Destaque nos cinemas

ENTRE NÓS
(Brasil, 2013) de Paulo Morelli
Drama. Grupo de amigos marcam um reencontro de dez anos ocasionando uma reflexão sobre as suas vida.

NOÉ
(Noah, EUA, 2014) de Darren Aronofsky
Drama. Saga bíblica de um homem que, a pedido de Deus, constrói uma arca para abrigar todos os seres e proteger de um dilúvio na Terra.

HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO
(Brasil, 2014) de Daniel Ribeiro
Drama. Adolescente cego tenta dar um rumo a sua vida mas os seus planos mudam com a chegada de um novo colega na escola.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

RUSH - NO LIMITE DA EMOÇÃO
(EUA, 2013) de Ron Howard
Drama. Relato da rivalidade de dois pilotos da Fórmula 1 nos anos 70: James Hunt e Niki Lauda.

NINFOMANÍACA - VOLUME 1
(Nymphomaniac: Volume 1, Alemanha/Dinamarca/França, 2013) de Lars von Trier
Drama. Ao dar abrigo a uma mulher violentada, homem se torna ouvinte de uma estória da vida desregrada da vítima.

AZUL É A COR MAIS QUENTE
(La Vie d´Adéle, França, 2013) de Abdellatif Kechiche
Drama. O amadurecimento da jovem Adéle através de uma fulminante relação com uma garota mais velha.

FLORES RARAS
(Brasil, 2013) de Bruno Barreto
Drama. A estória de amor entre uma poetisa americana e uma arquiteta carioca no Rio de Janeiro dos anos 50/60.

CAPITÃO PHILLIPS
(Captain Phillips, EUA, 2013) de Paul Greengrass
Drama. Capitão de um navio se torna vítima de piratas ao passar pela costa da Somália.

ALÉM DA FRONTEIRA
(Out in the Dark, EUA/Israel/Palestina, 2012)de Michael Mayer
Drama. Um estudante palestino e um advogado israelense se apaixonam numa Jerusalém dividida.

Tela Super8: Melancolia

Lars von Trier afirmara que a depressão é o fim do mundo. Diante desse argumento o grande cineasta juntou uma personagem depressiva e o planeta Terra prestes a extinção em virtude de uma colisão com um outro planeta chamado Melancolia. Com um argumento fantasioso, Melancolia (Melancholia, Alemanha/Dinamarca/França, 2011) apresenta logo de cara uma das mais bonitas aberturas que o cinema apresentou nos últimos anos, casando belas imagens ao som do prólogo de Tristão e Isolda, de Richard Wagner.

Tudo Pelo Poder

(Ides of March, EUA, 2011)
Direção: Geoorge Clooney
Elenco: Ryan Gosling, George Cloney, Philip Seymour Hoffman, Evan Rachel Wood

George Clooney é um artista que eu admiro. Quando dirige um filme, ele explora temas relevantes no contexto atual. Durante o governo Bush (e a paranoia do 11 de setembro), o diretor aborda a mídia amordaçada pela caça aos comunistas na era McCarthy com o ótimo Boa Noite e Boa Sorte. Já em Tudo Pelo Poder, George surpreende ao pincelar com gosto amargo a briga eleitoral dos EUA, mostrando que no ambiente politico todo mundo tem rabo preso - será uma alusão ao governo Obama?

Com clima de filme dos anos 70 em que a trama se desenvolve sem resvalar para cenas de ação ou perseguição - uma clara referência ao clássico politico Todos os Homens do Presidente e também aos filmes de Sidney Lumet que sempre filmava um mundo mais perdido, carente de ética e moral. E também não poderia de comentar como é bom ver o extraordinário Philip Seymour Hoffman nas telas, um ator que sempre sentiremos saudade.

12 Anos de Escravidão

(12 Years of Slave, EUA, 2013)
Direção: Steven McQueen
Elenco: Chiwetel Eijofor, Michael Fassbender, Lupita Nyong´o, Benect Cumberbatch.

Encarar o novo filme de Steven McQueen (Shame) não é fácil. Triste e doloroso, o filme brilha por nunca cair no dramalhão, em que o diretor optou no uso mínimo de música e mais do som. E as imagens da natureza do sul dos Estados Unidos é de uma beleza triste e melancólica com suas árvores que ora parecem prisões ora almas assombradas, lindamente fotografado por Sean Bobbitt. E o ótimo elenco da conta do recado particularmente Chiwetel Ejiofor que imprime através de gestos e olhares o comovente relato de Solomon Northup, um homem livre que tem a sua humanidade excluída ao se transformar em escravo num mundo selvagem e diabólico. Achei válido o Oscar premia-lo com o prêmio máximo em virtude de um planeta que ainda escraviza pessoas como o tráfico de mulheres e o trabalho escravo ainda vivo nos grotões do Brasil. O mundo de 12 Anos de Escravidão não anda tão distante do mundo atual.

Bling Ring: A Gangue de Hollywood

(The Bling Ring, EUA, 2013)

Direção: Sofia Coppola

Elenco: Emma Watson, Israel Broussard, Katie Chang, Claire Alys Julien.

 

Sofia continua no terreno habitual (personagens perdidos por falta de maturidade) mas surpreende pelo inesperado humor e uma certa leveza ao expor um bando de filhinho de papai obcecados pelo consumismo e o senso sem limites numa sociedade que ensina e incentiva o glamour da beleza e das marcas da moda. Adorei a linda fotografia que enfatiza o visual das marcas dos produtos desejados pelos personagens; e achei demais a cena da invasão na casa de uma atriz filmado a distância. E curti a esperta trilha sonora composta por músicas que banalizam o crime e o senso de moral. Já o elenco manda bem com destaque para Israel Broussard como Marc, o único do grupo que tem uma certa consciência dos seus atos. Com um ritmo ágil, achei o filme bem curtinho, porém a diretora dar de bandeja o seu filme mais acessível.