quarta-feira, maio 25, 2016

Destaque nos cinemas

CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL
(Captain America: Civil War, EUA, 2016) de Anthony Russo e Joe Russo
Ação. Os heróis vingadores entram em conflitos entre si diante um mundo cada vez mais dividido.


FOGO NO MAR
(Fuocoammare, Itália/França, 2016) de Gianfranco Rosi
Documentário. Relata o cotidiano da cidade italiana de Lempedusa, um ponto turístico que se transformou em porta de entrada de refugiados e imigrantes ilegais.


A ASSASSINA
(Nie Yin Niang, Taiwan, 2015) de Hsiao-Hsien Hou
Ação. Mulher que sempre foi preparada para a arte de matar ganha uma nova missão de eliminar um primo rebelde.

sexta-feira, maio 20, 2016

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

NO CORAÇÃO DO MAR
(In the Heart of the Sea, EUA, 2015) de Ron Howard
Aventura. No século 19, embarcação de um navio baleeiro luta por sobrevivência após ataque de  uma baleia cachalote vingativa.



BOA NOITE, MAMÃE
(Ich Seh, Ich Seh, Áustria, 2014) de Severin Fiala, Veronika Franz
Suspense. Dois irmãos questionam se a mulher que chegou em casa toda mascarada após uma cirurgia seja de fato sua mãe.




BROOKLIN
(Canadá/Irlanda/Inglaterra, 2015) de John Crowley
Drama. Jovem irlandesa decide largar sua terra natal e tentar uma nova vida em Nova Iorque gerando novas duvidas e anseios.



45 ANOS
(45 Years, Inglaterra, 2015) de Andrew Haigh
Drama. Uma antiga estória de amor causa desconforto na comemoração de um casamento de 45 anos.




STAR WARS: EPISÓDIO VII - O DESPERTAR DA FORÇA
(Star Wars: Episode VII - The Force Awakens, 2015, EUA) de J. J. Abrams
Ficção científica. Na luta contra a Resistência, o maligno Império Galáctico tenta descobrir o paradeiro de Luke Skywalker.




OS OITO ODIADOS
(The Hateful Eight, EUA, 2015) de Quentin Tarantino
Faroeste. Caçador de recompensas e sua prisioneira ficam presos em uma cabana junto de desconhecidos em conta de uma tempestade.

domingo, maio 15, 2016

Tela Super8: Labirinto - A Magia do Tempo

David Bowie é sempre David Bowie, sinônimo de boa música. E na sua boa participação no encantador Labirinto - A Magia do Tempo (Labyrith, Inglaterra/EUA, 1986) de Jim Henson, o camaleão do rock canta a música "As the World Falls Down" sucesso dos anos 80, e não sabia que fazia parte da trilha sonora desse filme. Boa surpresa. 


terça-feira, maio 10, 2016

Um Corpo que Cai

(Vertigo, EUA, 1958)
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel Geddes, Tom Helmore

Nos anos 40, Hitchcock teve como musa Ingrid Bergman. Na década seguinte, finalmente o mestre do suspense achou a encarnação ideal da loira fria por fora mas um vulcão em erupção por dentro, Grace Kelly. Infelizmente a mesma virou princesa e deixou Hollywood para desespero do diretor que nunca mais achou uma atriz com as mesmas características. E na obra-prima Um Corpo que Cai, considerado hoje o melhor filme de todos os tempos, Hitchcock extravasa esse sentimento de busca e de obsessão pela mulher perfeita num drama perverso, e extremamente triste ao exibir a via crucis de um detetive aposentado por sofrer de acrofobia mas que ganha uma nova missão - e se apaixona perdidamente pelo objeto investigado: uma bela e perturbadora loira chamada Madeleine (uma irônica brincadeira com a famosa e misteriosa personagem da Bíblia?). Com esse material, Hitchcock não brinca em serviço e faz uma obra em que fala de busca, posse, dominação, desejo, e por isso que a sua bela fotografia destaca a cor verde (representa a natureza obsessiva do personagem), e brinca constantemente com a luz (as vezes a escuridão fica quase completa - e fica fácil de se perder). E não tem como deixar de mencionar a genial trilha sonora de Bernard Herrmann em que o som ganha contornos, círculos remetendo a vertigem do titulo original do filme. E que introdução, adorei a abertura que entrega o tema do filme logo de cara. De longe, um dos grandes momentos do mestre e um raro momento para exprimir, botar pra fora uma de suas taras, obsessões.

quinta-feira, maio 05, 2016

Depois de Lúcia

(Después de Lucia, México/França, 2012)
Direção: Michel Franco
Elenco: Tessa La, Gonzalo Vega Jr., Hernan Mendoza, Tamara Yazbek

Depois de Lúcia não é um filme fácil. Nesse ponto não me refiro ao seu estilo e sim ao testemunharmos as situações que a personagem principal, Alejandra, passa após a morte da mãe. Para dar um novo rumo em suas vidas, Alejandra e o seu pai, o chefe de cozinha, Roberto, se mudam para a Cidade do México. Mas enquanto Roberto sofre de depressão, a filha minimiza a sua dor escondendo o insuportável bullying que sofre na nova escola após a postagem de um vídeo em que a mesma aparece transando com um colega. Nesse sentido, o trabalho do diretor Michel Franco, em sua estréia, bebe muito dos filmes de Lars von Trier ao expor o sacrifício de uma mulher diante de uma situação desesperadora. E como nos filmes do dinamarquês, Franco joga pesado com a personagem, levando o público ao limite do suportável em relação ao tema bullying - em alguns momentos até ao mal-estar mesmo em conta da tamanha passividade da garota em relação aos maus tratos dos "colegas". No fim dá uma sensação ruim, um gosto amargo na boca pois a obra expõe um lado da humanidade: perversa, insana. Também demonstra o abuso diante do poder e a dor perante a passividade. Uma obra para assistir, refletir e principalmente sentir.

domingo, maio 01, 2016

A Corrente do Mal

(It Follows, EUA, 2014)
Direção: David Robert Mitchell
Elenco: Mayka Monroe, Lili Sepe, Bailey Spry, Jake Weary

Em meados dos anos 80, uma jovem que tem uma longa vida pela frente é surpreendida ao ser contaminada pelo vírus da Aids. Com a sentença de morte à vista, a única coisa a fazer é lutar para viver, e esperar pelo trágico fim. Bom! Esse não é o enredo de A Corrente do Mal mas fica quase subtendido que sim - a diferença é a introdução do sobrenatural e o horror da situação. Quem espera um terror típico se decepcionará deveras pois o filme é um perturbador pesadelo em que o diretor encontra terreno para fazer bons movimentos de câmera (como a girada de 360 graus no corredor da escola), em alguns momentos homenagear os filmes de terror dos anos 80 (o subúrbio de Halloween; a casa na lagoa de Sexta-Feira 13, etc), e ainda sobra tempo para dar um clima de filme indie. Diante dessa mistura a obra de Mitchell gera desconforto em alguns momentos ocasionando num anti-climax, afinal o filme tem a coragem de iniciar expondo o fim da personagem principal, e em determinadas situações me fez lembrar do cineasta Hal Hatley (Amateur, Confiança). Mesmo que não seja essa maravilha toda, A Corrente do Mal se destaca dos pares pela força do seu enredo em tentar sair do lugar comum.