segunda-feira, abril 25, 2016

Destaque nos cinemas

DE ONDE EU TE VEJO
(Brasil, 2016) de Luiz Villaça
Comédia. Após uma longa relação, casal decide se separar mas mesmo assim não conseguem ficam longe um do outro.




AMOR POR DIREITO
(Freeheld, EUA, 2015) de Peter Sollett
Drama. Casal de lésbicas lutam por direitos civis após uma delas ser diagnosticada com uma doença terminal.




O CONTO DOS CONTOS
(Il Racconto dei Racconti, Itália/França/Inglaterra, 2015) de Matteo Garrone
Fantasia. Três estórias envolvendo monarquia: um casal real em busca de um filho; um rei obcecado por uma mulher; e um rei que percebe que uma mosca cresce ao se alimentar do seu sangue.

quarta-feira, abril 20, 2016

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

PONTE DOS ESPIÕES
(Brugdes of Spies, EUA, 2015) de Steven Spielberg
Drama. No auge da guerra fria, advogado americano é designado a defender um espião soviético preso nos EUA.




O CLUBE
(El Club, Chile, 2015) de Pablo Larrain
Drama. Quatro padres que vivem em uma casa isolada tem a rotina alterada com a chegada de um novo colega da congregação.




JÁ ESTOU COM SAUDADES
(Miss You Already, EUA, 2015) de Catherine Hardwicke
Drama. Duas amigas inseparáveis tentam conviver com as adversidades da vida: enquanto uma se trata de um câncer, a outra deseja ter uma família.

STRAIGHT OUTTA COMPTON - A HISTÓRIA DO N. W. A.
(EUA, 2015) de F. Gary Gray
Drama. Relato da ascensão e queda de um grupo musical que renovou o cenário musical ao expor a difícil vida dos guetos das grandes cidades americanas.



MIA MADRE
(Itália/França, 2015) de Nanni Moretti
Drama. Cineasta tem que conviver com os problemas de realizar um filme, e de dedicar um tempo para cuidar de sua mãe prostrada.

sexta-feira, abril 15, 2016

Tela Super8: "Tajabone" - Ismael Lo

Quando Manoela, a personagem principal de Tudo Sobre Minha Mãe (Todo Sobre Mi Madre, Espanha, 1999) de Pedro Almodóvar chega a Barcelona para exorcizar o seu passado, o grande diretor espanhol mostra a bela arquitetura da cidade catalã, e também a sua zona de prostituição ao som da bonita música "Tajabone" de Ismael Lo. Não deu para postar a cena do filme mas deixo registrado a canção.

domingo, abril 10, 2016

Batman vs Superman: A Origem da Justiça

(Batman v Superman: Dawn of Justice, EUA, 2016)
Direção: Zack Snyder
Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Jesse Eisenberg, Amy Adams

Como não sou fã de historia em quadrinho, e nem nerd ou geek ou algo no gênero então não criei muita expectativa sobre a nova empreitada da DC Comics. Mas confesso que ainda adoro a visão de Christopher Nolan na trilogia do Batman com o seu tom sombrio e calcado no realismo - e porque não um olhar pessimista do mundo e  do trabalho de um super herói. No entanto a Warner joga as fichas com o excêntrico Zack Snyder na nova empreitada. E neste novo trabalho, o diretor mostra as suas características típicas com a mistura de câmera lenta com cenas rápidas e cortes abruptos recordando um pouco o australiano Baz Luhrmann... e efeitos visuais a se perder de vista. Mas adianta tudo isso com um roteiro ruim? Diante de tantos personagens (Batman, Superman, Lex Luthor, Mulher Maravilha, Louis Lane,...), dá para perceber que essa cambada de gente existe para que o filme nunca caia de ritmo, e isso é verdade porque mal percebe as suas duas horas e meia de projeção. No entanto me senti perdido num meio de um tiroteio (qual a motivação da vilania de Lex Luthor? E que ódio é esse entre os super-heróis? Mulher Maravilha, de onde você saiu?). Uma pena pois em determinados momentos o filme parece questionar o papel ético e moral de um herói em um mundo cada vez mais corrompido. Pelo menos o elenco surpreende (Ben Affleck quem diria, e Holly Hunter) exceto Jesse Eisenberg que em alguns momentos exagera e mostra um visível desconforto. Na próxima vez lembre Warner: menos é mais e foque em algo.


terça-feira, abril 05, 2016

A Bruxa

(The Witch, Canadá/EUA, 2015)
Direção: Robert Eggers
Elenco: Anya Taylor-Joy, Ralph Ineson, Kate Dickie, Harvey Scrimshaw

Como nasce o mal? Essa é a pergunta que persiste no filme A Bruxa, e a possível resposta vem do clima de repressão e do medo que uma família de colonos sentem após se mudar para um lugar isolado na América do século 17. Repressão associada pelo sufocamento religioso (o homem já nasce do pecado afirma o patriarca) e o medo vem da reação natural perante o desconhecido. E assim testemunhamos a metamorfose da adolescente Thomasin  a filha mais velha de uma família que se torna uma persona non grata em casa - sua beleza inocente desperta o desejo e o sexo dos homens...em outras palavras pecado.
Através de um clima pesado, lento e introspectivo, o diretor Robert Eggers (em sua estreia) faz um ótimo trabalho ao impor na tela todo o clima opressivo que vive Thomasin, e o diretor arrebenta nos enquadramentos e movimentos de câmera, e cria lindas cenas tanto da floresta quanto dentro da casa (especialmente as noturnas). Mas o ponto alto é a assustadora trilha sonora de Mark Korven que utiliza uma confusa cacofonia de sons e vozes com o objetivo de mostrar a presença do mal. Uma bela surpresa mas que não é para todos os gostos, pois a obra não é comercial, não cai na armadilha do susto fácil - porém conta com sutilidade o poder da maldade no sentido mais sensorial.

sexta-feira, abril 01, 2016

O Regresso


(The Revenant, EUA, 2015)
Direção: Alejandro González Iñárritu
Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Domhnall Gleeson, Will Poulter.

Antes de comentar o filme uma dica: assista O Regresso num ótimo cinema pois o seu visual é de cair o queixo. Com um roteiro tímido - a clássica busca pela sede de vingança - Iñárritu usa e abusa dos efeitos visuais para criar incríveis tomadas e cenas (o ataque do urso é sensacional). No entanto, o grande destaque do filme vai para o lindo trabalho de fotografia do mestre Emmanuel Lubezki que capta e registra a natureza de uma forma que chega a ser poética (as imensas árvores parecem ser seres vivos, em outros momentos surgem como grades de uma imensa cela). E por conta desse visual, a obra vislumbra um mundo selvagem: a natureza bela e hostil versus a brutalidade dos homens. É a mãe natureza testemunhando a degradação humana. Gostei muito da climática trilha sonora do sumido Ruychi Sakamoto e Carstein Nicolai. O elenco está ótimo, como a boa composição do vilão de Tom Hardy; porém, finalmente Leonardo DiCaprio achou o papel que finalmente lhe renderá o esperado Oscar. Com muita expressão corporal e poucos diálogos (e quando surge a oportunidade é em língua indígena), o astro se entrega de uma forma visceral na pele de um homem que busca vingança após perder tudo que tinha, a esposa e o filho. Um belo trabalho de Iñáuritu que encontrou o material perfeito para brincar com estilos de cineastas consagrados como Werner Herzog e Terrence Malick.