Destaque nos cinemas

TOMORROWLAND: UM LUGAR ONDE NADA É IMPOSSÍVEL
(Tomorrowland, EUA, 2015) de Brad Bird
Fantasia. Com um auxílio de um amuleto, garota consegue ser transferido para um universo paralelo.

JURASSIC WORLD: O MUNDO DOS DINOSSAUROS
(Jurassic World, EUA, 2015) de Colin Trevorrow
Ação. O famoso parque dos dinossauros é reinaugurado com um dinossauro geneticamente modificado, e imprevisível.

DIVERTIDA MENTE
(Inside Out, EUA, 2015) de Pete Docter e Ronaldo Del Carmem
Animação. Ao mudar de cidade, garota apresenta "sentimentos" conflitivos diante da mudança.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

DOIS DIAS, UMA NOITE
(Deux Jours, Une Nuit, Bélgica/França, 2014) de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Drama. Para não perder o emprego, mulher tenta convencer os colegas de trabalho a não aceitar uma gratificação.

TIMBUKTU
(Mauritânia, 2014) de Abderrahmane Sissako
Drama. Uma família que vive no deserto tem a sua paz alterada quando o patriarca mata um homem acidentalmente.

A TEORIA DE TUDO
(The Theory of Everything, Inglaterra, 2014) de James Marsh
Drama. Biografia do renomado físico Stephen Hawking sob o ponto de vista de sua esposa, Jane.

Tela Super8: "Frozen - Uma Aventura Congelante"

Considero Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen, EUA, 2013) de Chris Buck e Jennifer Lee um clássico instantâneo da Disney pelo lindo trabalho visual e um ótimo roteiro apoiado em personagens carismáticos reforçando o poder do amor e da família. E até as músicas são boas com destaque para a ganhadora do Oscar "Let It Go" cantada por Idina Menzel.

Baixio das Bestas

(Brasil, 2007)
Direção: Cláudio Assis
Elenco: Fernando Teixeira, Caio Blat, Dira Paes, Matheus Nachtergaele.

Diante da bela natureza da zona da mata pernambucana, a degradação humana mostra as caras. Sem deixar de lado o estilo sensacionalista, o diretor Cláudio Assis faz um filme interessante sobre a exploração humana especialmente das mulheres que são tratadas como objetos perante a uma sociedade patriarcal e sem escrúpulos. Um ciclo vicioso maldito encrostado nos mais velhos e passado adiante pelos mais novos. E como um mosaico humano da região expõe entre as festividades locais um avô explorando sexualmente a sua neta, um playzinho que estuda em Recife mas que sempre volta a região para anarquizar, e as rixas de prostitutas num bordel miserável. Com cenas pesadas e um enredo que em determinados momentos soa previsível,  filme surpreende pelo senso de humor (a desativada sala de cinema da cidade serve para alguns personagens fazer danação). E o ótimo elenco faz um bom trabalho especialmente o sempre doido Matheus Nachtergaele atuando como um filhinho de papai inconsequente. Pena que o diretor não esticou mais um pouco a estória para compreendermos melhor o embate entre a natureza local, os costumes da região e alguns dos seus personagens bestiais. Mas gostei do filme, bem produzido, ótimos movimentos de câmera e a linda fotografia do craque Walter Carvalho.

Entre Abelhas

(Brasil, 2015)
Direção: Ian Sbf
Elenco: Fabio Porchat, Irene Ravache, Marcos Vera, Luis Lobianco

Pra quem espera uma obra comercial, ou pelo menos próxima da linha do grupo de humor sensação do momento - Portas do Fundo - terá uma surpresa com o filme Entre Abelhas. Projeto de alguns membros do referido grupo de humor, o filme chama a atenção pela boa produção, com destaque para a linda trilha sonora de Gabriel Chwojnik e principalmente pelo seu tom frio que pode afugentar o público. Bruno é um homem que volta a morar com a mãe após um complicado divórcio. Tudo na sua vida parece dar errado; tudo está fora do eixo. Mas o pior está por vir: do nada as pessoas desaparecem ao seu redor. Como uma crônica, Porchat arrisca numa estória que fala de um personagem que sente que está tudo fora do compasso - logo na primeira cena mostra o desconforto de Bruno com a sua situação atual (num inferninho todo mundo se diverte, menos ele). Entre a dor e o humor, o filme tem pontos fortes e fracos. É uma delicia conferir a ótima atuação de Irene Ravache como a mãe dondoca que quer ajudar o filho na inusitada situação; mas achei forçado o personagem misógino Davi que parece ser o elemento cômico e chulo que não se enquadra com o humor que o enredo pede (dá a entender que o personagem foi criado para tornar o filme mais comercial).

O Homem Duplicato

(Enemy, Canadá/Espanha, 2013)
Direção: Denis Villeneuve
Elenco: Jake Gyllenhaal, Melanie Laurent, Sarah Gadon, Isabella Rossellini

Denis Villeneuve é um cineasta eclético. No mesmo ano em que produz o sensacional suspense hitchockiano Os Suspeitos; ele dirige um enigmático filme a lá Lynch em O Homem Duplicado. Baseado no romance do português José Saramago, a estória se passa numa inesperada Toronto de cores quentes em que um professor universitário de História (e de vida vazia) acidentalmente descobre que existe um ator que é a sua semelhança. E em tom de pesadelo, o diretor sabe criar um clima recordando também Cronenberg (Gêmeos - Mórbida Semelhança vem à cabeça) associado a bela fotografia e a soturna trilha sonora. E mais uma vez Jake Gyllenhaal está ótimo no papel duplo. Para quem gosta de um filme enigmático, cheio de metáforas é uma boa dica.