domingo, maio 15, 2011

Destaques nos cinemas

REENCONTRANDO A FELICIDADE
(Rabbit Hole, EUA, 2010) de John Cameron Mitchell

Drama. Casal tentar voltar a normalidade após a morte de seu único filho.











TURNÊ

(Tournée, França, 2010) de Mathieu Amalric
Drama. Ex-produtor bem-sucedido da televisão joga tudo para o alto ao tentar explorar um novo negócio nos EUA.










CAMINHO DA LIBERDADE

(The Way Back, EUA, 2010) de Peter Weir

Drama. Ao escapar de uma prisão na Sibéria, sete prisioneiros tentarão sobreviver a natureza hostil da região.

sábado, maio 14, 2011

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

TREM DA VIDA
(Train de Vie, França/Belgica, 1998) de Radu Mihaileanu
Drama. Para escapar da dominação nazista, população de um vilarejo encena a sua fuga na região se fazendo de soldados alemães.







A MENTIRA
(Easy a, EUA, 2010) de Will Gluck
Comédia. Garota se transforma em popular na escola quando espalha a notícia que não é mais virgem.









MINHA TERRA, ÁFRICA
(White Material, França, 2009) de Claire Denis
Drama. Francesa dona de uma plantação de café na África decide, ousadamente, ficar após eclodir uma guerra na região.








HARRY PORTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE PARTE 1
(Harry Porter and The Deathly Hallows: Part 1, EUA/Inglaterra, 2010) de Davis Yates
Aventura. O bruxo Harry Porter sai da escola de magia para descobrir um meio de deter a ascensão de seu inimigo Voldemort.








O PEQUENO NICOLAU

(Le Petit Nicolas, França, 2009) de Laurent Tirard

Comédia. Garoto tem a vida que sempre quis, mas a situação pode mudar com a chegada de um irmão mais novo.

quarta-feira, maio 11, 2011

Tela Super8: Whitney Houston - "I Wanna Dance with Somebody (Who Loves Me)"

Sem ter o que fazer na vida eu ligo a televisão e vejo um filme chamado De Repente 30 (13 Going On 30, EUA, 2004) de Gary Winick, e mesmo que o filme seja bobinho, pelo menos traz uma boa trilha sonora só com sucessos dos anos 80, de Talking Heads a Michael Jackson. Mas o que me deixou contente foi escutar uma música que eu curtia demais na escola, lá quando eu tinha 10 anos de idade. Era "I Wanna Dance with Somebody (Who Loves Me)" de Whitney Houston.



domingo, maio 08, 2011

A Fita Branca



Eu vi em algum lugar que o cineasta alemão Fassbinder afirmava que numa relação amorosa existe o dominador e o dominado. Perante a essa visão fria das relações amorosas, o filme A Fita Branca (um dos filmes mais acessíveis de Michael Haneke, algo surpreendente por ser um profissional extremamente racional) parece refletir o pensamento do cineasta alemão ao recriar uma vila no interior da Alemanha nas vésperas da Primeira Guerra Mundial. Ao abordar a hierarquia do poder em que a autoridade coercitiva desenfreada pode trazer sérias consequências vide na relação social, familiar, amorosa. Ou seja, num ambiente sufocante, as pessoas se sentem a vontade de realizar coisas, fatos cruéis.
Sob o ponto de vista de um professor, narra-se estranhos acontecimentos em um aparente pacato vilarejo: um médico ao chegar em casa a cavalo sofre um estranho e intencional acidente, mas sobrevive. No dia seguinte, a esposa de um funcionário de uma fazenda também sofre um estranho acidente de trabalho e sucumbe. Perante o falecimento da mãe, um de seus filhos culpa o dono da fazenda pela morte e decide se vingar, seqüestrando e torturando o filho do fazendeiro.
Retratando um mundo que definitivamente entrou em uma era das trevas, Haneke faz um ótimo trabalho sobre a violência, o jogo de poder entre as pessoas chegando as últimas conseqüências no decorrer dessa relação. Com uma perfeita fotografia (Christian Berger, indicado ao Oscar) em preto e branco que realça através do visual claustrofóbico um ambiente sombrio, ressaltando a sordidez, o mal, o que faz lembrar da questão do ovo da serpente. Ou seja, tenta responder como um povo tão racional, instruído, aceitou ser passivo as atrocidades cometidas décadas depois (Hitler e o seu plano de eliminar todas as raças para vangloriar a raça ariana).

sexta-feira, maio 06, 2011

Bruna Surfistinha



Alguém lembra de Cristina F. 13 anos, Drogada e Prostituida? Pois é, volta e meia aparece uma obra que decide mostrar uma garota que tem tudo na vida, mas que por alguma circunstância entra para o lado negro da vida ou da sociedade. Se o livro alemão retrata o vício e suas consequências na vida de uma garota e a sua descida ao inferno, tornando um best sellers daqueles, outros exemplares beberam da mesma fonte. No Brasil, o destaque fica por conta de O Doce Veneno do Escorpião, baseado nas memórias de Raquel Pacheco, que rodava a bolsa sob o pseudônimo de Bruna Surfinha. E em conta do sucesso do livro, não demorou muito para ser adaptado para as telas do cinema. A estória: garota que se sente deslocada na escola e em casa (o fato de ser adotada piora as coisas) decide cair no mundo e procurar a felicidade e independência na prostituição. No começo ela trabalha num bordel que funciona num prédio velho. Aos poucos, Bruna (seu nome de guerra) vai conquistando os clientes por ser uma profissional bastante produtiva, além da carinha de adolescente safada. Como o mundo é grande e o ego idem, Bruna sai da espelunca e dar uma de empreendedora se responsabilizando pelo próprio trabalho utilizando uma ferramenta inusitada: a internet. Através de um blog, ela faz anotações da sua rotina de prostituta chamando atenção não somente de homens e mulheres, mas também da mídia, se tornando uma sensação da web. Com a fama, a garota entra em uma queda visceral ao torrar o dinheiro no vício de cocaína e no custo cada vez mais alto de vida.

Bruna Surfistinha é o primeiro filme de Marcus Baldini, o que simboliza que o rapaz não tem medo do material e fez um filme correto (tem muitas cenas de sexo, mas não é pesado demais), sem ambições, não vai mudar a vida de ninguém, mas o diretor mostrou ter gás para boas produções futuras. E olha que vi um certo humor involutário na obra como a cena em que as prostitutas andam na rua com um monte de tralha na cabeça após terem sido expulsas de um salão de beleza chique; e também na cena em que Bruna "ajuda" uma colega a decorar a letra da música "Listen To Your Heart" da Roxette. Mas confesso que gostei da trilha sonora, tanto na seleção de músicas (o filme começa com "Time of the Seasons" do The Zombies e termina com "Fake Plastic Trees" do Radiohead) como a instrumental de Gui Amabis, Rica Amabis e Tejo. Mas não se pode falar do filme sem mencionar a atuação de Deborah Secco. Realmente a garota nasceu para o papel, muito a vontade na jornada da personagem e olha que a Drica Morais tá ótima como a cafetina que lhe dá o seu primeiro emprego. Pena que o filme seja convencional, mas é uma boa pedida.

segunda-feira, maio 02, 2011

Não Me Abandone Jamais



Pelo próprio nome do filme percebe-se que o seu tom é triste e melancólico, mas confesso que me agradou essa estranha mistura de ficção científica com drama sentimental. Adaptação da obra de Kazuo Ishiguro (vencedor do Nobel de literatura e famoso por ter escrito Vestígios dos Dias), acompanhamos Kathy, uma garota sensível que tem um estranho destino: ela é uma espécie de clone de uma pessoa original que foi criada para servir de doadora para a sua versão original. Dessa maneira acompanhamos uma pessoa que não tem futuro e que sua mortalidade é programada. Mas o enredo desenrola voltando ao tempo, exibindo o passado de Kathy e a influência de dois colegas de infância, o intempestivo Tommy e a insegura Ruth. Após anos em um orfanato, os três são mandados para um reformatório, mas os hormônios da juventude torna a amizade do trio mais distante.

Segundo filme de Mark Romanek (o mesmo do ótimo Retratos de uma Obsessão) foca a melancolia de uma forma convencional utilizando uma fotografia sombria (afinal os protagonistas tem um futuro nebuloso, além da estória se passar na Inglaterra), um roteiro correto e uma bela trilha sonora de Rachel Portman que torna o filme triste mas não desvala para o sentimentalismo barato. E o elenco esta ótimo, especialmente a dupla Carey Mulligan e Andrew Garfield que mostra garra e sensibilidade tocante.