quinta-feira, abril 15, 2010

Destaques nos cinemas

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
(Alice in Wonderland, EUA, 2010) de Tim Burton
Fantasia. Ao perseguir um estranho coelho, uma garota cai em um buraco e chega num bizarro lugar habitado por exóticas figuras.







A CAIXA
(The Box, EUA, 2009) de Richard Kelly
Suspense. Casal em crise recebe uma visita misteriosa de uma figura lúgubre no qual lhe farão uma proposta macabra.






COMO TREINAR O SEU DRAGÃO
(How to Train Your Dragon, EUA, 2010) de Dean DeBlois, Chris Sanders
Desenho animado. Jovem prova a todos que é capaz de enfrentar dragões só não imaginava que iria se afeiçoar a um cuspidor de fogo.



TULPAN
(Tulpan, Cazaquistão/Rússia/Suíça, 2008) de Sergei Dvortsevoy
Drama. Rapaz volta ao interior com a intenção de casar mas a sua única pretendente recusa o pedido por causa das orelhas de abana do rapaz.





OS FAMOSOS E OS DOENTES DA MORTE
(Brasil/França, 2009)de Esmir Filho
Drama. No interior gaúcho rapaz tem sonhos estranhos que lhe levam a tentar sair de sua cidade e criar o seu próprio rumo.






PONYO
(Gake no ue no Ponyo, Japão, 2008) de Hayao Miyazaki
Desenho animado. Peixe tem uma relação tão forte com um garoto a ponto de se trasformar em um humano para se tornar mais próximo do amigo.





segunda-feira, abril 12, 2010

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

A NOIVA ESTAVA DE PRETO
(La Mariée Était Em Noir, França, 1968) de François Truffaut
Suspense. Mulher busca vingança contra os assassinos que mataram o seu noivo no dia do seu casamento.









A FESTA DA MENINA MORTA
(Brasil, 2008) de Matheus Nachtergaele
Drama. No interior da amazônia, rapaz é idolatrado como santo após um milagre concedido depois do suicídio de sua mãe.





A TETA ASSUSTADA
(La Teta Assustada, Peru/Espanha, 2009) de Claudia Llosa
Drama. Após a morte de sua mãe, garota tenta viver uma vida normal mesmo que o seu traumático passado volte a tona.






RINDO À TOA
(LOL - Laughing Out Loud, França, 2008) de Lisa Azuelos
Comédia. Ao retornar das férias, adolescente reata uma relação com um colega, ao mesmo tempo, tem que encarar a rotina da escola e de seus pais divorciados.




HARRY PORTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE
(Harry Porter and the Half-Blood Prince, EUA/Inglaterra, 2009) de David Yates
Aventura. O famoso bruxinho tenta, com o auxílio de um príncipe, juntar forças para encarar o maléfico Valdemort que está cada vez mais poderoso.

domingo, abril 11, 2010

Tela Super8: Priscila, A Rainha do Deserto

Nos anos 90, os filmes australianos ficaram famosos pois se não eram tensos e fortes, poderiam facilmente ser kitsch, extravagantes. Representando a segunda linha, o seu expoente máximo é o ótimo Priscilla, A Rainha do Deserto (Adventures of Priscilla, Queen of the Desert, Austrália, 1994) de Stephen Elliot quê de tão badalado acabara se tornando símbolo da Austrália (foi homenageado até nas Olimpíadas de Sydney em 2000).
Resumo da ópera: as aventuras de duas drag queens e de um transexual (atuação soberba de Terence Stamp) sob o comando de um ônibus chamado Priscilla que tem o objetivo de realizar um show no meio do deserto levando-os a um caminho da autodescoberta, tanto dos personagens quanto no aspecto geo-social. E isso fica evidente quando "elas" encontram pelo caminho um grupo de aborigenes, e para alegrar o raro e inusitado contato, fazem um show ao som de "I Will Suvive" de Gloria Gaynor.



sábado, abril 10, 2010

Guerra ao Terror

No Iraque pós-Saddam Hussein, atentados terroristas se tornaram fato comum. Diante desse cenário, o especialista em desativar bombas, o sargento Matt Thompson tem uma rotina estressante e altamente mortal. Mas durante o serviço, uma bomba é ativada por acidente ocasionando na morte de Thompson. Para substituí-lo, o sargento William James entra em cena. Mesmo que seja um especialista super qualificado, o seu comportamento imprevisível deixa todos apreensivos gerando tensão o tempo todo.

A guerra vicia. Com um argumento forte, Guerra ao Terror surpreende ao abordar um homem que vê o melhor, o pior, e até mesmo sentido quando pisa em terreno hostil. É na adrenalina, no extremo que ele se sente bem, útil. Em conta dessa situação, a diretora Kathryn Bigelow foi feliz ao filmar com a câmera na mão, deixando tudo mais tenso, nervoso. E essa sensação se amplia pela boa fotografia, que explora cores ensolaradas mas de uma maneira escura, enfatizando o estado lamentável onde se encontra o Iraque. A montagem é eficiente e ajuda a elevar a tensão, como a ótima abertura que impressiona pelas imagens que captam de maneira realista os segundos depois de uma explosão. Mas o grande destaque vai para o ótimo uso do som e a bela atuação de Jeremy Renner como o temperamental e imprevisível sargento William James. De forma contida, Renner mostra um homem que vive uma guerra externa e interna, em que a simples possibilidade de serenidade lhe causa certo incômodo, mal-estar. É no caos que ele vê ordem, sentido.
Guerra ao Terror é considerado uma obra a exaltação ao militarismo americano, um argumento que faz certo sentido, mas o filme vai além ao narrar a vida de um homem solitário, dono de suas próprias regras mas de uma conduta que o deixa impossibilitado de viver uma vida comum. Mesmo que ele veja atrocidades diariamente, é melhor que fazer compras no supermercado. A tensão, o risco, a adrenalina realmente vicia.

segunda-feira, abril 05, 2010

Um Olhar do Paraíso

Susie Salmon é uma garota de 13 anos que tem uma vida comum: pais carinhosos, uma avô destrambelhada, um grande amor pela fotografia, dois irmãos mais novos para ficar de olho, além de uma paixão secreta por um colega da escola. Mas todo esse curso é interrompido quando Susan é estuprada e morta pelo seu vizinho que é um psicopata pedófilo. No céu, ou melhor, no paraíso, ela observa tudo o se passa pela sua família que sofre um grande desgaste após a sua morte, além de se assombrar com o fato que o seu algoz planeja atacar novamente tendo como vitima a sua irmã do meio.

Todo mundo conhece Peter Jackson com O Senhor dos Anéis, mas a sua obra máxima, até o momento, é Almas Gêmeas (1994), um filme genial que mistura drama, fantasia e suspense. Com ingredientes similares encontrados em Almas Gêmeas, Um Olhar do Paraíso se envereda a um caminho oposto da obra de 1994. Confuso, chato, sentimental demais, Jackson perde num vulto de movimentos e cortes de câmera que irrita qualquer um. A sua trilha sonora é esquecível, mas tem um bonito visual (figurino, direção de arte, fotografia), porém, parece que o elenco está perdido mesmo que Saoirse Ronan encante no papel de Susan.
Adaptação do best-seller "Uma Vida Interrompida - Memórias de um Anjo Assassinado" de Alice Sebold (só assisti a esse filme pois tinha vontade de ler o livro) no qual me chamou atenção pelo enredo triste e interessante, mas que na versão de Jackson me deixou entediado com um final previsível e até tolo. Decepção total.

sexta-feira, abril 02, 2010

O Lobisomem


No interior da Inglaterra, em meados de 1891, homem é atacado por uma coisa desconhecida e não sobrevive em conta da ferocidade do ataque. Lawrence Talbot, irmão da vítima, volta a casa de sua família com o objetivo de descobrir o que matou o seu irmão. Mas a sua jornada não será nada fácil pois o seu retorno ressuscitará traumas de sua infância como a misteriosa morte de sua mãe, fato este que acabou distanciando-o de sua família por posição do pai, um homem de hábitos estranhos; além de sentir uma grande atração pela sua cunhada. Durante a investigação, Lawrence também é atacado mas acaba sobrevivendo, porém o vilarejo não vê a sua salvação com bons olhos. Desconfiado de sua rápida recuperação, Lawrence percebe que não é mais o mesmo, que se transformou no monstro que o atacou, um lobisomem.

Estranhíssima adaptação do clássico de horror da Universal nos anos 40, a nova versão tem pontos positivos como o seu acentuado clima gótico, a bela fotografia fria que exploram ambientes escuros, velas e lamparinas acessas, dias nublados. Outro aspecto significativo foi a inclusão da psicanálise em sua trama, afinal fala de conflito entre pai e filho, traumas de infância, o poder que o sexo (as mulheres) exercem sobre o monstro/bestialidade que existe no homem. Se Freud está presente nas entrelinhas, algo comum nos filmes dos anos 40, o maior defeito de O Lobisomem foi justamente o fato de não saber como fazer essa engrenagem funcionar, ou seja, de criar emoção ao filme, deixar o público curioso ou com medo. Resumindo: o filme é uma catrástofe. Alias, tudo é frio, sem vida. O diretor Joe Johnston, que conduziu obras de apelo fácil, pueris (Jumanji; Querida, Encolhi as Crianças) com grande uso de efeitos visuais, mas que não teve mão ou macete a uma obra que soa mais adulta e pesada. Nem o ótimo elenco (Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt e Hugo Weaving) foi capaz de salvar dessa sina.