quinta-feira, maio 25, 2017

Destaque nos cinemas

GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 2
(Guardions of the Galaxy, Vol. 2, EUA, 2017) de James Gunn
Aventura. As novas aventuras de um caçador das galáxias (que adora musica dos anos 80) e sua trupe de alienígenas.

O CIDADÃO ILUSTRE
(El Ciudadano Ilustre, Argentina/Espanha, 2016) de Gaston Duprat e Marinao Cohn
Drama. Renomado escritor argentino decide visitar a sua cidade natal e reencontra as pessoas que serviram de inspiração as suas obras.

sábado, maio 20, 2017

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

ROGUE ONE: UMA HISTÓRIA STAR WARS
(Rogue On: A Star Wars Story, EUA, 2016) de Gareth Edwards
Aventura. Grupo de rebeldes tem a missão de destruir a Estrela da Morte para derrubar o Império Intergaláctico,





CAPITÃO FANTÁSTICO
(Captain Fantastic, EUA, 2016) de Matt Ross
Drama. Pai de seis filhos que cria sua prole de forma inusitada é obrigado a levar a sua família para o enterro de sua esposa.




EU, DANIEL BLAKE
(I, Daniel Blake, Inglaterra/França) de Ken Loach
Drama. Após se acidentar em seu trabalho, carpinteiro tem dificuldades de receber pelo Estado ajuda financeira para o tratamento de saúde.



ARMAS NA MESA
(Miss Sloane, EUA/França, 2016) de John Madden
Drama. Lobista extremamente ambiciosa não mede esforços para atingir os seus objetivos.





MOANA - UM MAR DE AVENTURAS
(EUA, 2016) de Ron Clements e John Musker
Animação. Princesa decide se ariscar em uma aventura no alto mar para salvar o seu reinado.




MANCHESTER A BEIRA-MAR
(Manchester by the Sea, EUA, 2016) de Kenneth Lonergan
Drama. Rapaz é obrigado a cuidar de seu sobrinho e voltar a sua cidade natal após a morte de seu irmão.




A CRIADA
(Ah-ga-ssi, Coreia do Sul, 2016) de Chan-wook Park
Drama. Garota é contratada para ser criada de uma rica japonesa por motivos nada nobre.

segunda-feira, maio 15, 2017

Tela Super8: Filadelfia

Na época do seu lançamento, o filme Filadélfia (Philadelphia, EUA, 1993) de Jonathan Demme se tornou o primeiro filme de um estúdio de Hollywood que aborda a Aids - no entanto a obra se calcou mais no preconceito que na doença em si. Mas o que o filme tem de bom é a comovente atuação de Tom Hanks e a música "Streets of Philadelphia" do sempre politizado Bruce Springsteen - ambos vencedores de Oscar.

quarta-feira, maio 10, 2017

Docinho da América

(American Honey, EUA/Inglaterra, 2016)
Direção: Andrea Arnold
Elenco: Sasha Lane, Shia LaBeouf, Crystal Ice, McCaul Lombardi.

A cineasta inglesa Andrea Arnold aterrissa nos EUA e elabora um painel da sociedade americana, particularmente a ala pobre, caipira, branca, fracassada e escondida nos grotões a margem da sociedade - e que hoje representa a população que votou em Donald Trump, e tem o seu total apoio. Assim, o filme recorda obras de cineastas que sempre tiveram foco nessa galeria de personagens, Larry Park e Harmony Korine - mas a ótica e a sensibilidade feminina e estrangeira faz toda a diferença. Se os diretores citados vão fundo para incomodar e causar mau-estar, Andrea foi até light nas situações para a personagem principal, Star, em que esta embarca numa aventura ao se incluir numa trupe de jovens igualmente desajustados pela sociedade - e que pulam de cidade em cidade aplicando pequenos golpes (outras palavras, vendendo assinaturas de revista). Outra diferença é a sua longa duração, o que torna o seu ritmo irregular mas fundamental para observarmos a experiência de vida de Star, interpretada com garra pela novata Sasha Lane, uma atriz de beleza extremamente comum que dá vida a uma garota ávida para sair do lugar comum, conhecer o mundo e junto testemunhar as delícias e decepções do amor e da vida.

sexta-feira, maio 05, 2017

Até o Último Homem

(Hacksaw Ridge, Austrália/EUA, 2016)
Direção: Mel Gibson
Elenco: Andrew Garfield, Vince Vaughn, Sam Worthington, Hugo Weaving

Até o Último Homem é um remendo dos outros filmes de Mel Gibson. Tem a violência exagerada das batalhas de Apocalypto? Sim. Tem o patriotismo exacerbado de Coração Valente? Sim. Apresenta um homem que se sacrifica por questões filosóficas/religiosas como em A Paixão de Cristo? Sim. E diante dessa conhecida colcha de retalhos, Gibson dividiu o filme em duas partes. A primeira mostra a vida bucólica de Desmond Doss, um jovem que reforça a sua fé na humanidade através da não-violência após quase matar o irmão numa briga banal - e na difícil relação com o pai violento e alcoólatra. Nesse momento, Gibson exagera no açúcar e faz um filme cheio de clichês. Na segunda parte, Doss se alista no exército para lutar na Segunda Guerra Mundial e ganha o inusitado direito de lutar sem armas; ai baixa O Resgate do Soldado Ryan, e Gibson extrapola o horror da guerra usando e abusando dos efeitos visuais para registrar a loucura nas trincheiras, mas no fim o teor patriótico emerge e questões humanas como manter a fé num ambiente violento e insano é jogado por água abaixo. No fim, o que se salva é o ótimo trabalho de som e a boa atuação da dupla Andrew Garfield e Vince Vaughn. E como um relato de horror da guerra, e da dor da defesa da humanidade, Gibson realiza um drama de guerra banal que só a Academia de Hollywood adora. E conseguiu pelas indicações no Oscar. Triste.

segunda-feira, maio 01, 2017

Manchester à Beira Mar

(Manchester by the Sea, EUA, 2016)
Direção: Kenneth Konergan
Elenco: Casey Affleck, Lucas Hedges, Kyle Chandler, Michelle Williams

Lee Chandler é um homem calado mas quando abre a boca é rude. E sua postura quieta se transforma em hostilidade e violência num piscar de olhos. Mas quando Lee recebe a noticia da morte de seu irmão - e de sua nova responsabilidade de cuidar do seu sobrinho de 16 anos - seus fantasmas do passado que sempre o assombram se potencializa.
Com uma curiosa montagem em que o passado do personagem principal é mostrada em pequenas partes no decorrer da narrativa - ao invés do manjado longo flashback - Manchester à Beira Mar é um belo filme sobre um homem eternamente condenado a um passado, preso a uma culpa indescritível que lhe tira qualquer oportunidade de seguir a vida adiante; não é pra menos que a bela trilha sonora utiliza um tom mais sacro. Com um ótimo roteiro que fala da perda e culpa com sinceridade, sem pressa, e principalmente sem cair no melodrama fácil - as vezes surge um humor inesperado o que torna tudo mais humano. Mas o filme sobe de patamar graças a um elenco em estado de graça, especialmente Casey Affleck que cria um homem as vezes ora um animal anti-social, ora um ser sensível que deseja paz - mas o peso nas costas nunca alivia a sua melancólica existência.