quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Destaques nos cinemas

O FILHO DE SAUL
(Saul Fia, Hungria, 2015) de László Nemes
Drama. Em um campo de concentração nazista judeu vive dilema moral ao ser obrigado a queimar corpos dos não-sobreviventes do lugar.






O REGRESSO
(The Revenant, EUA, 2015) de Alejandro González Inãrritu
Drama. Caçador de pele busca vingança após ser deixado para trás pelo seu grupo após ser atacado por um urso.





A GAROTA DINAMARQUESA
(The Danish Girl, EUA, 2015) de Tom Hooper
Drama. Biografia de um artista que se transformou na primeira pessoa a mudar de sexo cirurgicamente.




BROOKLIN
(Inglaterra/Canadá, 2015) de John Crowley
Drama. Ao se mudar para Nova Iorque, jovem irlandesa vive desafios ao se adaptar a uma nova realidade.






O QUARTO DE JACK
(Room, Canadá/Irlanda, 2015) de Lenny Abrahamson
Drama. Jack é uma criança que nasceu e cresceu isolado em um pequeno quarto tendo como única companhia a sua mãe.





O ABRAÇO DA SERPENTE
(El Abrazo de la Serpiente, Colômbia, 2015) de Ciro Guerra
Drama. Dois cientistas correm contra o tempo para salvar a vida de um xamã que vive isolado na floresta amazônica.

sábado, fevereiro 20, 2016

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

A TRAVESSIA
(The Walk, EUA, 2015) de Robert Zemeckis
Drama. Artista francês tenta cruzar as duas torres gêmeas através de um cabo no alto dos dos prédios.




MISS JULIE
(Noruega/Inglaterra, 2014) de Liv Ullmann
Drama. Ao lutar pela sua liberdade filha de ricos burgueses se envolve com um criado.






MR. HOLMES
(EUA/Inglaterra, 2015) de Bill Condon
Suspense. Já aposentado, o grande detetive Sherlock Holmes tem um caso sem solução a desvendar.





SICARIO: TERRA DE NINGUÉM
(EUA, 2015) de Denis Villeneuve
Policial. Agente do FBI se desloca para a fronteira dos EUA com o México para combater um poderoso traficante de drogas.

segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Oscar 2016

E foi dado a largada para o Oscar 2016, e nesta edição o que chamou a atenção foi que as escolhas extremamente conservadoras da Academia. A falta (pelo segundo ano consecutivo) de atores negros ou de outra etnia nas indicações foi o estopim para protestos, o que pode inflar comentários politizados na cerimônia - como aconteceu no ano passado. Vale lembrar que a Academia esnobou um dos favoritos para a categoria de melhor filme e direção, Carol, que expõe uma relação homoafetiva; e a ótima produção da Netflix para o cinema, Beast of No Nation, foi esquecido completamente. Uma pena. Já entre os indicados, o prêmio máximo é um enigma, pode dar obras tão distintas como A Grande Aposta, Spotlight: Segredos Revelados, O Regresso, e Mad Max: A Estrada da Fúria. No entanto a obra-prima do cineasta australiano tem tudo para ser o papa-Oscar desse ano.

BROOKLYN
Cria do Festival de Sundance que passou o ano inteiro na memória da crítica entre os melhores filmes do ano...e conseguiu. Com uma bela produção, o filme da Irlanda conquistou 03 indicações para o Oscar mas sairá de mãos vazias na entrega.







A GRANDE APOSTA
Uma comédia corrosiva que estreou com ótimas críticas no fim de 2015, e que aos poucos vem ganhando mais vibe a ponto de ter boas chances de levar o prêmio principal. Mas será que a Academia terá peito e ousadia para premiá-lo como melhor filme? Indicado a 05 Oscars, tem grandes chances de ganhar de melhor filme, roteiro adaptado, montagem e ator coadjuvante. (Christian Bale)

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA
Desde que estreou no Festival de Cannes do ano passado, o novo Mad Max vinha colecionando elogios rasgados por parte da crítica e público com cenas de ação de cair o queixo. Mas a produção é muito mais que um mero filme de ação: roteiro engajado (e feminista); ótima produção; e uma aula de direção do eclético George Miller (As Bruxas de Eastwick, O Óleo de Lorenzo, Happy Feat: O Pinguim). Pena que esqueceram de indicar a vibrante trilha sonora e a bela atuação de Charlize Theron. Vá entender. Eis o filme que ganhará mais estatuetas na entrega. Será? Indicado a 10 Oscars, tem grandes chances de vencer nas categorias de direção, direção de arte, figurino, montagem, efeitos visuais, edição de som e mixagem de som.

PERDIDO EM MARTE
Representado os Blockbosters na categoria principal, o novo filme do Ridley Scott acabou se transformando em piada porque Hollywood quer porque quer premiá-lo (o filme é uma ficção científica mas ganhou o Globo de Ouro de melhor comédia???). Foi melhor assim, pois prefiro quando o diretor faz trabalhos mais soturnos. Indicado a 07 Oscars, o filme tem grandes chances de não ganhar nada.








PONTE DOS ESPIÕES
O que você acharia de assistir a um filme dirigido por Steven Spielberg e roteirizado pelos irmãos Coen? Diante desta inusitada união, A Ponte dos Espiões surpreende e mostra que o mago do cinema continua com mão boa para fazer um drama eletrizante. Indicado a 06 Oscars, provavelmente entrará no rol dos que vão sair de mãos abanando.



O QUARTO DE JACK
Representando o cinema independente, esta produção canadense vem colecionando elogios em conta do seu tema (maldade e esperança) e ao seu incrível elenco com destaque para a dupla Bria Larson e Jacob Tremblay. Indicado a 04 Oscars, é o favorito para o prêmio de melhor atriz (Bria Larson).








O REGRESSO
Será que a Academia premiará pelo segundo ano consecutivo o cineasta mexicano Iñarrito? Surpreendendo na bilheteria, e ótimas criticas, O Regresso tinha tudo para fazer bonito na entrega do Oscar mas o filme vem perdendo força no decorrer do tempo. Se Boyhood: Da Infância à Adolescência tivesse ganho no ano passado o prêmio de melhor filme, a estória seria diferente. Indicado a 12 Oscars é o favorito ao de melhor ator (Leonardo DiCaprio) e melhor fotografia.





SPORTLIGHT: SEGREDOS REVELADOS
Eis o filme com cara e pinta para ser o grande vencedor da noite. No entanto, saiu de mãos vazias no Globo de Ouro e no Sindicato dos Produtores, sinal que a obra anda não conquistou de vez a indústria de Hollywood. Mas como este ano a edição está imprevisível, o filme pode ganhar a força necessária para triunfar na cerimônia. Indicado a 06 Oscars tem chances de ganhar melhor filme e roteiro original.

quarta-feira, fevereiro 10, 2016

Os Oito Odiados

(The Hateful Eight, EUA, 2015)
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Samuel L. Jackson, Kurt Russel, Jennifer Jason Leigh, Walton Goggins

Em 2015, o grande cineasta Quentin Tarantino anunciara que está prestes a se aposentar. Mas enquanto esse tenebroso fim não chega o diretor não vacila e em seu último trabalho (espero com grande expectativa os próximos por favor!) lembra a sua estreia Cães de Aluguel (1993). Mas o que tinha de pop no seu primeiro filme, em Os Oito Odiados Tarantino utiliza todo o seu prestígio para fazer um roteiro vigoroso e uma produção de cair o queixo (e uma das mais violentas da carreira do diretor). Primeiro, o enredo é um fiapo (aborda justiça e racismo após a Guerra da Secessão) mas que Tarantino se deleita para explorar o seu ponto forte: os diálogos. E como o filme é verborrágico! Mas nunca chato. Segundo, a fotografia de Robert Richardson é deslumbrante tanto ao expor a bela natureza de um inverno rigoroso quanto o ambiente fechado da cabana na qual toda a estória se passa; e ainda tem um Ennio Morricone em plena forma conduzindo uma ótima trilha sonora (e boas músicas como The White Stripes). Nem é necessário dizer que o elenco está ótimo - tudo bem, Tim Roth parece ser o clone da persona de Christoph Waltz, mas aparece pouco. Dessa forma quem rouba a cena acaba sendo o personagem mais forte da trama interpretada de forma insana por Jennifer Jason Leigh, que entra no rol das melhores criações do diretor corrigindo a falha do seu filme anterior, Django Livre (2012), em que a única personagem feminina da trama era fraca e sem graça. Ainda bem. Mesmo que não seja nenhum Pulp Fiction, Kill Bill ou Bastardos Inglórios, mas ninguém é perfeito. Pra terminar: filmão.

sexta-feira, fevereiro 05, 2016

Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força

(Star Wars: Episode VII - The Force Awakens)
Direção: J. J. Abrams
Elenco: John Boyega, Daisy Ridley, Adam Driver, Oscar Isaac

O estúdio Disney de bobo não tem nada. Depois de se juntar a Pixar (e revolucionar a animação por computação); e revisar os clássicos desenhos animados com uma ótica mais realista e feminina (Malévola, Frozen), foi a vez de comprar o mito Star Wars. E nesse ponto o estúdio não perdeu tempo e contratou o cineasta em ascensão J. J. Abrams para comandar a empreitada. E mais uma vez Abrams faz um ótimo trabalho. Diferente dos últimos trabalhos de George Lucas que demostrou uma mão enferrujada por dar continuidade de uma forma sem graça na virada de 1990 a 2000; o novo Star Wars não enrola elaborando um enredo incrivelmente simples (o Império busca o paradeiro do rebelde Luke Skywalker) mas bem conduzido que nem da para sentir as mais de duas horas de duração. E rever Han Solo, Chewbacca, Princesa Leia e cia realmente traz uma sensação de conforto que dá mais prazer de assistir o filme. Mas mesmo assim o diretor introduziu novos personagens que demonstram força e carisma o suficiente para que a saga ganhe vida própria. Desculpe o clichê mas a Disney está com toda força.

segunda-feira, fevereiro 01, 2016

A Visita

(The Visit, EUA, 2015)
Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: Olivia Dejonge, Ed Oxenbould, Deanna Dunagan, Peter McRobbie

Shyamalan é um exemplo de um atirador que tem em mãos uma arma de primeira, e uma pontaria de quinta categoria. Em A Visita o diretor tinha tudo para fazer pelo menos um filme interessante - porque não um filme de terror expondo o horror da deterioração do nosso corpo na chegada da terceira idade?
Enredo: para passar a lua de mel com o maridão, mãe despacha casal de filhos adolescentes para a casa dos avós que ela não vê a anos. Diante dessa situação, a filha mais velha vê a oportunidade de fazer um documentário sobre o primeiro contato deles com os pais de sua mãe. Mas a coitada acaba testemunhando um casal de velhinhos com atitude pra lá de bizarra.
Em seu retorno ao gênero que o consagrou, o suspense, Shyamalan pisa feio na bola por fazer personagens irritantes (especialmente a mãe dos garotos que parece uma boboca); o formato de documentário não faz o menor sentido e ainda prejudica no andamento da estoria; e por fim criou uma esperada reviravolta no seu final só pra dar adrenalina (o que achei desnecessário e ainda tirou o que o enredo tinha de potencial). O potencial que me refiro é que o filme expôs através dos olhos das crianças o horror de dois velhinhos, especialmente da avó, que sofrem de estranhas atitudes em virtude da sua idade. Para mim, o horror é testemunhar uma pessoa aparentemente querida mas que sofre de alguma doença como mal de Parkinson, Alzheimer. No decorrer da sua projeção, essa sensação veio a minha mente mas o diretor desperdiçou essa chance com um final pra lá de Super Cine.