sábado, dezembro 17, 2011

Nota do Blog

Finalmente, o ano de 2011 termina e começa mais um ano. E o ciclo se renova. Aproveitando o momento, agradeço as "espiadas" e os comentários de todos que acompanharam o blog nesse ano que passou. E que nos próximos 365 dias a gente não perca o contato.




FELIZ NATAL E UM ÓTIMO ANO PARA TODOS!



terça-feira, dezembro 13, 2011

Destaque nos cinemas


OS MUPPETS
(The Muppets, EUA, 2011) de James Bobin
Comédia. Os Muppets volta a ativa após descobrir que o seu teatro é alvo de um ganancioso empresário.











UM DIA
(One Day, EUA/Inglaterra) de Lone Scherfig
Comédia. Casal de universitários se conhecem e no decorrer de 20 anos, e nesse período, eles sempre se encontram uma vez por ano.









OPERAÇÃO PRESENTE
(Arthur Christmas, EUA/Inglaterra, 2011) de Sarah Smith
Animação. Na noite de natal, o filho de Papai Noel tenta entregar a tempo o presente de uma criança esquecida pelo bom velhinho.











MARGIN CALL - O DIA ANTES DO FIM
(Margin Call, EUA, 2011) de J. C. Chandor
Drama. Em plena crise econômica, funcionários de uma corporação tentam manter suas carreiras diante das demissões.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Lançamentos em DVD/Blu-Ray


A ÁRVORE DA VIDA
(The Tree of Life, EUA, 2011) de Terrence Malick
Drama. Homem decide recordar o passado, especialmente da sua relação com os seus pais, um casal de personalidades diferentes.










HARRY PORTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE: PARTE 2
(Harry Porter and the Deathly Hallows: Part II, EUA/Inglaterra, 2011) de David Yates
Fantasia. O bruxo Harry Porter e seus amigos lutam contra o maléfico Lord Voldermont que tomou de conta de Hogwarts.




CONTRA O TEMPO
(Source Code, EUA, 2011) de Duncan Jones
Ficção científica. Ao participar de uma experiência, soldado acorda no corpo de uma outra pessoa com o objetivo de identificar o autor de um atentado terrorista.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

À Deriva



À Deriva me deixou desarmado. Pego de surpresa, o filme de Heitor Dhalia é totalmente diferente de suas obras anteriores (Nina e O Cheiro do Ralo) mas que reflete o contraste de seus cenários. Se os seus primeiros filmes se passam em um ambiente urbano e decadente, À Deriva se passa numa praia paradisíaca do litoral fluminense no fim da década de 70 em que Filipa, uma garota de 14 anos, descobre a sua própria sexualidade e, ao mesmo tempo, testemunha o fim da relação de seus pais: o pai francês escritor e a mãe, professora, que não pára de beber. Mas as coisas complicam quando Filipa descobre que o pai, um cara bacana e afeituoso, tem um caso com uma gringa. Por tudo isso, a pobre garota vive entre a linha tênue das suas próprias experiências relacionadas a sua idade como também lida com a crueza do universo do mundo das pessoas adultas. Mesmo diante de um lindo visual, ela vive boiando, à deriva diante de tantos sentimentos conflitantes. Com ótimas interpretações do trio Vincent Cassel, Débora Bloch e Laura Neiva, o filme chama a atenção pela qualidade da produção. Com uma bela e sensível direção de Heitor Dhalia, tem um bom roteiro, mas não dá para deixar de mencionar a bela fotografia de Ricardo Della Rosa e a linda (linda mesmo) trilha sonora de Antônio Pinto. Sinceramente, nem parece um filme brasileiro.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

O Palhaço



Muita gente deve imaginar que o filme O Palhaço seja uma comédia rasgada, bem popular. No entanto, o filme de Selton Mello é um drama leve e sensível sobre um homem deslocado (Benjamim, que vive o palhaço Pangaré) que perdeu o sentido da vida (e da graça) e procura desesperadamente por uma identidade (por ironia, nem carteira de identidade o coitado tem!). E a falta do RG é um sinal de que alguma coisa está fora dos trilhos, então ele tenta cair na estrada novamente – já que ele vive viajando no seu circo – e tentar alcançar o seu grande objetivo: comprar um ventilador (o que é difícil pois o produto é caro, e para pagar em prestações é necessário a carteira de identidade, taí o drama do rapaz).
Como Benjamim, Selton brilha como o palhaço que faz todo mundo rir, mas que não tem ninguém para deixá-lo sorridente. Com essa informação, o protagonista se mostra amargo, o que pode representar o estilo do diretor, já que o primeiro trabalho dele na direção é o denso e triste por excelência, Feliz Natal (2008). Mas aqui dá pra notar um pouco das comédias sentimentais italianas dos anos 50. Com uma deliciosa trilha sonora de Plínio Profeta e um ótimo desenho de produção (o filme se passa nos anos 70), o que me chama mais a atenção são as participações especiais de artistas que marcaram os anos 70 como Ferrugem, Tonico Pereira e principalmente Moacyr Franco como o delegado obcecado pelo seu gato. A cena da delegacia é altamente tarantiana mostrando que Selton Mello tem muita carta na manga.

sábado, dezembro 03, 2011

A Árvore da Vida



"Nós vivemos num mundo tão grande a ponto de transformar cada um em um grão de areia nessa imensidão imponderável. E as mudanças estabelecidas no ambiente repercutirão na rotina das pessoas e vice-versa." Bom! Foi isso que senti ao ver o trailler de A Árvore da Vida, e após conferir a obra de Terrence Malick realmente demonstra o poder da natureza sobre a humanidade. Que as mudanças do meio-ambiente afeta o homem, como é o caso de Jack, arquiteto/engenheiro que vive numa selva de pedra, mas que ao se deparar com uma árvore num canteiro de obras o faz recordar da sua infância, particularmente da sua relação com os seus irmãos e os seus pais.
O filme é dividido em duas partes. A primeira mostra o surgimento e a evolução do planeta Terra; do Big Ben a eliminação dos dinossauros em imagens de tirar o fôlego (a fotografia de Emmanuel Lubezki é linda; da mesma forma a supervisão musical composta por músicas clássicas e sacras). A segunda parte foca na relação de Jack com os seus pais que representam lados opostos da natureza (a mãe é amável, compreensiva, carinhosa; o pai é autoritário, exigente, cruel).
O vencedor da Palma de Ouro em Cannes de 2011 é realmente um belo filme, porém tem alguns defeitos: a montagem, o seu final e Senn Pean. O filme tem 2 horas e 20 minutos de duração, mas se tem a impressão de ter mais de 3 horas, o que as vezes torna cansativo (e olha que o filme foi editado por 5 pessoas incluindo o brasileiro Daniel Rezende, montador de Cidade de Deus). Não gostei do final na cena da praia à lá 8 e 1/2 de Fellini, mas que ficou meio new age demais. E Sean Penn aparece no máximo 10 minutos e só faz caras e bocas. Desnecessário.
Mesmo assim vale a pena conferir A Árvore da Vida em conta de seu experimentalismo e de suas belas imagens.