sexta-feira, dezembro 25, 2015

Nota do Blog

Quando mal se percebe o ano já esta no fim. Dezembro a vista. E como sempre nesse período o blog Super8 posta um vídeo de natal, e neste ano foi a vez dos personagens da animação Meu Malvado Favorito, Mínimos, para dar um...

FELIZ NATAL 
E UM ÓTIMO ANO NOVO PARA TODOS


domingo, dezembro 20, 2015

Destaque nos cinemas

PECADOS ANTIGOS, LONGAS SOMBRAS
(La Isla Minima, Espanha, 2014) de Alberto Rodriguez
Drama. Dois investigadores terão que resolver as suas diferenças enquanto caçam um psicopata que aterroriza uma região.




MIA MADRE
(Itália/França) de Nanni Moretti
Drama. Sofrendo de crise existencial, cineasta recebe mais um baque com a morte de sua mãe.



MACBETH: AMBIÇÃO E GUERRA
(EUA/Inglaterra/França, 2015) de Justin Kurzel
Drama. Ao ouvir uma profecia de três bruxas que se tornará o novo rei, general fará de tudo para transformar a profecia em realidade.




CALIFÓRNIA
(Brasil, 2015) de Marina Person
Drama. Nos anos 80, uma típica garota tem os seus sonhos abalados com a chegada do tio que morava na Califórnia.

terça-feira, dezembro 15, 2015

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

BLIND
(Noruega, 2014) de Eskill Vogt
Drama. Após perder a visão, mulher se isola em sua casa causando distúrbios emocionais.



DIVERTIDA MENTE
(Inside Out, EUA, 2015) de Pete Docter, Ronaldo Del Carmen
Animação. Os distintos sentimentos de uma garota causam a maior confusão em conta após esta se mudar de cidade.



QUE HORAS ELA VOLTA?
(Brasil, 2014) de Anna Muylaert
Drama. Empregada doméstica tem a sua rotina alterada com a chegada de sua jovem filha vinda do Nordeste.



A CORRENTE DO MAL
(It Follows, EUA, 2014) de David Robert Mitchell
Terror. Garota tenta se livrar de uma maldição depois que perdeu a virgindade com um rapaz.




O JOGO DA IMITAÇÃO
(The Imitation Game, Inglaterra/EUA, 2014) de MortenTtyldum
Drama. Na Segunda Guerra Mundial, matemático inglês é designado a decifrar as mensagens do sistema de comunicação nazista.


HOMEM FORMIGA
(Ant-Man, EUA, 2015) de Peyton Reed
Ação. Vigarista dotado de super poderes tem que usar as suas habilidades para salvar o planeta.

quinta-feira, dezembro 10, 2015

Beast of no Nation

(EUA, 2015)
Direção: Cary Joji Fukunaga
Elenco: Abraham Attah, Idris Elba, Ama K. Abebrese, Emmanuel Affadzi

E finalmente o Netflix produz o seu primeiro longa para os cinemas. E não decepcionou. Com uma ótima produção, o filme lança luz numa ferida que o mundo não se dá conta: a utilização de crianças nos conflitos na África. Região que sempre conviveu com disputas e guerras, o filme de Fukunaga expõe a via cruzes de um garoto que perde a família e a alegre infância ao ser obrigado a se transformar em um guerrilheiro. E na guerra, o pobre garoto vai sucumbindo a rotina insana (mortes, violência, drogas). A obra também mostra que a guerra é alimentada pela disputa pelo poder e dominação, e não por viés ideológico ou fraternal. Com a linda fotografia do próprio diretor, o filme surpreende pelo ótimo elenco. Elba arrasa como o comandante mas é o garoto Attah que rouba a cena ao mostrando um carisma na tela surpreendente.

sábado, dezembro 05, 2015

Fim dos Tempos

(The Happening, EUA, 2008)
Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Ashlyn Sanchez

O diretor Shyamalan conseguiu fazer uma tremenda ousadia com Fim dos Tempos. Mas isso não significa um grande elogio. Realizado no auge da paranoia do 11 de setembro, Shyamalan tira onda com o tema do terrorismo - não é pra menos que o filme foi a descida literal da carreira antes promissora do diretor. Com um início que gera um sufocante suspense, porém no meio para fim a obra resvala para um humor inesperado gerando sequências absurdas que viraram clássicas como Wahlberg conversando com uma planta, e o povo correndo com medo do vento. E pra completar  alfineta os americanos ao mostrar um povo patético. Mesmo com a boa trilha sonora de James Newton Howard, o filme é uma típica obra em que o diretor teve uma boa ideia mas não soube conduzi-la. Mas o pior mesmo são os personagens que são extremamente ocos que nem um bom elenco é capaz de salvar. O casting está terrível com a dupla romântica Mark Wahlberg e Zooey Deschanel que não possui química nenhuma, o que deixa tudo mais trash. Aqui jaz um cineasta.

terça-feira, dezembro 01, 2015

Ônibus 174

(Brasil, 2002)
Direção: José Padilha

Para não confundir com a versão em longa metragem de Bruno Barreto (Última Parada 174), o trabalho de José Padilha é uma obra incômoda e demonstra que o presente (e até mesmo o futuro) repete o passado profetizado por Hector Babenco no magistral Pixote: A Lei do mais Fraco (1981). A arte demonstra a incapacidade da sociedade e do Estado brasileiro de humanizar e dar dignidade a seres fragilizados. A resposta é esquecê-los. A consequência: a violência. Fruto de um ambiente segregacionista e nada acolhedor diante de tantas desgraças como o assassinato de sua mãe, sobreviver a chacina da Candelária, vivenciar em instituições e penitenciárias desumanas. Essa foi a vida de Sandro do Nascimento que terminou no trágico assalto e sequestro ônibus 174. Vitima, culpado? A resposta é indigesta. Todos nós somos isso. E o preço a pagar é a sensação de insegurança em que a única opção é dar cabo aos marginalizados quando incomoda os cidadãos de bem. Sandro também tem culpa, poderia ter lutado para ter uma vida digna mas preferiu o que aprendeu: viver a margem de todos, se drogar, realizar pequenos furtos. Um destino marcado para morrer que deixa uma nação envergonhada e sem reação. E a sensação é de um país que não sabe lidar com gente. No fundo somos uns ingratos. Inclusive eu. Por isso que o filme me deu um certo incômodo. A sensação de impotência que criamos diante de uma realidade que é mais próxima de um pesadelo que ninguém quer ter por perto.