sábado, janeiro 15, 2011

Destaques nos cinemas

ENROLADOS
(Tangled, EUA, 2010) de Nathan Greno e Byron Howard
Comédia. Princesa presa numa torre está a espera do seu príncipe encantado, mas não esperava o aparecimento de um bandido pé de chinelo em sua vida.






ALÉM DA VIDA
(Hereafter, EUA, 2010) de Clint Eastwood
Drama. Três pessoas de nacionalidades diferentes (um americano, uma francesa e um inglês) que não se conhecem mas que aparentemente tem uma conexão próxima: a presença da morte.






TIO BOONME, QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS
(Loong Boonmee raleuk chat, Tailândia, 2010) de Apichatpong Weerasethakul
Drama. Homem doente decide viver os seus últimos dias na floresta, e durante essa jornada ele se depara com o espírito de sua esposa.




BIUTIFOL
(Biutiful, Espanha/México, 2010) de Alejandro González Iñárritu
Drama. Vidente envolvido com negócios ilícitos é confrontado pelo amigo de infância, agora um policial.






UM LUGAR QUALQUER
(Somewhere, EUA, 2010) de Sofia Coppola
Drama. Astro de hollywood bon vivant tem a sua rotina alterada com a chegada de sua distante filha pré-adolescente.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

ENCONTRO EXPLOSIVO
(Knight & Day, EUA, 2010) de James Mangold
Aventura. Mulher solitária marca um encontro com um homem, mas nem imagina que ele é um espião que está num meio de missão.







O REFÚGIO
(Le Refuge, França, 2009) de François Ozon
Drama. Após a morte do companheiro por overdose, mulher se instala em uma casa em conta de sua gravidez e também para ficar longe das drogas.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Tela Super8: Roxette - "It Must Have Been Love

Como o tempo passa rápido. Faz mais de 20 anos que Uma Linda Mulher (Pretty Woman, EUA, 1990) de Garry Marshall estreou no cinema, arrasou na bilheteria e lançou a estrela Julia Roberts, na sua melhor atuação, afinal o que seria do filme sem aquele sorrisão aberto e maroto?
Mas lembro que na época gostei muito da trilha sonora, vide Roy Orbison, mas recentemente recordei de Roxette com a música "It Must Have Been Love". Adorava essa canção naquele tempo. Recordar é viver.




domingo, janeiro 09, 2011

The Runaways - Garotas do Rock


O mundo do rock se encaixa perfeitamente com o do deslocado, desajustado. Assim foi em "Hedwig - Rock, Amor e Traição", "Velvet Goldmine", "Sid & Nancy - O Amor Mata" e outros. E na biografia da primeira banda punk feminina da história, não seria diferente. The Runaways surgiu ironicamente num momento "gay" do rock em que se os rockeiros estão se vestindo de mulher à lá David Bowie ou são caretinhas como o grupo teen enlatado The Osmond. Diante da situação, cria-se uma lacuna: em pleno auge do movimento feminista, uma garota monta uma banda de rock composta por mulheres, uma idéia insana na época (uma mulher tocando guitarra elétrica é o fim da linha). Com a ajuda de um produtor doidão, elas crescem no mundo alternativo e se tornam ícones tanto do rock como também quebram o tabu de que mulher não curte rock. No enredo se destaca a figura da vocalista Cherie Currie, garota de 15 anos que vê o seu mundo cair em conta da separação dos pais, e a sua tábua da salvação é o rock. Como definiu o produtor da banda, Cherrie é uma mistura de Brigitte Bardot com David Bowie, mas ela acaba encontrando uma rota regada a drogas e álcool, algo que entra em choque com a sua simples vida. Com a fama e a pressão entre a carreira e a familia torna sua vida em um pesadelo, mesmo que a guitarrista Joan Jett se torne a mãezona do grupo, tentando estabelecer a ordem, a sanidade em um mundo sem limites. The Runaways - Garotas do Rock é um filme correto mas que se torna um veículo para as carreiras das atrizes Dakota Fanning e Kristen Steward, stars teens do momento, em uma produção ousada e adulta. Dakota está bem no papel, mas curti muito o empenho de Steward pois o seu personagem, mesmo que importante, se torna secundário. Mas o ponto alto é o figurino e claro a ótima trilha sonora recheado de rock anos 70.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Tropa de Elite 2


Nunca testemunhei que o cinema nacional produzisse uma sequência tão boa quanto o original. Mas em tudo existe uma primeira vez, e Tropa de Elite se tornou uma ótima franquia. Se no primeiro filme, a obra denunciava a participação dos jovens que consumiam drogas inocentimente, mas que na verdade tornava o tráfico mais poderoso; além de criar a figura farcista como o Capitão Nascimento como ícone da cinematografia brasileira. Para não perder o fio da meada, o diretor José Padilha foi inteligente ao abordar novos temas na continuação como o poder das milícias e da corrupção política no caldeirão violento que o Rio de Janeiro se transformou, e que está exportando para as outras partes do Brasil. Após uma desastrada tentativa de conter um motim numa penitenciária, Cápitão Nascimento é exonerado do Bope. Mas como o seu trabalho recebeu boa repercussão entre a população e a mídia local, o governador do Rio o nomeia para trabalhar na secretária de segurança do estado. Com o passar do tempo, Nascimento consegue conter o poder do tráfico, mas com um fim de problema, nasce outro. No lugar dos traficantes surgiu a figura das milícias, policiais corruptos que estorquem a população local; como o estado não existe nesse território, as milícias tomam o poder nas favelas cariocas com a conveniência dos políticos que descobrem uma ótima maneira de criar um curral eleitoral.
Claramente inspirado nos grandes filmes sobre a máfia vide O Poderoso Chefão e Os Bons Companheiros (um filme que referencio), Padilha faz um trabalho sensacional tecnicamente: montagem, fotografia, trilha sonora, sonoplastia (fundamental em conta da narração em off de Nascimento). Aliás, o diretor poderia ter sido mais ousado se colocasse legendas na narração do personagem de Wagner Moura, pois as vezes as nossas salas de cinema tem péssimo som, seria uma ótima forma de denunciar que existem cinemas que tem uma tecnologia ultrapassada. Mas o filme não seria o mesmo sem a atuação, melhor presença do ator baiano como Nascimento. Vai ser dificil tentar separar a figura do ator com a persona, será um enorme desafio para o Wagner nos próximos anos, mas a sua atuação é incrivel: a sua corcunda, o seu ar calmo que do nada explode na tela. O cara tem presença e evoluiu na sequência. Confesso que assisti esperando alguma decepção, mas fiquei surpreso pois o filme não parece ser fruto do nosso cinema, é um corpo estranho as produções locais, mas que mostra como existe profissionais que tentam criar filmes de ótima qualidade e acessíveis a qualquer tipo de público. Positivo, operante.

terça-feira, janeiro 04, 2011

A Rede Social


O que você faria após levar o pé na bunda de alguém? Bom! Iria encher a cara e esquecer a ingrata (o) certo? Mark Zuckerberg, um nerd que estuda computação na conceituada universidade de Havard faz isso e mais um pouco. Para se vingar do sexo oposto, ele detona a ex no seu blog, e cria um site comparando a mulherada da universidade, causando o maior congestionamento na rede da faculdade. Assim, ele começou a criar inimigos (as mulheres) mas chamou atenção de muita gente pois em conta de sua ousadia acabou se tornando numa peça perfeita para criação de site de relacionamento que mais tarde causaria uma revolução nos costumes, o Facebook. Mas para chegar nesse ponto, Mark teve que passar a perna em um trio de ricaços; enfrentar dilemas com o seu melhor amigo, Eduardo Saverin; e ainda sofreu influências do ambicioso Sean Parker, criador da Napster.
O novo filme de David Fincher surpreende pelo tom realista e até humano, já que mostra os defeitos de todos os personagens, especialmente a amizade entre o antisocial e extremamente altruista Mark e o correto e pé-no-chão mas ingênuo Eduardo. De tom levemente teatral, Fincher disseca o processo da confusão que foi a criação do Facebook, exibindo todos os personagens vitais para o seu surgimento, e no decorrer da estória vai desenrolando através de eficientes flashbacks. Com uma narrativa sem erros, correta, pode até frustrar quem espera algo como o singular Clube da Luta. Aliás, muitos vêem semelhanças nos dois filmes pois o diretor faz um estudo sobre uma geração que se tornou cada vez mais isolada (geração anos 90 e 2000). Se em Clube da Luta o personagem precisa dar e levar porrada para sair do marasmo de sua vida, da sua redoma de vidro e da sua solidão; em A Rede Social, todos os envolvidos são pessoas fechadas que vêem a net como salvação econômica e pessoalmente. Ironicamente, foram os nerds, seres fechados, que criaram a rede de tecnolgia da informação que desencadeou todas as variadas formas de comunicação. De certa forma, eles queriam ganhar dinheiro, mas também criar uma ferramenta para entrar em contato com as pessoas, com o mundo. Por isso que os nerds tem uma imagem positiva hoje. O mundo e principalmente a juventude agradece.