sábado, abril 16, 2011

Destaques nos cinemas

VIPS

(Brasil, 2010) de Toniko Melo

Drama. Rapaz sobrevive dando golpes em todo mundo, em que a sua especialidade é de se passar por outras pessoas.




RIO

(EUA, 2011) de Carlos Saldanha

Animação. Arara-azul do Brasil mas criada nos EUA parte para o Rio de Janeiro e se mete em confusões, além de se envolver com outra ave de sua espécie.







CÓPIA FIEL

(Copie Conforme, França/Itália/Irã, 2010) de Abbas Kiarostami

Drama. Na Toscana, um encontro entre um escritor britânico e uma francesa serve de estopim para um bate papo sobre a arte e a vida.

quinta-feira, abril 14, 2011

Lançamentos em DVD/Blu-Ray



THE RUNAWAYS - GAROTAS DO ROCK

(The Runaways, EUA, 2010) de Floria Sigismondi

Drama. Quatro adolescentes desajustadas e amantes do rock se juntam para criar uma banda de rock feminina.







O ESCRITOR FANTASMA

(The Ghost Writer, França/Inglaterra/Alemanha, 2010) de Roman Polanski

Suspense. Escritor entra em uma cilada ao aceitar fazer uma biografia de um importante político inglês.





ABUTRES

(Carancho, Argentina/Chile/França, 2010) de Pablo Trapero

Drama. Advogado especializado em indenizações por acidentes de trânsito se envolve com uma médica que tem a rotina de cuidar, justamente, de vítimas de acidentes de trânsito.









UM HOMEM MISTERIOSO

(The American, EUA, 2010) de Anton Corbijn

Drama. Assassino profissional está prestes a realizar a sua última missão, porém, acaba se apaixonando por uma mulher.






DOIS IRMÃOS

(Dos Hermanos, Argentina, 2010) de Daniel Burman

Comédia dramática. Homem de meia idade e sensível se torna vítima da egocêntrica irmã após a morte de sua mãe.

domingo, abril 10, 2011

Tela Super8 - Minha Mãe é uma Sereia

Voltando ao túnel do tempo, recordei de um filme que eu curtia demais quando tinha 13 anos de idade chamado Minha Mãe é uma Sereia (Mermaids, EUA, 1990) de Richard Benjamin. Com um ótimo elenco, com destaque para a dupla Winona Ryder e Christina Ricci, mostra as rixas entre uma mãe liberada encarnada pela Cher e a recatada Winona na conturbada década de 60. Na trilha, Cher regrava "The Shoop Shoop Shoop Song (It´s in His Kiss)" da cantora Betty Everett, que na época fez um relativo sucesso e que desdem! Eu também curtia naquele tempo ora bolas!




sábado, abril 09, 2011

A Mentira


A Mentira é uma verdadeira surpresa. Sob a pele de filme pop adolescente atual, em que servem de veículos para estrelas da televisão americana como a Hannah Montana, irmãs Olsein e Amanda Bynes (que está presente neste filme) lançarem moda entre as adolescentes de tal maneira como High School Musical, produtos comerciais cheios de boas intenções e moralismo politicamente correto. Em conta da presença de Amanda Bynes no elenco de A Mentira, tava esperando uma bobagem adolescente. Pois o meu queixo caiu ao ver este filme. Nunca imaginaria que o diretor Will Gluck fizesse uma obra tão rica e subversiva sobre os teen movies (filmes de adolescente). Mas Gluck não se baseou nos filmes pop atuais e sim faz uma bela homenagem ao grande cineasta desse tipo de gênero: John Hughes. E acredite, o filme tem uma pitada de surrealismo e um quê de Lars Von Trier (não, eu não puxei fumo!). A estória: Olive Penderghast é uma garota inteligente e comum, daquelas que não chamam atenção de ninguém. Mas para sair do marasmo, a garota inventa uma estória e diz a sua melhor amiga, Rhiannon, que está saindo com um amigo de um irmão. Pressionada para maiores detalhes, Olive mente dizendo que não é mais virgem. Em questão de segundos, a mui amiga espalha a notícia para a escola inteira, causando o maior frisson. Como a escola é baseada em valores morais conservadores, Olive vira a sensação do momento. Diante de tanta atenção, a garota se vislumbra com a fama e não se importa com a veracidade dos acontecimentos. Com a má fama, ela é procurada por um colega que quer fazer um trato com ela: espalhar a todos que transaram para ele esconder a sua homossexualidade. Trato feito, trato cumprido. Aos poucos, outros colegas (gordos, nerds, freaks) pedem uma mãozinha a Olive, melhor, que desse autorização para espalhar por toda a escola que já passaram dos “limites” com ela. Com a chuva de boatos, Olive vira a vadia da escola, e ao aceitar esse papel ela perceberá a mesquinharia das pessoas. Avaliando o tom da estória, Olive é, de certa forma, uma santa adolescente que aceita se prostituir de mentirinha para ajudar os seus coleguinhas menos favorecidos (em outras palavras, não populares) que vivem sufocados em um ambiente regido por normas moralizantes. Luis Buñuel ficaria orgulhoso com um enredo desses. É óbvio que Olive me lembrou por demais as heroínas sacrificadas de Lars Von Trier como a Bess de Ondas do Destino, Selma de Dançando no Escuro e Grace de Dogville. Outro ponto importante é o senso de humor e inteligente de Olive, que ganha força com a boa atuação de Emma Stone (ela lembra a Liv Tyler). A empatia é tanta que é impossível você não gostar dela, o que remete aos filmes de John Hugues tipo Ferris de Curtindo a Vida Adoidado a Andie de A Garota de Rosa-Choque (em todo o filme, Olive conversa com o público através do seu blog, da mesma maneira que Ferris conversa com a câmera). Olive é uma espécie de Juno, mas sem forçar a barra para dizer que é cool, um ponto negativo da obra de Jason Reitman. O filme também faz uma homenagem ao clássico da literatura A Letra Escarlate e ainda tira onda com a versão cinematográfica de Rolland Joffé, com a péssima atuação de Demi Moore.

sexta-feira, abril 08, 2011

O Vencedor


O Vencedor é uma obra que se passa no mundo do boxe, mas o seu foco está mais nas relações familiares e na influência que pais e irmãos exercem em nossas vidas. Mesmo como um elo importante, diga-se de passagem, o filme mostra que as vezes somos diminuidos e controlados pela família, que nesse campo podemos perder a nossa liberdade em nome da prole, como no caso do boxeador Mick Ward, que deseja ser um campeão, mas a sua vida profissional está em mãos um pouco amadoras de sua empresária, Alice Ward, que na verdade é a sua mãe, uma figura manipuladora e que tenta conviver e controlar a vidas de seus nove filhos. E pra completar é treinado pelo seu irmão Dicky Eklund, um ex-lutador campeão que vive no passado e que no presente se joga nas drogas. Mas após uma derrota previsível, Mick recebe a proposta de ser treinado por um profissional de verdade o que abalará a sua relação com a sua mãe e irmão. Percebe-se pela estória que Alice e Dicky são os grandes personagens e que a dupla Melissa Leo e Christian Bale atuam com garra, mas confesso que fiquei incomodado com a interpretação dos dois, que exageram nos maneirismos. Já no outro lado, gostei mais da atuação natural e contida de Mark Wahlberg e Amy Adams como a namorada dele, Charlene. Mesmo sendo um bom filme, O Vencedor me deixou decepcionado por ser irregular. As vezes se torna um drama com uma pitada inesperada de humor (os figurinos dos anos 90; as primeiras cenas de lutas, que mostra o ringue como um ambiente caótico e ridículo, além de tirar onda com as cenas antológicas de lutas de boxe de O Touro Indomavel; e claro, as horrorosas irmãs de Mick). Porém, o filme não é, em nenhum momento, profundo - simplesmente mostra uma família que pensa que é unida mas a decisão de um de seus rebentos coloca em xeque essa estrutura. Achei a montagem e a direção convencional; a trilha sonora é legal, mas avaliando o conjunto da obra, não achei digno de ser tão agraciado pela crítica.

segunda-feira, abril 04, 2011

O Discurso do Rei


O Discurso do Rei é o típico filme feito na Inglaterra. Tem padrão de qualidade que prima pela correção, classe, elegância. Um produto perfeito made in England, daqueles que James Ivory (que ironicamente não é inglês e sim californiano) sentiria orgulho. Mas é sempre agradável ver um filme nesse tom e ainda por cima conta uma estória que eu desconhecia mas que clama para ser filmado. As vésperas da Segunda Guerra Mundial, o rei George V morre e passa a coroa para Edward VIII. Mas em conta de seu envolvimento com uma americana divorciada duas vezes, Edward faz o impensável: larga o posto de rei em nome do amor (pela lei, o rei perde o poder se casar com mulher divorciada). Diante da situação, o segundo da linhagem, duque de York, passa a tomar a coroa do império britânico. Mas o duque de York, melhor, agora o rei George VI sofre de um mal terrível para a sua situação: é gago. E discursar em público é um tormento para o coitado. Para ajudar a superar essa situação, ele terá o apoio de sua esposa, Elizabeth e a ajuda de um fonodiólogo australiano, Lionel Logue, que utiliza métodos nada convencionais.

Pelo tom percebe-se que o filme fala de superação, de uma pessoa que era motivo de chacota e que não tinha carisma, força; mas que se dedica a sempre melhorar diante do seu posto. E o filme ganha mais atrativos em conta do seu ótimo elenco (uma contida e eficiente Helena Bonham Carter e a boa presença de Geoffrey Rush). Mas o grande destaque vai para Colin Firth que realmente está ótimo no papel do temperamental mas inseguro George VI.