quinta-feira, setembro 15, 2011

Destaque nos cinemas



O PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM
(Rise of the Planets of the Apes, EUA, 2011) de Rupert Wyatt
Ficção científica. Cientista faz estudos com macacos para descobrir a cura ao Mal de Alzheimer, gerando um símio extremamente inteligente e imprevisível.




UM SONHO DE AMOR
(Io Sono L´amore, Itália, 2009) de Luca Guadagnino
Drama. Patriarca rico decide nomear filho e neto para a sucessão dos negócios, mas a sua nora acaba se envolvendo com um jovem amigo de seu filho.




O HOMEM DO FUTURO
(Brasil, 2011) de Cláudio Torres.
Comédia. Cientista descobre a máquina do tempo, o que acaba lhe levando para o pior dia de sua vida, lhe dando a chance de mudar o seu futuro.

quarta-feira, setembro 14, 2011

Lançamentos em DVD/Blu-Ray




NÃO ME ABANDONE JAMAIS
(Never Let Me Go, EUA/Inglaterra, 2010) de Mark Romanek
Drama. Três jovens são cobaias de uma experiência científica: eles são clones de pessoas reais e tem o objetivo de serem doadores dessas pessoas.





O PRIMEIRO QUE DISSE
(Mine Vagante, Itália, 2010) de Ferzan Ozpetek
Comédia. Jovem escritor tenta se reunir com a família para "sair do armário", mas os seus planos vão por água abaixo quando o seu irmão assume ser gay.







CÓPIA FIEL
(Copie Conforme, Irã/França, 2010) de Abbas Kiarostami
Drama. Mulher se encontra com um renomado escritor e começam a debater sobre a arte e a vida.











REENCONTRANDO A FELICIDADE
(Rabbit Hole, EUA, 2010) de John Cameron Mitchell
Drama. Oito meses após a morte trágica de seu único filho, casal tenta voltar a rotina, mas as lembranças e a família da matriarca são obstáculos.





BIUTIFUL
(México/Espanha, 2010) de Alejandro González Iñárritu
Drama. Homem com poderes paranormais vive na mira da polícia por se envolver no contrabando de produtos piratas.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Tela Super8: Coldplay - "Don´t Panic"

Nas últimas férias assisti ao filme Hora de Voltar (Garden State, EUA, 2004) de Zach Braff, uma obra muito comentada e que eu nunca tinha conferido antes. Sinceramente, uma obra tipicamente indie, mas que me agradou pela boa trilha sonora. E um dos destaques é a bela música "Don´t Panic" do Coldplay, que fazia algum tempo que não escutava.



quinta-feira, setembro 08, 2011

Reencontrando a Felicidade



"Após a tempestade vem a calmaria". Esse é o lema do casal Howie e Becca que estão no luto de 8 meses após a perda do único filho. Mas achar uma saída para voltar ao normal é um dilema difícil de decifrar para o casal, especialmente a esposa Becca em que a dor existe dentro e fora do seu casamento. Por dentro, Becca tenta a normalidade ocultando todos os vestígios de seu filho, algo que Howie não aceita. Por fora, a sua relação com a mãe e a irmã é um caos. A mãe tenta desastrosamente se aproximar de Becca, pois ela conhece a dor da perda de um filho, mas Becca odeia comparar a morte de seu filho (atropelamento) com a do irmão (overdose). Já a irmã é uma garota imatura que fica grávida de um músico pobretão.
De forma surpreendentemente sensível, o diretor John Cameron Mitchell se distancia totalmente de suas obras anteriores ("Hedwig - Rock, Amor e Traição" e "Shortbus") e conduz essa triste estória com uma delicadeza que torna tudo mais humano e vulnerável. Se o filme é tocante, mas sem ser profundo demais e muito menos melodramático, se deve ao fato de que sair do luto é sair de uma proteção de um mundo que a gente projetou, mas que por alguma circunstância, tudo mudou.
Além do bom trabalho de direção e roteiro, o filme vale pela ótima dupla Nicole Kidman e Aaron Eckhart. Ela que finalmente encontrou um projeto desafiante e tirou toda a maquiagem e botox que a estava deixando estranha. Já Eckhart mais uma vez mostra sensibilidade em exibir um pai desesperado em voltar a velha rotina. Aliás, já está na hora da Academia prestar a atenção nele.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Trabalho Sujo



Trabalho Sujo bebe muito do ótimo Pequena Miss Sunshine, mas lhe faltou carisma e sensibilidade no argumento - a participação de Alan Arkin como o avô doidão pesa ainda mais na comparação, aliás o ator americano deveria variar nos personagens para não se estereotipar. E como quase sempre toda obra indie americana fala sobre os fracassados, loosers. Rose e Norah são irmãs e se encontram na mesma situação: não conseguiram subir na vida. Norah não curte responsabilidade e não estuda, o seu lance é beber, fumar um baseado. Já Rose, que na escola foi a garota mais popular, se tornou uma espécie de diarista - só o fato de cuidar sozinha do filho e ter um caso com um antigo amor da escola, que se encontra casado com outra, reforça o seu descontentamento com a sua vida. Desesperada por dinheiro, aceita a ideia sugerida por seu amante de limpar uma casa após a ocorrência de um crime. Percebendo um mercado inexplorado na cidade, Rose decide, com o auxílio de sua irmã, abrir uma empresa que faz serviços de limpeza em lugares que alguém morreu (por crime, suicídio ou morte natural). Com o trabalho indo de vento em popa, ela e Norah buscam uma nova guinada para melhorar as suas vidas.
Com um enredo agridoce, esperava-se muito mais em conta do ótimo elenco, afinal Amy Adams e Emily Blunt juntas como irmãs valem uma espiada. Pena que a personagem de Emily seja pouco explorada, não tenha tanta força. Já Amy ganha mais destaque - a cena em que Rose conversa com a mãe morta via radio do carro é linda, a melhor do filme. Pena que o resto da obra não brilhe tanto.

sábado, setembro 03, 2011

Inverno da Alma



A América é conhecida pela terra da oportunidade, da liberdade, igualdade entre homens e mulheres; da mesma forma pela pujante classe média que vive confortavelmente em suas casas sem muros em um pacato e seguro subúrbio. Diante dessa imagem comum, o filme Inverno da Alma exibe um outro lado. Logo de cara mostra crianças brincando em um quintal descuidado, sujo. Esse é o cenário da adolescente Ree Dolly, uma garota de 17 anos que tem que cuidar dos irmãos mais novos e de sua mãe doente. Vivendo com ajuda da comunidade, Ree e sua família vivem como podem. Mas o pior está por vir. Um policial aparece em sua porta com uma péssima notícia: se o seu pai, um traficante foragido, não comparecer ao tribunal onde vai ser julgado, a casa da família será penhorada. Desesperada, Ree luta contra o tempo em busca do seu pai, mas para atingir esse objetivo a garota lidará com pessoas perigosas, da pior estipe, que tem contas a acertar com o seu pai.
Com uma ótima fotografia em tons escuros (a luz do Sol é um elemento que não existe neste cenário) e uma quase onipresente trilha sonora, o filme de Debra Granik (seu primeiro trabalho) expõe com sensibilidade, coragem e amargura a via crucis de Ree, uma garota dura na queda, que está habituada a hostilidade do lugar e de seus habitantes. Se de início o filme mostra Ree vivendo num mundo em que os homens dominam as mulheres; na metade por fim esse raciocínio é jogado por água abaixo, literalmente, na impressionante cena do lago. Com um ótimo elenco (fiquei feliz de rever a eterna Laura Palmer de Twin Peaks, a atriz Sheryl Lee atuando) em destaque para a dupla Jennifer Lawrence e John Hawkes, que merecidamente concorreram ao Oscar de atriz e ator coadjuvante.