Destaque nos cinemas

GUARDIÕES DA GALÁXIA
(Guardians of the Galaxy, EUA, 2014) de James Gunn (II)
Ação. Aventureiro se envolve numa enrascada  após roubar uma esfera.

AMANTES ETERNOS
(One Lovers Left Alive, EUA, 2013) de Jim Jamursch
Drama. Eterno casal de vampiros apaixonados tentam viver em um mundo que se torna entediante.

LUCY
(EUA/França, 2014) de Luc Besson
Ação. Após engolir uma grande quantidade de drogas, "mula" adquire surpreende poderes.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

NINFOMANIACA - VOLUME II
(Nymphomaniac: Volume II, Alemanha/Dinamarca) de Lars von Trier
Drama. A ninfomaníaca Joe relata a sua devassa vida aos olhares paciente de um senhor.

Tela Super8: Bruce Springsteen - "Secret Garden"

Muita gente ainda se lembra de Jerry Maguire - A Grande Virada (EUA, 1996) de Cameron Crowe pelo ótimo elenco que revelou Renée Zellweger e Cuba Gooding Jr., além de uma das melhores atuações de Tom Cruise. Mas este clássico dos anos 90 também é lembrado pela sensível música do "Boss" Bruce Springsteen chamada "Secret Garden".

Frozen - Uma Aventura Congelante

(Frozen, EUA, 2013)

Direção: Chris Buck, Jennifer Lee

 

Quando chegou aos cinemas eu torci o nariz para ver o novo desenho da Disney - Frozen - afinal não curto muito os desenhos musicais como a Disney fazia antigamente. Mas o boca-boca e a notícia do filme ter se tornado a animação de maior bilheteria de todos os tempos me deixou curioso. E no fim confesso que adorei o desenho, e de chato não tem nada...as vezes me comoveu como nos trabalhos da Pixar. Ritmo ágil, boas músicas (ok, teve momentos que lembrou a série Glee), visual incrível, enfim o sucesso foi merecido. Outra surpresa do roteiro foi ter criado personagens fortes e cativantes, em que nos faz torcer para que as irmãs Anna e Elsa voltem a ser o que sempre foi: uma família feliz. E achei ousado o enredo ser feminista pois as irmãs são ativas, e em muitos momentos são as salvadoras dos personagens masculinos. Bela surpresa.

Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum

(Inside Llewin Davis, EUA, 2013)

Direção: Ethan e Joel Coen

Elenco: Oscar Isaac, Carey Mulligan, John Goodman, Justin Timberlake

 

Não sou muito fã dos irmãos Coen mas os seus últimos projetos têm me agradado bastante. Mesmo não sendo tão bom como Onde os Fracos não Tem Vez e Bravura Indômita, Inside Llewin Davis é uma bela homenagem a música folk e também aos artistas que não desistem da sua arte diante de uma vida sofrida e sem perspectiva. E os diretores capricharam na jornada de Llewin: o design de produção é de cair o queixo, especialmente a linda fotografia de Bruno Delbonnel que cria beleza em um visual escuro, cinza, sem esperança. E o elenco ta ótimo, em que a excentricidade típica dos diretores está representada no personagem de John Goodman (um dos atores preferidos dos Coen), mas Oscar Isaac está excelente no papel principal, um homem que tem consciência que abdicou muita coisa da vida em nome da música, mas como será viver se é na arte que achamos o poder de seguir em frente, de vivermos mais?

O Lobo Atrás da Porta

(Brasil, 2013)
Direção: Fernando Coimbra
Elenco: Leandra Leal, Milhem Cortaz, Fabiula Nascimento, Juliano Cazarré

O surgimento do mal. Esse é o lema do primeiro filme de Fernando Coimbra que merece todos os aplausos pelo incrível cuidado técnico que inclui uma ótima montagem e um belo trabalho de som e a minimalista trilha sonora ambos de Ricardo Cutz. Vendo esse filme me fez lembrar demais da crueza do austríaco Michael Haneke que faz uma análise de um triângulo amoroso que vira um estopim para uma tragédia grega. Outro destaque fica com o trabalho minucioso dos movimentos de câmera que em determinados momentos me fez recordar o mestre Antoniani. E o elenco arrebenta, especialmente Leandra Leal que soube dar vida a Rosa, uma das personagens mais complexas do cinema brasileiro dos últimos tempos - um raio-x de uma garota que vai, aos poucos, mergulhando no "lado negro" da vida. Uma personagem que tem ecos das sofredoras personagens femininas de Lars von Trier como a Gracie de Dogville. Enfim, diante de tantas referências Coimbra surpreende e demostra maturidade ao relatar a maldade de uma forma que vai do drama ao suspense soturno e, em alguns momentos, ao humor escrachado; tudo isso sem perder o tom. Um cineasta pra ficar de olho; e um ótimo momento do cinema nacional que brota, recentemente, diretores que querem fazer a diferença.