Destaques nos cinemas

COLEGAS
(Brasil, 2012) de Marcelo Galvão
Aventura. Ao assistir Thelma & Louise, três amigos com síndrome de Down resolvem cair na estrada para buscar novas aventuras.

OZ: MÁGICO E PODEROSO
(Oz: The Great and Powerful, EUA, 2013) de Sam Raimi
Fantasia. Mágico do Kansas chega na Terra de Oz no qual é confundido com o Mágico de Oz por três feiticeira.

ANNA KARENINA
(EUA/França, 2012) de Joe Wright
Drama. Na Rússia czriana, bela aristocrata casada tem um caso com um conde, escandalizando a sociedade.

PIETA
(Coréia do Sul, 2012) de Kin-duk Kim
Drama. Agiota encontra a sua mãe, porém esta é sequestrada e o filho decide procurá-la, e nessa busca decobre segredos de sua família.

A CAÇA
(Jagten, Dinamarca, 2012) de Thomas Vinterberg
Drama. A vida de um professor vira um inferno quando uma aluna sua o acusa, injustamente, de abuso sexual.

DENTRO DA CASA
(Dans la Maison, França, 2012) de François Ozon
Suspense. Ao ajudar o seu aluno, professor se sente incomodado com o comportamento cruel de seu pupilo.

EXPEDIÇÃO KON TIKI
(Kon Tiki, Dinamarca/Noruega/Inglaterra, 2012) de Espen Sandberg e Joachim Ronning
Aventura. Explorador decide viajar numa balsa para provar que o percurso entre a América do Sul e a Polinésia pode ter sido realizado no início da civilização.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

FRANKWENNIE

(EUA, 2012) de Tim Burton

Animação. Garoto solitário consegue ressuscitar o seu cachorro alimentando a cobiça de seus colegas de colégio.

MOONRISE KINGDOM

(EUA, 2012) de Wes Anderson

Drama. A fuga de um casal de adolescentes apaixonados deixam a cidade e familiares em polvorosa.

O HOMEM DA MÁFIA

(Killing Them Softly, EUA, 2012) de Andrew Dominik

Policial. Detetive é contratado para investigar um assalto num jogo de poquer realizado dentro de um cassino.

TOMBOY

(França, 2011) de Céline Sciamma

Drama. Ao se mudar para um bairro novo, garota se sente a vontade em se comportar como um garoto.

Tela Super8: M.I.A. - " Paper Planes"

Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire, EUA/Inglaterra, 2008) de Danny Boyle tem uma trilha sonora legal incluindo a famosa "Jai Ho", ganhadora do Oscar. Mas prefiro postar uma outra música do filme: "Paper Planes" da polêmica cantora M.I.A. que cai bem com o estilo pop da obra.

Django Livre

(Django Unchaned, EUA, 2012)
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson.

Esperei com ansiedade o novo trabalho de Tarantino, Django Livre, o seu primeiro filme sem a sua habitual editora Sally Menke, morta há alguns anos. Responsável pela criação do estilo do mestre, senti falta do humor e espontaneidade de sua colega. Mesmo sendo um ótimo filme, Django Livre tem problemas com o ritmo, em conta de sua longa duração (me peguei olhando o relógio durante a sua projeção) e uso excessivo de canções ao invés de uma trilha mais instrumental que fica fora de foco na narrativa. Contudo, o visual é primoroso e o elenco arrebenta. Jamie Foxx tá charmoso como protagonista e Christoph Waltz tá ótimo mesmo sendo deja vú de Bastardos Inglórios (mas agora ele é bonzinho). Mas fiquei surpreso pela ótima química da inusitada dupla Leonardo DiCaprio e Samuel L. Jackson. Eles é que deveriam estar no Oscar. E vendo pelo retrospecto, o forte de Tarantino são os personagens femininos (contrariando Cães de Aluguel e Pulp Fiction). Que Shoshana, a Noiva e Jackie Brown que o diga. E justamente aqui aparece um dos pontos fracos de Django Livre: Broomhilda, a única personagem feminina do filme. Peça-chave na narrativa da estória, porém sua presença é explorada em poses, sem compreendermos o seu passado e o porquê Django a ama tanto. Essa falta de tato diminui a força do filme, tornando esta mulher é uma das personagens mais sem sal do universo tarantiano.

Um Sonho de Amor

(Io Sono l´amore, Itália, 2009)
Direção: Luca Guadagnino
Elenco: Tilda Swinton, Edoardo Gabbrielline, Flavio Parenti, Marisa Berenson

Belo trabalho de Luca Guadagnino (100 Escovadas Antes de Dormir) que faz um raio-x de uma mulher madura que decide sair do seu protegido casulo (família, estabilidade financeira, status social) para cair de cabeça numa relação amorosa com o amigo de seu filho. Com um enredo que poderia se desvilhar para o dramalhão, fazendo lembrar os clássicos de Douglas Sirk, o filme surpreende ao optar pela imagem ao invés dos diálogos. Por isso que a obra é dividida em duas partes: a família, em que a câmera desfila pela mansão, exibindo todos os componentes da família da personagem principal; e a natureza do norte da Itália, linda, aconchegante, cenário do ninho de amor da personagem de Tilda Swinton. Aliás, a atriz inglesa arrebenta no filme: madura, bela, charmosa e falando italiano o tempo todo (mas a personagem é russa) - e que aqui e acolá consegue mostrar vulnerabilidade, medo e excitação. Mas o destaque vai para a linda fotografia de Yorick Le Saux e o belo trabalho de figurino de Antonella Cannarozzi que conquistou uma merecida indicação ao Oscar nessa categoria.

Sujos e Sábios

(Filth and Wisdom, Inglaterra, 2008)

Direção: Madonna

Elenco: Eugene Hutz, Vicky McClure, Holly Weston, Richard E. Grant

Eu sempre defendi a idéia de que no seu primeiro filme, o diretor tem o direito de errar até para ganhar mais experiência. Mas Madonna foi fundo no conceito e extrapolou. Em Sujos e Sábios, a rainha do pop faz um trabalho “pop” com linguagem e montagem ágeis, porém sem sentido algum. E os diálogos além de previsíveis são pavorosos – em que aqui e acolá surgem citações cinematográficas, de Laranja Mecânica a Acossado. Ou seja, a mulher já estampa que sabe de cinema. Ok! Mas faltou mão, melhor, neurônio na condução do enredo de três jovens que moram em Londres, juntos no mesmo apartamento, que lutam para sobreviver e também se divertir um pouco. E olha que os três personagens têm conexão com a estória da Madonna: a primeira garota quer salvar a África (Madonna tem uma ONG lá); a segunda garota é uma bailarina que quer virar stripper (Madonna faz isso nos seus shows); e o rapaz canta numa banda (nem preciso dizer o que Madonna faz).

Enfim, ainda não entendi o porquê de tanto erros nessa produção, já que a Madonna é conhecida na mídia pelo perfeccionismo e nesta obra ela derrapa feio. Inaceitável.