domingo, dezembro 25, 2016

Nota do Blog

Chega o mês de dezembro, e com ele o ano se termina. E diante deste clima de despedida, o blog Super8 agradece aos visitantes pelos acessos no decorrer do ano; e que em 2017 o trabalho continua firme e forte - além de celebrar os 10 anos de aniversário do blog - o tempo passa rápido, voando mesmo. E como é tradição no blog, a última postagem é um vídeo de espírito natalino - e vasculhando o Youtube descubro uma raridade: Nelson Gonçalves cantando música de natal em uma montagem de filmes natalinos.

FELIZ NATAL
E UM ÓTIMO ANO NOVO PARA TODOS 


terça-feira, dezembro 20, 2016

Destaque nos cinemas

NERUDA
(Chile/Argentina/EUA/França, 2016) de Pablo Larrain
Drama. Inspetor da polícia investiga se o famoso escritor chileno tem envolvimento com os comunistas.



ROGUE ONE: UMA HISTÓRIA STAR WARS
(Rogue One: A Star Wars Story, EUA, 2016) de Gareth Edwards
Fantasia. Rebeldes tentam roubar os planos da Estrela da Morta para combater a ascensão do Império Galáctico.



SIERANEVADA
(Romênia/França, 2016) de Cristi Puiu
Drama. No aniversario de morto de um patriarca, membros se reúnem e discutem suas vidas.



CAPITÃO FANTÁSTICO
(Captain Fantastic, EUA, 2016) de Matt Ross
Comédia. Após viverem de forma rústica e primitiva, pai e filhos são obrigados a se mudar para uma cidade - e o choque de realidade é inevitável.



ANIMAIS NOTURNOS
(Noctunal Animals, EUA, 2016) de Tom Ford
Suspense. Mulher recebe um livro escrito por seu ex-marido e lembranças do seu atormentado passado volta a tona.

quinta-feira, dezembro 15, 2016

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

BOI NEON
(Brasil, 2016) de Gabriel Mascaro
Drama. Jovem que trabalha nas vaquejadas batalha para realizar o desejo de ser estilista de moda.


JOVENS, LOUCOS E MAIS REBELDES
(Everybody Wants Some!!, EUA, 2016) de Richard Linklater
Comédia. No iicio dos anos 80, grupo de rapazes esportivas tem as suas primeiras experiências de vida ao ingressarem na universidade.




O ROUBO DA TAÇA
(Brasil, 2016) de Caito Ortiz
Comédia. Homem tem uma brilhante ideia para acabar com as suas dívidas: roubar a taça Jules Rimet, do tricampeonato da copa do mundo de 1970.

JULIETA
(Espanha, 2016) de Pedro Almodóvar
Drama. Ao receber notícia de sua filha desaparecida, mãe recorda o seu próprio passado.



MÃE SÓ HÁ UMA
(Brasil, 2016) de Anna Muylaert
Drama. Ao descobrir que foi roubado dos pais legítimos na maternidade, jovem sofre crise de identidade.



AQUARIUS
(Brasil, 2016) de Kleber Mendonça Filho
Drama. Por causa da especulação imobiliária, jornalista aposentada é constantemente pressionada a vender o seu apartamento.

sábado, dezembro 10, 2016

A Chegada

(Arrival, EUA, 2016)
Direção: Denis Villeneuve
Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg.

Denis Villeneuve é o cara. A cada filme que faz surpreende pela diversidade de gênero, e total domínio na narrativa. E em A Chegada, o diretor usa a ficção científica como uma crítica ao militarismo sem noção; que busca no conflito uma solução a respeito da invasão alienígena. Mas o que impera mesmo no filme é a dor pessoal da professora de linguística Dr. Louise Banks (uma bela atuação de Amy Adams) contratada pelos militares para desvendar o motivo da visita inesperada mas que carrega todo dia a morte da sua filha.
Com muita calma (o que pode afugentar o público atual habituado a um ritmo incessante), o filme aborda questões existenciais com muita sensibilidade e uma segurança incrível (luto; a vida como um ciclo em que tudo tem um início e um fim) - numa rota totalmente diferente do seu parente distante Interestelar que usa e abusa da pirotecnia visual e narrativo. Até nos efeitos visuais o filme é econômico mas muito bem-feito. Vale destacar a ótima trilha sonora de Jóhann Johannsson, um mestre da música climática e orgânica. Como ficção científica, A Chegada é um contundente drama a respeito da nossa finitude. Contar mais seria estragar as emoções que o filme reserva.

segunda-feira, dezembro 05, 2016

Carrie - A Estranha

(Carrie, EUA, 1976)
Direção: Brian De Palma
Elenco: Sissy Spacek, Piper Laurie, Amy Irving, William Katt.

Carie - A Estranha representa a primeira adaptação cinematográfica do mestre do terror Stephen King, e também é considerado o primeiro grande trabalho de um outro mestre, o do suspense Brian De Palma. Foi aqui que o diretor encontrou terreno perfeito para explorar os seus maneirismos de forma plena: câmera lenta, telas divididas, longas tomadas, a dramática trilha sonora de Pino Donaggio. E pra completar, tem a inesquecível atuação de Sissy Spacek como a inocente e delicada Carrie, uma estudante pura e ingênua que sofre nas mãos de uma mãe religiosa perturbada, e de suas colegas de escola ávidas por vingança após receberem um castigo por tratarem mal a Carrie.
Ao meu ver esse conto de horror continua atualíssimo não por falar somente do bullying mas sim a luta de uma garota que deseja um lugar ao sol diante de um mundo cada vez mais desumano, vide a hipocrisia das mulheres, do narcisismo dos homens, e da religiosidade ignorante e castradora. E é uma maravilha constatar que a incrível cena do baile continua uma aula de tensão que só a visão do De Palma poderia contemplar. Filmão.

quinta-feira, dezembro 01, 2016

Paraisos Artificiais

(Brasil, 2012)
Direção: Marcos Prado
Elenco: Nathalia Dill, Luca Bianchi, Lívia de Bueno, Bernardo Melo Barreto.

Érika e Nando tem o destino cruzados. Enquanto ela larga o Brasil (e um passado conturbado) para viver com sucesso a carreira de DJ na Holanda; ele é um filhinho de papai sem lenço e sem documento que decide "curtir a vida" em Amsterdã. Ao contar uma estória de jovens em busca de um sentido em suas vidas (e arcando as consequências de suas humanas decisões), o diretor Marcos Prado (documentarista em sua primeira ficção) teve em mãos uma ótima produção, com destaque as cenas das raves. Em compensação, a obra não foi feliz ao explorar as angústias de seus personagens, expostas de uma forma bastante superficial e fraca através de uma montagem frouxa que vai e vem no tempo. O elenco também não ajuda muito - as vezes tem a impressão que o diretor manipulou os ângulos da câmera e montagem para extrair uma melhor performance, mas gostei da atuação de Nathalia Dill como Érika, a personagem mais rica do enredo - mas não o suficiente para salvar o filme.