua amante, começa a recordar a primeira grande paixão de sua vida: Hanna Schmitz. Michael a conheceu quando passou mal em frente ao prédio onde residia Hanna, e esta o amparou. Tempos depois, e com a saúde reabilitada, Michael retorna ao prédio de Hanna para agradecer o apoio. Ao reencontrá-la, ele fica atraído por ela, e esse sentimento é correspondido. Dessa relação, ambos descobrem estranhos prazeres: ele, o sexo; e ela, a literatura. Mas com o andar da carruagem, e com o aumento da afetividade entre eles, Hanna decide fugir, deixando Michael atordoado. Anos se passaram, e no meio do curso de direito, Michael reencontra Hanna num tribunal no qual ela, uma ex-guarda de um campo de concentração, é julgada pela morte de várias prisioneiras quando trabalhava nesse cargo.

O novo trabalho de Stephen Daldry transforma uma paixão e suas seqüelas como o pano de fundo para a expiação de uma nação (no caso, a Alemanha) em torno da culpa de carregar uma das maiores atrocidades de todos os tempos: o holocausto. Ele, por ter se envolvido, se apaixonado por uma mulher aparentemente comum, mas que guarda um passado monstruoso. Já ela não guarda nenhum rancor sobre o que ocorreu no campo de concentração, afinal aquela era a sua função. O que lhe incomodava realmente era algo banal: ser analfabeta.
Esse entrave de uma Alemanha pré-nazista (Hanna) e pós-nazista (Michael) seria um ótimo material para o saudoso diretor polonês Krzysztof Kieslowski, mas o cineasta britânico fez um bom filme, com um ótimo elenco, no qual o destaque fica por conta da participação da atriz sueca Lena Olin no final da obra. A sua passagem mostra que existem muitas perguntas sem respostas a respeito desse tema.