Destaques nos cinemas

OO7 - OPERAÇÃO SKYFALL
(Skyfall, Inglaterra/EUA, 2012) de Sam Mendes
Ação. Diversos acontecimentos abalam a amizade entre James Bond e sua superior M ocasionando no ataque de M16.

FRANKENWEENIE
(EUA, 2012) de Tim Burton
Animação. Garoto solitário decide ressuscita o seu cachorro recém-falecido causando inveja aos seus colegas de escola.

ARGO
(EUA, 2012) de Ben Affleck
Drama. As vesperas da Revolução Iraniana em 1979, CIA traça um plano arriscado para tirar americanos no Irã.

GONZAGA - DE PAI PARA FILHO
(Brasil, 2012) de Breno Silveira
Drama. Biografia da dura vida do rei do baião e sua tempestiva relação com o seu filho Gonzaguinha.

ELEFANTE BRANCO
(Elefante Blanco, Argentina/Espanha, 2012) de Pablo Trapero
Drama. Dois padres tentam resolver os problemas sociais existentes em uma favela de Buenos Aires.

UM ALGUEM APAIXONADO
(Like Someone in Love, Irã/Japão/França, 2012) de Abbas Kiarostami
Drama. Univeristária que se prostitui para bancar os estudos inicia uma amizade com um professor aposentado.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

SOMBRAS DA NOITE
(Dark Shadows, EUA, 2012) de Tim Burton
Comédia. Ao despertar de séculos de sono, vampiro volta ao lar e dá de cara com a sua familia, uma trupe de lunáticos.

ANJOS DA LEI
(21 Jump Street, EUA, 2012) de Chris Miller e Phil Lord
Comédia. Dois policiais se disfarçam de colegiais para investigar o tráfico de drogas em uma escola.

A PRIMEIRA COISA BELA
(La Prima Cosa Bella, Itália, 2010) de Paolo Virzi
Comédia. Ao receber a notícia de que sua mãe está muito doente, homem de semblante triste decide visitá-la, fazendo-o recordar de seu passado.

Tela Super8: Um Tira da Pesada

Quem nunca escutou Glenn Frey cantando "The Heat is On", música que faz parte da trilha sonora do clássico da sessão da tarde Um Tira da Pesada (Bervelly Hills Cop, EUA, 1984) de Martin Brest. Mas um momento nostálgico da Tela Super8 :)

Kalifornia - Uma Jornada ao Inferno

Kalifornia, EUA, 1993
Direção: Dominic Sena
Elenco: Brad Pitt, Juliette Lewis, David Duchovny, Michelle Forbes.

Há quase 20 anos vi esse filme, e revendo contastei - novamente - que é mais um produto de um subgênero que ficou em grande evidência no começo dos anos 90: o psycho killer. Com o sucesso fenomenal de O Silêncio dos Inocentes, Instinto Selvagem, Hollywood produziu uma leva de filmes sobre psicopatas. E Kalifornia é um deles. Com um inicio interessante (os movimentos de câmera me recordou de Jean-Pierre Jeunet), o filme de estréia de Dominic Sena irrita por ser caricatural, afinal porque os caipiras ianques sempre são mostrados como selvagens, ignorantes? E olha que nem comentei da chatissima personagem de Juliette Lewis (que exagera no sotaque que é uma barbaridade). A trilha sonora é medonha, de ar de filme barato. Enfim, não entendo porque algumas pessoas tratam esse filme como um cult movie.

Dredd

EUA/Inglaterra, 2012
Direção: Peter Travis
Elenco: Karl Urban, Olivia Thirby, Lena Headey, Domhnall Gleeson.

O diretor Peter Travis (Ponto de Vista e Frente a Frente com o Inimigo) foi explícito nas suas referências ao adaptar Dredd aos cinemas : Christopher Nolan e Paul Verhoeven. A ultra-violência, com muito sangue e miolos expostos (filmados em câmera lenta, gerando belas cenas) remete ao Robocop e O Vingador do Futuro. Já o realismo, o futuro sombrio, uma sociedade caótica lembra demais a trilogia do Batman de Nolan. Da mesma forma percebe-se que as cenas em câmera lenta lembra A Origem. E o visual bagaceira da vilâ é inspirado no Coringa de Heath Ledger. E o diretor foi muito feliz ao ser coerente em saber fazer essa mistura e fez um ótimo filme regado a rock na trilha sonora. Considero já uma boa surpresa pois o filme foi pouco divulgado pela mídia.

A Pele que Habito

La Piel que Habito, Espanha, 2011
Direção: Pedro Almodovar
Elenco: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet.

Antigo projeto de Almodovar, A Pele que Habito é um tenso conto de horror sobre a manipulação do corpo (e porque não da personalidade) mas carregado em muitas tintas típicas do cineasta espanhol: personagens passionais, reviravoltas no enredo, MPB na trilha sonora e muito sexo. No entanto, expõe uma crítica a ética da medicina ao exibir - uma novidade almodoviana - um homem dando uma de Deus para alimentar a sua ambição (ou loucura) como um Dr. Frankstein de Mary Shelley. Não quero entrar em maiores detalhes sobre o enredo para não estragar surpresas, mas o filme surpreende pelo domínio de cena do diretor ao fazer uma obra em que o visual é meticulosamente estudado: a estória se passa na mansão do médico cheio de aparato tecnológico; como também o protagonista desenha e modela o corpo da "paciente", transformando-a em uma aula de anatomia humana. Mas o DNA do diretor está lá, mesmo que as vezes o filme se torne um pouco frio (visualmente): dominio, submissão, brincadeiras freudianas (algo explorado nos seus clássicos O Matador, A Lei do Desejo e Má Educação). Ou seja, Almodovar não muda o estilo, mas é bem-vindo ele brincar com a sua linguagem, mostrando um artista com total dominio de sua arte.