domingo, outubro 17, 2010

Destaque nos cinemas

COMER, REZAR E AMAR
(Eat, Pray, Love, EUA, 2010) de Ryan Murphy
Drama. Americana infeliz larga tudo e cai na estrada, melhor - Itália, Índia e Bali - em busca de si mesma.



A LENDA DOS GUARDIÕES
(Legend of the Guardians: The Owls of Ga'Hoole, EUA, 2010) de Zack Snyder
Desenho animado. Jovem coruja fascinado por guerreiros tenta resgatar corujas que cairam do ninho e que estão nas mãos de uma figura perigosa.

EU MATEI MINHA MAE
(J'ai tué ma Mère, Canadá, 2009) de Xavier Dolan
Drama. Rapaz de 17 anos vive uma relação de amor e ódio com a sua mãe, ao mesmo tempo, tem experências de vida típica de sua idade.



TROPA DE ELITE 2
(Tropa de Elite 2, Brasil, 2010) de José Padilha
Policial. Ao virar secretário de segurança, Capitão Nascimento ganha novos inimigos e tenta estabelecer uma relação com o seu filho adolescente.



MACHETE
(Machete, EUA, 2010) de Ethan Maniquis e Robert Rodriguez
Policial. Agente federal contratado para matar uma pessoa influente, descobre que caiu numa cilada e parte para a vingança.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

O SEGREDO DOS SEUS OLHOS
(El Secreto de sus Ojos, Argentina/Espanha, 2009) de Juan José Campanella
Drama. Ao se aposentar, homem decide escrever um livro relatando um difícil período em sua vida profissional e pessoal.





A FITA BRANCA
(Das weiße Band, Alemanha/Áustria, 2009) de Michael Haneke
Drama. Coisas estranhas começam a acontecer numa vila do interior da Alemanha, especialmente em relação ao comportamento das crianças.






O BRILHO DE UMA PAIXÃO
(Bright Star, Austrália/Inglaterra, 2009) de Jane Campion
Drama. Na Inglaterra vitoriana, poeta se envolve com estudante de moda, uma relação que é desaprovada pela família de ambos.






À PROVA DE MORTE
(Death Proof, EUA, 2007) de Quentin Tarantino
Suspense. Três belas garotas vão a um bar e chamam a atenção de todos inclusive de um homem misterioso.






O PROFETA
(Un Prophète, França, 2009) de Jacques Audiard
Drama. Ao ser preso, jovem descendente de arábes e analfabeto tem que respeitar regras do chefão do lugar para sobreviver.






DE REPENTE, CALIFÓRNIA
(Shelter, EUA, 2007) de Jonah Markowitz
Drama. Surfista sem perspectiva acaba se envolvendo com o irmão de um amigo seu.

terça-feira, outubro 12, 2010

Tela Super8: Annie

Annie (EUA, 1982) de John Huston pode não ser o melhor musical do mundo, o que soa verdadeiro, aliás um dos piores trabalhos do diretor, mas pasmem, foi o primeiro filme estrangeiro que eu assisti no cinema...ok, mas poderia ser pior. Mas até hoje eu me recordo de uma cena que eu adoro é o número musical mostrando o cotidiano do orfanato em que as orfãs cantam "It´s a Hard Knock Life".












sexta-feira, outubro 08, 2010

Os Vampiros que se Mordam

Bom, acho que fui abduzido por ets ao assistir ao filme "Os Vampiros que se Mordam", mas as vezes a gente tem que sair do lugar comum e ver um filme pipoca sem preconceitos. Mas nesse caso, realmente eu deveria ter ouvido o meu instinto, afinal parodiar uma obra sofrível (a saga Crespúsculo) não é um bom sinal. O filme consegue uma estranha atrocidade: as vezes se torna pior que o filme Crespúsculo, mas não posso dizer sobre o restante da saga pois nunca assisti em conta da péssima experiência de ter visto o primeiro filme. Com piadas boçais, com muita referência a tv americana e o ridículo uso da violência física que se tornou presença carimbada nas últimas comédias desse porte, esta atrocidade foi produzida de forma canhesta, com péssimos atores, sem bem que com um roteiro desses nem Marlon Brando dá jeito. Salvo algumas exceções como a gozação sobre a banda Black Eye Peace como também a paródia de uma música do Radiohead, o resto você pode jogar na privada.
Na verdade, para ser sincero nem sei o que dizer sobre esse filme. Tô com vergonha de postar sobre essa obra infâme, mas na próxima vez eu prometo que vou ser mais seletivo, mas as vezes é bom ser corajoso e "ousar", porém o fator de quebrar a cara também é grande.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme


Oliver Stone tá mansinho. Mesmo sendo uma crítica a crise econômica, ao poder das grandes corporações e as richas quase shakespeariana entre os executivos, o filme é um verdadeira novela das oito. Esperando polêmicas, o filme cai no lugar comum e só chama atenção justamente por retratar a crise, melhor, a tal bolha que vira e mexe ela aparece, literalmente. Mesmo que o diretor tenha sido inteligente ao retratar e tentar comparar a crise atual com a que ocorreu em 1987, ano em que ele lançou a primeira parte Wall Street - Poder e Cobiça, mas infelizmente não sai disso. Um dos poucos pontos positivos é Michael Douglas. Sumido, o ator demonstra segurança ao voltar no papel do ganancioso e de moral dúbia Gordon Gekko que lança um livro sobre a sua vida após sair da cadeia. Pena que ele volte como coadjuvante pois o papel de Shia LaBeouf como o hamletiano Jacob Moore afugenta tudo ao interpretar um executivo ambicioso que pede ajuda a Gekko, por ironia, o pai de sua namorada, para se vingar da morte do seu mestre em conta dos planos maquiávelicos de Bretton James (Josh Brolin).
Retratando um momento em que todos estão pensando em dinheiro e aproveitar para ganhar mais ainda, mesmo que as coisas não estejam bem (como bem retrata a fracassada ex-enfermeira Susan Saradon) e que a única que não se importa com isso é a filha de Gekko interpretada por Mulligan, Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme mostra uma sociedade que na alegria e na tristeza o dinheiro é bem vindo. Como diria a célebre frase de Gekko: "ganância é bom". E sejamos sinceros, os americanos são bons nisso. Para o bem ou para o mal. Mesmo com o seu the end bobinho, o casal 20 da trama não resistiria a pobreza. Até o amor tem sifrão. Tai uma boa idéia para o próximo filme de Stone.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Anjo Azul


Fiquei encantado e comovido por esse drama alemão de 1930 dirigido por Josej von Sternberg, que me fez lembrar demais dos filmes de Lars von Trier, mas que ao contrário dos trabalhos do diretor sueco, aqui é o homem que se sacrifica por um amor e que no final se transforma em motivo de chacota e humilhação. A cena final é de cortar o coração e tudo se deve a ótima interpretação de Emil Jannings como o professor Imannuel Rath, um homem metódico, correto e autoritário no seu mundo, mas que quando se ausenta nele vira um peixe fora dágua, transformando-se em presa fácil para a maliciosa e boêmia Lola, bela cantora de cabaré que deixa os homens loucos, papel que tornou a diva Marlene Dietrich numa estrela do cinema mundial. Mas será que Lola é uma femme fatal? Bom! Acho que não. Ela é artista, liberal, que faz o que gosta e se sente confortável nesse ambiente que é seduzir e manipular homens como o personagem de Jannigns. Ao contrário do professor, que vive num mundo redondo, mas totalmente inexperiente quando sai dele. Um dado que me chamou atenção no cabaré foi a presença do palhaço nas cenas do camarim, que observa tudo com destreza e silêncio. Inicialmente, lembrei de Fellini, mas não esperava que o seu significado fosse outro no decorrer do filme.
Se o filme lembra os trabalhos de Trier por mostrar a descida do inferno do professor, da mesma forma, tem muita inspiração nas obras do expressionismo alemão, como o jogo de luzes e sombras, as ruas irregulares, o penetrar num universo escuro, pertubador que dificilmente alguém sairá sem deixar marcas em suas costas.