sábado, maio 15, 2010

Destaque nos cinemas

AS MELHORES COISAS DO MUNDO
(Brasil, 2010) de Laís Bodanzky
Drama. Adolescente vive as suas primeiras experiências sexuais, ao mesmo tempo, tenta lidar com o divórcio dos pais.




ZONA VERDE
(Green Zone, EUA/Inglaterra, 2010) de Paul Greengrass
Drama. Grupo de militares americanos vão ao Iraque em busca de armas de destruição em massa, mas desconfiam que a sua missão seja uma farsa.



MARY E MAX - UMA AMIZADE DIFERENTE
(Mary and Max, Austrália, 2009) de Adam Elliot
Desenho animado. Uma solitária garota australiana faz amizade, por correspondência, com um americano cheio de problemas.





O PROFETA
(Un prophète, França/Itália, 2009) de Jacques Audiard
Drama. Analfabeto é preso e para sobreviver a penitenciária é obrigado a fazer determinados "serviços" para o bando que domina a prisão.

sexta-feira, maio 14, 2010

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

É PROIBIDO FUMAR
(Brasil, 2009) de Anna Muylaert
Drama. Professora solitária se apaixona pelo vizinho e para conquistá-lo decide largar o seu grande vício: o cigarro.

ZUMBILÂNDIA
(Zombieland, EUA, 2009) de Ruben Fleischer
Comédia. Num mundo infestado por zumbis, dois sobreviventes devem enfrentar as suas diferenças para continuar vivos.

AMOR SEM ESCALAS
(Up in the Air, EUA, 2009) de Jason Reitman
Drama. Executivo obcecado em milhas de viagens, vê o seu objetivo ser atrapalhado em conta de uma nova colega de trabalho e, ao mesmo tempo, se apaixona por uma elegante executiva.

UM HOMEM SÉRIO
(A Serious Man, EUA, 2009) de Ethan Coen e Joel Coen
Drama. Casal começa a brigar em conta da chegada do irmão folgado do marido que pretende se instalar na casa dos dois.

O MENSAGEIRO
(The Messenger, EUA, 2009) de Oren Moverman
Drama. Veterano da guerra do Iraque recebe a missão de informar as mortes dos soldados para os seus respectivos familiares.

O FANTÁSTICO SR. RAPOSO
(The Fantastic Mr. Fox, EUA, 2009) de Wes Anderson
Desenho animado. Após anos de civilidade, patriarca de uma familia exemplar começa a dar vazão a sua natureza selvagem, afetando a vida de todos.



SHEROCK HOLMES
(Sherlock Holmes, EUA, 2009) de Guy Ritchie
Ação. O famoso detetive inglês tenta decifrar mais um mistério enquanto tenta sobreviver a uma péssima notícia: o casamento do seu fiel companheiro, Watson.

segunda-feira, maio 10, 2010

Tela Super8: Quando as Metralhadoras Cospem

Clássico da sessão da tarde nos anos 80, Quando as Metralhadoras Cospem (Bugsy Malone, Inglaterra, 1976) de Alan Parker, é uma gozação sobre os filmes da máfia em conta do sucesso estrondoso de O Poderoso Chefão. Musical composto somente por elenco infantil, o filme se passa na Nova York em meados de 1920, no qual duas gangues lutam para ter metralhadoras que cospem tortas (uma brincadeira para zoar da violência dos filmes de gângster). No elenco chama atenção Jodie Foster, aos 12 anos de idade, que canta a música "My Name is Tallulah" de uma forma desengoçada e ao mesmo tempo divertida.





quinta-feira, maio 06, 2010

Onde Vivem os Monstros



Max é um garoto extremamente criativo, de imaginação fértil e super sensível. Mesmo que ame a sua irmã e mãe, ele se isola e faz drama diante de certas situações como a indiferença da irmã adolescente e da mãe que está namorando. E durante o jantar, Max faz “cena” deixando a mãe estressada a ponto de levar um castigo. Mas em vez de obedecê-la, ele a morde e sai correndo para fora da casa em direção a um bosque até alcançar um barco no qual levanta a proa e o conduz para um misterioso lugar. E este lugar é habituado por criaturas enormes, de força descomunal, na qual Max acaba se identificando a ponto de mentir e a impressionar e persuadi-los com as suas estórias. Por conta disso, Max acaba se tornando o rei do bando.

Belo trabalho sobre a solidão e o doloroso processo de amadurecimento sobre a ótica pueril de um garoto, tema que faz lembrar dos filmes da Sofia Coppola, alias ex-mulher do diretor Spike Jonze que volta a dirigir depois de um tempo na berlina. Mas o seu retorno mostra um artista que dá ênfase a criatividade (se bem que o grande orçamento do filme ajudou) o que sempre foi a sua marca. Adaptação da obra clássica de Maurice Sendak, o filme comove ao mostrar que não dá para agradar a todos, mesmo que a gente não queira isso. Esse humanismo é mostrado pelos monstros que representam as várias facetas do garoto, num ótimo trabalho de efeitos visuais que mistura bonecos, mas com faces digitalizadas. Até a linda trilha sonora cheia de gritos, tambores, sussurros remetem ao universo de Max. Com um belo e emocionante final, Onde Vivem os Monstros mostra que a desordem e a confusão existem, mas também existem pessoas, lugares que fazem tornar isso tudo mais suportável.

terça-feira, maio 04, 2010

Ilha do Medo


Ilha Shutter, 1954. O policial Teddy Daniels e o seu novo parceiro Chuck Aule são chamados para investigar o desaparecimento de uma paciente em um hospital psiquiátrico que trata pessoas que cometeram crimes em conta de distúrbios mentais. Instalado no hospital, Teddy e Chuck verificam o local, a cela da paciente desaparecida e acabam achando um bilhete sem sentido. Ao interrogar os funcionários do hospital, eles descobrem falhas na segurança, mas nada que chamasse a atenção. Porém, ao abordar os pacientes, Teddy pergunta sobre o paradeiro de Laeddis, uma pessoa que teve uma participação no seu misterioso e trágico passado.


Parece que o mestre Scorsece seguiu os passos de Tarantino em Ilha do Medo, no qual coloca em jogo todos os seus conhecimentos cinematográficos. Se o filme não é uma expressão de amor ao cinema (como Kill Bill e Bastardos Inglórios), mas faz uma bela homenagem ao cinema dos anos 50 representado por Hitchcock, film noir e os melodramas de Douglas Sirk. Alias, a abertura fantástica é Hitchcock puro, além da excelente trilha sonora de John Cage que remete Psicose, Um Corpo Que Cai, Tubarão. A montagem é precisa, que conta a estória com parcimônia, aumentando o suspense. Da mesma maneira, o filme apresenta um cuidadoso trabalho de design de produção como o figurino (a enigmática gravata de Teddy), a direção de arte exibe cores frias e escuras e a linda forografia de Robert Richardson que explora com precisão ambientes externos como tempestade, neve, um lago ensolarado quanto os internos como salas frias, corredores escuros, todo esse universo acaba ampliando a confusão em torno de Teddy, uma ótima interpretação de Leonardo DiCaprio, a frente de um ótimo elenco. Com um final de cortar o coração, Ilha do Medo é um resumo de uma geração que viveu com a guerra fria, conspiração, caça as bruxas e do significado do american way of life.

domingo, maio 02, 2010

Contatos do 4º Grau


Abbey Tyler é uma psicóloga da distante cidade de Nome, Alasca. Analisando os relatos dos seus pacientes, ela fica intrigada com a incrível coincidência dos depoimentos: eles acordam por volta das duas e meia ou três horas da madrugada e são observados por uma misteriosa coruja. Curiosa, Abbey tenta investigar o que está acontecendo e descobre, através da hipnose, que essas pessoas estão sendo abduzidas por seres extraterrestres. E esses fatos podem ser uma resposta para a misteriosa morte de seu marido que estava investigando estranhos sumiços na região.
Intrigante e interessante trabalho de estréia de Olatunde Osunsanmi que tem como ponto forte a transição de documentário (mesmo que às vezes soe como programa investigativo feito pela televisão) com a ficção, particularmente nas cenas de hipnose no qual são exibidos vídeos verdadeiros e, ao mesmo tempo, a reconstituição produzida pelo filme. Utilizando imagens de arquivo produzido pela própria psicologa Abbey, as cenas realmente impressionam, fruto de um bom trabalho do montador. A fotografia com os seus tons frios, explorando o azul (afinal a estória se situa no Alasca) é bem feita, da mesma maneira que o som. Mas o seu grande defeito é a espalhafatosa trilha sonora que quebra o clima, no qual é usada de forma exagerada, fato comum em programas televisivos.
Baseado em fatos reais, o filme tenta analisar os mistérios que envolve a região, um lugar pequeno e distante no qual fenômenos estranhos e inexplicáveis acontecem deixando a autoridade pública (FBI) e estudiosos intrigados e perplexos. E agora o público também.