Destaques nos cinemas

ATÉ O FIM
(All is Lost, EUA, 2013) de J. C. Chandor
Drama. Numa viagem de barco no Oceano Índico homem descobre que está à deriva em alto-mar.

NINFOMANÍACA - VOLUME 2
(Nymphomaniac: Volume 2, Alemanha/Dinamarca/França, 2014) de Lars von Trier
Drama. A ninfomaníaca Joe continua relatando sua vida de excessos para o desconhecido Seligman.

WALT NOS BASTIDORES DE MARY POPPINS
(Saving Mrs. Banks, EUA/Inglaterra, 2013) de John Lee Hancock
Drama. Relato da difícil adaptação da Disney para o clássico da literatura infantil Mary Poppins.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

AMOR BANDIDO
(Mud, EUA, 2012) de Jeff Nichols
Drama. Dois adolescentes tentam ajudar um fugitivo a sair de uma ilha.

COMO NÃO PERDER ESSA MULHER?
(Don John, EUA, 2013) de Joseph Gordon-Levitt
Comédia. Rapaz conquistador acaba se apaixonando por uma viúva mais velha que ele.

TABU
(Portugal/Brasil, 2012) de Miguel Gomes
Drama. Duas senhoras descobrem segredos do passado de uma conhecida recém-falecida.

GRAVIDADE
(Gravity, EUA, 2013) de Alfonso Cuarón
Ficção-cientifica. Casal de astronautas tentam sobreviver no espaço após uma colisão com meteoritos.

Tela Super8: Magnólia

Até hoje o filme Magnólia (EUA, 1999) de Paul Thomas Anderson causa um grande impacto em mim, tanto pelos temas dolorosos que aborda como o formato que a obra expõe, sempre surpreendendo o público. E um dos seus melhores momentos (que são tantos) é quando o elenco canta a música "Wise Up" de Aimee Mann. É de cortar o coração.

Apenas Uma Vez

(Once, Irlanda, 2006)
Direção: John Carney
Elenco: Glen Hansard, Markéta Irglóva, Bill Hodnett, Danuse Ktrestova

O filme de John Carney (À Beira da Loucura) é uma bela estória de amor. Mas não me refiro a estória de amor entre pares. Mas um hino de amor a música e o seu poder sobre nossas vidas. Embalados por tristes canções, os cantores Glen Hansard e Markéta Irglóva interpretam pessoas miseráveis que se conectam em virtude da música. E essa estória é contada em um formato de documentário drama musical, tornando inevitável a ligação dos personagens com o público. E no fim fica a vontade de tocar um instrumento musical para exorcizar certos sentimentos.

Saraband

(Alemanha/Dinamarca/Suécia, 2003)
Direção: Ingmar Bergman
Elenco: Liv Ullmann, Erland Joshephson, Borje Ahlstedt, Julia Dufvenius.

Como é bom confiar nos mestres. E em sua última obra (continuação do esplêndido Cenas de um Casamento), Bergman vai fundo em temas como relações familiares distorcidas, culpa, solidão, tudo isso sob o ponto de vista da personagem de Liv Ulmann, ex-esposa de Erland Joshephson, que depois de tantos anos decide rever o seu antigo companheiro.  Mesmo que a obra peque pela teatralidade e pela longa duração, os diálogos continuam afiados sob o regime de uma dupla de atores sem comentários. E por esse grande reencontro parece que a produção foi realizada com grande alegria, mesmo com um enredo tão doloroso. Por isso é uma felicidade e é triste conferir a última obra de Ingmar  Bergman. Um homem que deixará saudade na sétima arte.

O Padre

(Priest, Inglaterra, 1994)
Direção: Antonia Bird
Elenco: Linus Roache, Tom Wilkinson, Robert Carlyle, Cathy Tyson

Um jovem padre de tendências conservadoras passa por grandes indagações. Primeiro por ocultar suas escapadas sexuais, em particular numa boate gay onde se envolve com um rapaz; segundo por esconder a descoberta de um caso de pedofilia após uma confissão.

Com este enredo, a diretora Antonia Bird (Mortos de Fome) faz um trabalho correto, com uma linguagem bem tradicional a respeito da culpa e faz um interessante manifesto sobre o celibatário na Igreja defendendo a tese de que o celibatário tira a humanidade do padre; como dar amor ao rebanho se ele nao recebe nada em troca? Em compensação o filme não aprofunda na homossexualidade do personagem principal mas na época do lançamento chocou pelas cenas quentes. E com um bom elenco, o destaque fica com a ótima atuação de Tom Wilkinson.