terça-feira, junho 15, 2010

Destaques nos cinemas

QUINCAS BERRO D´ÁGUA
(Brasil, 2010) de Sérgio Machado.
Comédia. Diante da inesperada morte de um grande boêmio, seus amigos roubam o seu corpo no sepultamento e fazem a "despedida" que o morto sempre desejou.




O ESCRITOR FANTASMA
(The Ghost Writer, França/Inglaterra, 2010) de Roman Polanski
Suspense. Escritor recebe a missão de escrever a biografia de um importante político, mas no decorrer do trabalho ele percebe que a sua vida está em risco.




ANTES QUE O MUNDO ACABE
(Brasil, 2010) de Ana Luiza Azevedo
Drama. Enfrentando típicos problemas da adolescência, garoto recebe uma carta do pai no qual nunca conhecera o que levará a encarar novos rumos em sua vida.

domingo, junho 13, 2010

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

CHÉRI
(Inglaterra/França, 2009) de Stephen Frears
Drama. Rapaz comprometido tenta terminar um caso com uma antiga cortesã, mas o amor dos dois é maior do que se imagina.





EUROPA 51
(Itália, 1952) de Roberto Rossellini
Drama. Após o suicídio de seu filho, mãe larga a vida confortável para cuidar dos mais pobres, necessitados.






GUERRA AO TERROR
(The Hurt Locker, EUA, 2008) de Kathryn Bigelow
Drama. Na Guerra do Iraque, militar americano especialista em desarmar bomba deixa a sua equipe em estado de alerta em conta do seu comportamento imprevisível.





ABRAÇOS PARTIDOS
(Los Abrazos Rotos, Espanha, 2009) de Pedro Almodóvar
Drama. Pertubado cinesta relembra o seu trágico passado, especialmente o acidente de carro no qual ele perdeu a visão e a sua esposa.




ONDE VIVEM OS MONSTROS
(Where The Wild Things Are, EUA, 2009) de Spike Jonze
Drama. Após brigar com a mãe, garoto foge de casa e se depara numa floresta habitada por estranhos habitantes.

quinta-feira, junho 10, 2010

Tela Super8: David Bowie - "Cat People (Putting Out Fire)"

Quando assisti Bastados Inglórios (Inglourious Basterds, EUA, 2009) de Quentin Tarantino no cinema fiquei com um tremendo sorriso no rosto ao ver a personagem Shosanna se preparando para a sua vingança ao som de "Cat People (Putting Out Fire)" de David Bowie. E vale lembrar que esta música faz parte da trilha sonora do excitante e bizarro Marca da Pantera (Cat People, EUA, 1982) de Paul Schrader, constantemente exibido nas madrugadas da Globo nos anos 90.





terça-feira, junho 08, 2010

A Estrada

Nunca fui fã de filmes de apocalipse em que exaultava a violência como forma de sobreviver ao caos e a loucura, vide a trilogia Mad Max, Waterworld, Eu Sou a Lenda e outras obras do gênero. Dessa maneira assisti A Estrada com certo receio, mas fiquei surpreso pelo caminho alternativo que o filme explora. A violência, a loucura, a insanidade, o instinto de sobrevivência estão lá, mas o foco maior é manter uma família unida que testemunha o fim do mundo e tenta viver num lugar em que a vida já se exauriu, o clima está ficando mais frio, a natureza está morrendo - e se não for o bastante - humanos caçam seus semelhantes para servir de alimento. Mesmo assim eles tem um objetivo, que é chegar a um lugar mais quente, mais ao sul (eles vivem no norte dos EUA) e voltar ao antiga convivência, se for possível. Mas diante de um ambiente hostil, a depressão, a desesperança, a falta de expectativa e até mesmo a ingenuidade e a falta de humanidade podem ser ferramentas que podem derrubar esse núcleo unido já abalado pelo suicídio da mãe. Baseado no livro do mesmo autor de Onde Os Fracos Não Tem Vez, mostra um mundo sem sentido em que o mal está ao lado, em que viver a cada segundo é um luxo. Com ótimas atuações, em especial de Viggo Mortensen e uma bela fotografia de Javier Aguirresarobe e a interessante trilha sonora de Nick Cave e Warren Ellis, A Estrada é um caminho tortuoso, única via para escapar da loucura e voltar a rotina comum.

domingo, junho 06, 2010

Baby Love

Delicado filme francês que aborda um gay desejando ter um filho, mas diante das circunstâncias vê a sua relação com o namorado desmoronar, ao mesmo tempo, encontra situações inusitadas para atingir o seu objetivo. Sem ser profundo demais, o filme é bem convencional, e até didático demais ao lidar com as mudanças drásticas que a sociedade está sofrendo como os direitos dos homossexuais, as mudanças do formato da família, que antes era um tabu e agora está em pauta quando se fala em direitos humanos. Mas pelo menos o filme de Vincent Garenq ajuda no debate sobre as mudanças sociais. Com atuações corretas e uma produção ok, Baby Love é só uma obra que explora um tema atual, de uma forma que lembra as novelas das oito da Rede Globo.

quinta-feira, junho 03, 2010

Chico Xavier

No ano de 2010, Chico Xavier, um personagem fundamental na introdução do espiritismo no Brasil, completa 100 anos de existência. E pensando numa homenagem - também nos lucros - pela pessoa caridosa que ele representa para o brasileiro, Daniel Filho fez uma obra correta (até demais) ao mostrar a figura que todos nós conhecemos como o seu lado humanitário, mas deixou a pessoa comum, com os seus erros e defeitos de fora, e não é grosseria demostrar o seu lado sexual para não ser mais polêmico afinal ele é um ser humano (ficou a impressão que ele é um ser assexualizado). Outro fato que irrita é que os flashbacks ocorrem sempre depois que a câmera entra na televisão recordando Matrix, mas de uma forma tão grosseira que lembra telefilmes manjados. Outros erros são visíveis também em conta da péssima atuação do ator André Dias que faz o guia espiritual que acompanha Xavier e a trilha sonora estranha. Mas o filme tem pontos positivos em conta do seu ótimo elenco. Ângelo Antônio está muito bem no papel do Xavier jovem, e a semelhança visual entre Nelson Xavier e Xavier já velho impressiona. Uma pena que o Daniel Filho explorou por pouco tempo a presença de Nelson na tela. Mas o destaque fica por conta da ótima atuação de Tony Ramos que rouba a cena como o diretor cético mas que tem todos os seus conceitos abalados (ele é ateu) em conta da carta psicografada que o Xavier recebeu de seu filho morto. Resumindo: o filme mostra o surgimento do espiritismo no Brasil, um caminho nada fácil diante da posição ferrenha da igreja e da sociedade, mas a pessoa em si foi deixada de fora com os seus pontos fortes e fracos. Uma pena.