terça-feira, outubro 25, 2016

Destaque nos cinemas

CEGONHAS - A HISTÓRIA QUE NÃO TE CONTARAM
(Storks, EUA, 2016) de Nicholas Stoller e Doug Sweetland
Animação. Cegonha tem que se virar após uma confusão na entrega de um bebê.




O LAR DAS CRIANÇAS PECULIARES
(Miss Peregrine´s Home for Peculiar Children, EUA/Inglaterra, 2016) de Tim Burton
Fantasia. Garoto descobre um novo mágico mas terá que lidar com as consequências perigosas desse inusitado ambiente.


JOVENS, LOUCOS E MAIS REBELDES!!
(Everybody Wants Some!!, EUA, 2016) de Richard Linklater
Comédia. Os encantos e desencantos da vida sob o ponto de vista de jovens esportistas no início dos anos 80.

quinta-feira, outubro 20, 2016

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

AGNUS DEI
(Les Innocentes, França/Polônia, 2016) de Anne Fontaine
Drama. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, estagiária da Cruz Vermelha fica estarrecida com o que aconteceu em um convento de freiras.





O VALOR DE UM HOMEM
(La Loi du Marche, França, 2015) de Stéphane Brizé
Drama. Depois de um longo tempo desempregado, senhor enfrenta dilemas morais no seu novo posto de trabalho.

sábado, outubro 15, 2016

Tela Super8: O Candelabro Italiano

Ah! a Itália com a sua Veneza, Florença, Toscana, Roma e etc. E nesse clima, Hollywood criou o romântico O Candelabro Italiano (Rome Adveture, EUA, 1962) de Delmes Davies. E um dos pontos alto da obra é a musica "Al Di La" de Peppino Di Capri, canção que aqui e acolá embala corações apaixonados.


segunda-feira, outubro 10, 2016

Seis Graus de Separação

(Six Degrees of Separation, EUA, 1993)
Direção: Fred Schepisi
Elenco: Donald Sutherland, Stockard Channing, Will Smith, Bruce Davison

Excelente trabalho do diretor australiano Fred Schepisi na adaptação da peça teatral de John Guare (responsável pelo ótimo roteiro). Falando de sonhos não realizados e manipulação sob o ponto de vista da classe alta de Nova Iorque, Seis Graus de Separação conta a estória de um casal rico que recebe uma inesperada visita de um colega de um dos seus filhos (e que diz ser filho do ator mítico americano Sidney Poitier), e que se encanta pela classe e inteligência do rapaz...até descobrir que o mesmo é uma farsa. Com uma bela trilha sonora do mestre Jerry Goldsmith, o destaque vai para o elenco afiado em que Stockard Channing brilha mas é Will Smith que se mostra um monstro na tela esbanjando charme e carisma surpreendente como estudante charlatão. Um ótimo filme que chama a atenção por tirar o estereótipo do casal da classe alta que tem as suas vidas alteradas quando conhecem um rapaz que tenta entrar nesse universo, e que os fazem refletir que as aparências são mais interessantes que a realidade.

quarta-feira, outubro 05, 2016

Aquarius

(Brasil, 2016)
Direção: Kleber Mendonça Filho
Elenco: Sonia Braga, Irandhir Santos, Humberto Carrão, Maeve Jinkings

Dando continuidade ao ótimo O Som ao Redor (2012), o diretor Kleber Mendonça Filho continua afiado e expande os temas explorados na sua obra anterior, as relações sociais do Brasil atual (e extremamente urbano) e vai fundo a respeito da memória (a linda abertura recordando uma festa em 1980), solidão, e por último a especulação imobiliária (que ganhou conotação política óbvia com o cenário político de 2016). E diante de uma gama de temas, o diretor fez vários filmes em um só (dividido em três partes) o que de início causa um estranhamento mas depois as coisas vão fluindo, mostrando um amadurecimento impressionante do artista citado. A primeira parte é uma crônica social; a segunda parte embarca para a solidão soturna; e a última parte a via Crucis da personagem principal, Clara, uma jornalista aposentada e única residente de um decadente prédio chamado Aquarius que é constantemente assediada por uma construtora que precisa que a mesma saia do prédio para a realização de um novo empreendimento no local.
Com unhas e dentes, Sonia Braga volta com tudo em uma das personagens mais fortes que o cinema brasileiro criou nos últimos tempos: viúva, vitima de um câncer de mama (o que assusta os homens na hora de arranjar uma relação), o papel de mãe e avó, e no fim ainda tem um espaço na agenda para brigar com a construtora que inferniza a sua vida. E o diretor ainda tem tempo para cutucar a tudo e a todos sobre a "nova" classe média brasileira - o empoderamento da elite (todo mundo tem ligação com alguém influente ampliando o controle em vários meios), a relação patrão e empregado ("nós exploramos as empregadas domésticas, e elas nos roubam" diz uma parente de Clara, e a emancipação feminina (diferentes dos filhos homens, a única filha de Clara, pertencente a nova geração, ao invés de apoiar a independência e a atitude da mãe, critica a sua postura demonstrando um certo conservadorismo). No fim o diretor faz um belo trabalho que expõe os velhos vícios da nossa sociedade mas ainda assim é capaz de mostrar um povo que continua a seguir em frente diante das dificuldades - e isso fica bem registrado na ótima trilha sonora.

sábado, outubro 01, 2016

O Pântano

(La Ciénaga, Argentina/Espanha/França, 2001)
Direção: Lucrecia Martel
Elenco: Graciela Borges, Mercedes Móran, Sylvia Bayle, Martín Adjemián

O cinema argentino é sempre lembrado pelos melodramas bem conduzidos - uma característica bem latina. Mas o filme O Pântano vai na contramão, e com uma pegada mais fria, e uma montagem solta, atípica, expõe uma família classe média típica argentina que vive (ou só está passando o carnaval) em um sítio em meados dos anos 90. Recordando o estilo Robert Altman, a diretora Lucrecia Martel exibe uma família que não perde a arrogância do seu status social diante de um abismo que separa pais possessivos (e distantes sem perder a pompa) e filhos mimados sem perspectiva, uma relação que deixa feridas/cicatrizes - a começar pela mãe que se machuca com os cacos de vidro quebrado no início da obra. E ainda alfineta o preconceito vide classes sociais e da relação com os descendentes indígenas. O Pântano não é uma obra fácil - de fato é mais perturbador e incômodo - mas ganha força ao alfinetar as relações familiares e sociais; uma realidade que o Brasil conhece muito bem.