terça-feira, dezembro 25, 2018

Nota do Blog - Melhores Filmes do Ano

O fim de ano chegou e como sempre lanço uma nota de agradecimento pelas visita/cometários ao Blog Super8. Mas aproveito o post para informar algumas mudanças do blog para o ano de 2019. Uma mudança positiva: o blog agora vai acompanhar os principais festivais e premiações de cinema do mundo: Globo de Ouro (janeiro); Oscar (fevereiro); Festival de Sundance (março); Festival de Berlim (abril); Festival de Cannes (maio): Festival de Gramado (agosto); Festival de Veneza (setembro); Festival de Toronto (outubro); Mostra de São Paulo (novembro). Outra novidade: no mês de dezembro, o blog postará os Melhores Filmes do Ano (que já vou inaugurar nesta postagem pra começar a mudança com o pé direito).

Em contrapartida, o blog cancelou a seção Tela Super8 (admito que ficou obsoleto e meio sem sentido postar vídeos). Também foi decidido a extinção da seção Lançamentos em DVD/Bluray (em virtude da dificuldade de achar informações dos lançamentos; além de praticamente da extinção das locadoras de vídeo por causa dos streamings/sites).

***

MELHORES FILMES DE 2018:

Assunto de Família (Japão) de Hirokazu Koreeda
Cafarnaum (Líbano/França) de Nadine Labaki
A Favorita (Inglaterra/Irlanda/EUA) de Yorgos Lanthimos
Ferrugem (Brasil) de Aly Muritiba
Green Book - O Guia (EUA) de Peter Farrelly
Guerra Fria (Polônia/França/Inglaterra) de Pawel Pawlikowski
As Herdeiras (Paraguai/Brasil/Uruguai/Alemanha) de Marcelo Martinessi
A Ilha dos Cachorros (EUA) de Wes Anderson
Infiltrado na Klan (EUA) de Spike Lee
O Primeiro Homem (EUA) de Damien Chazelle
Roma (Mexico/EUA) de Alfonso Cuarón
Tinta Bruta (Brasil) de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon
Vox Lux (EUA) de Brady Corbet


DESEJO A TODOS UM FELIZ NATAL 
E UM ÓTIMO ANO NOVO

quinta-feira, dezembro 20, 2018

Destaques nos cinemas

TINTA BRUTA
(Brasil, 2018) de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon
Drama. Jovem reprimido consegue se "soltar" pintando o seu corpo em tinta neon em videos na internet.




CONQUISTAR, AMAR E VIVER INTENSAMENTE
(Plaire, Aimer et Courir Vite, França, 2018) de Christophe Honoré
Drama. Na Paris dos anos 90, um dramaturgo mantém um relacionamento amoroso com um jovem idealista.





CULPA
(Den Skyldige, Dinamarca, 2018) de Gustav Möller
Suspense. Ex-policial se envolve em um caso de sequestro que ganha novas proporções com o passar do tempo.

sábado, dezembro 15, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

MISSÃO: IMPOSSÍVEL - EFEITO FALLOUT
(Mission: Impossible - Fallout, EUA, 2018) de Christopher McQuarrie
Ação. Após uma missão que terminou mal, Ethan Hunt e CIA entram em ação para corrigir a falha.




OS INCRÍVEIS 2
(Incredibles 2, EUA, 2018) de brad bird
Animação. Enquanto Mulher Elástica salva o mundo, o seu marido, Sr. Incrível, tem um novo desafio: ser dono de casa.

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Não Me Toque

(Touch me Not, Romênia/Alemanha/Bulgária/França, 2018)
Direção: Adina Pintilie
Elenco: Irmena Chichikova, Adina Pintilie, Tomas Lemarquis, Hermann Mueller

O filme Não Me Toque relata a dificuldade ou barreiras em relação ao corpo, intimidade e sexualidade. Uma senhora de 50 anos expõe em um filme a sua dificuldade de tocar e ser tocada, e nesse estudo ela acaba fazendo uma espécie de terapia para lidar com esse problema e entra em contato com outras pessoas que também lidam com essa situação de uma forma muito pessoal.
Ao misturar ficção e documentário, a diretora Adina Pintilie faz uma obra...estranha mas reveladora. Estranha na sua estrutura narrativa ao expor frieza européia a sexualidade de vários tipos de pessoas: um deficiente, um transexual, um jovem sem pelo - o que enriquece o estudo sobre o tema. E se torna mais revelador ao mostrar que o ser humano é mais complexo em suas dores. No fim o que difere em nós, nos torna mais próximos. Um filme difícil, bastante pesado mas quem se deixar embarcar na proposta pode sair satisfeito.

quarta-feira, dezembro 05, 2018

A Casa que Jack Construiu

(The House That Jack Built, Dinamarca/Suécia/Alemanha/França, 2018)
Direção: Lars von Trier
Elenco: Matt Dillon, Bruno Ganz, Riley Keough, Uma Thurman.

Lars von Trier é um narcisista e ao mesmo tempo não perde o senso de humor. Em A Casa que Jack Construiu, o diretor explora com brilhantismo e total segurança o seu estilo e surpreende em rir de si mesmo com uma comédia de humor negro pra lá de macabra (algo demonstrado em Ninfomaníaca Volume 1). E um surpreendente Matt Dillon dá vida a um frio e calmo psicopata que vangloria o seu destino de serial killer por 12 anos. E com esse enredo, o diretor joga na tela a sua fama de misógino (todas as vítimas são mulheres); cenas da Alemanha nazista (afinal Trier entende Hitler); e por puro exibicionismo ele mostra numa rápida edição cenas de outros filmes que ele dirigiu. Assim Jack se torna a figura ideal para expor toda a persona (nada modesta) do diretor - importante frisar que é o primeiro filme da carreira de Trier em que o personagem principal é masculino. Pena que a longa duração atrapalhe o seu ritmo mas A Casa que Jack Construiu é um exemplar perfeito de um artista a vontade com a sua arte. E isso eu me refiro tanto ao Jack como Trier.

sábado, dezembro 01, 2018

Assunto de Família

(Manbiki Kazaku, Japão, 2018)
Direção: Hirokazu Koreeda
Elenco: Lily Franky, Sakura Andô, Kirin Kiki, Mayu Matsuoka

O Japão é sempre visto como um país rico, desenvolvido e industrializado. Mas o cinema de Hirokazu Koreeda  de Ninguém Pode Saber (2004) caminha para uma outra rota: uma família pobre que vive de trambiques mas mesmo assim trata todos os seus pares com muito amor e carinho. Essa dubiedade parece até mais próxima da nossa realidade do que a rigorosa filosofia oriental. Até a trilha sonora de Haruomi Hosono não tem traço nipônico; tem mais pegada latina. E isso se torna um grande diferencial do filme ao imprimir um elemento dramático e emotivo muito forte, e o ótimo roteiro faz questão que o público tenha empatia imediata com todos os personagens, especialmente as crianças que dão um show. E o seu final inesperado constrói mais camadas o que força o público a uma boa reflexão. Quem diria que o cinema japonês faria um belo filme com toques de cinema argentino.

domingo, novembro 25, 2018

Destaques nos cinemas

A CASA QUE JACK CONSTRUIU
(The House That Jack Built, Dinamarca/Suécia/Alemanha/França) de Lars von Trier
Drama. O psicopata Jack revela ao público os seus 12 últimos anos de vida como um serial killer.



OPERAÇÃO OVERLORD
(Overlord, EUA, 2018) de Julius Avery
Terror. Na Segunda Guerra Mundial, tropa americana cai numa área nazista que guarda um terrível segredo.





TODAS AS CANÇÕES DO CORAÇÃO
(Brasil, 2018) de Joana Mariani
Drama. Ao se mudar para um novo apartamento, casal encontra uma fita cassete que contém músicas do antigo inquilino, e assim nasce uma ligação entre eles.




EM CHAMAS
(Beoninh, Coréia do Sul, 2018) de Chang-dong Lee
Suspense. Jovem reencontra uma amiga que passará um tempo na África; após o seu retorno segredos serão revelados.





INFILTRADO NA KLAN
(BlacKKKlansman, EUA, 2018) de Spike Lee
Drama. Policial negro consegui se infiltrar na Ku Klux Klan através do seu colega judeu.



VIÚVAS
(Widows, EUA, 2018) de Steve McQueen
Policial. Quaro assaltantes são mortos em um assalto; inesperadamente as suas viúvas decidem continuar com o plano de assalto dos seus maridos.

terça-feira, novembro 20, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

HOMEM-FORMIGA E A VESPA
(Ant-Man and The Wasp, EUA, 2018) de Peyton Reed
Aventura. O herói Homem-Formiga tenta conciliar o desafio da paternidade e se aventurar em uma nova missão em conjunto com a Vespa.

quinta-feira, novembro 15, 2018

Tela Super8: All That Jazz - O Show Deve Continuar

O mestre do cinema musical adulto Bob Fosse sempre usou Fellini como referência em suas obras como Charity, Meu Amor (1968) adaptação de As Noites de Cabíria (1957). Já o vencedor da Palma de Ouro de Cannes de 1980, All That Jazz - O Show Deve Continuar (EUA, 1979) a inspiração vem no clássico 8 e 1/2 (1963). Autobiográfico, All That Jazz mostra a loucura da rotina de um grande artista que sempre se entregou de corpo e arte a sua arte.

sábado, novembro 10, 2018

Guerra Fria

(Zimna Wojna, Polônia/França/Inglaterra, 2018)
Direção: Pawel Pawlikowski
Elenco: Tomasz Kot, Joanna Kulig, Agata Kulesza, Borys Szyc

Na Polônia Pós Segunda Guera Mundial, o músico Wiktor é contratado para criar um grupo musical para mostrar a rica cultura polonesa ao mundo. E nesse projeto, ele conhece e se apaixona pela espevitada Zula. Infelizmente a politica soviética se instala na região obrigando Wiktor a se exilar fora da cortina de ferro mas isso não é obstáculo ao seu caso de amor com a Zula.
Mais uma vez, o diretor Pawel Pawlikowski volta a Polônia comunista como no seu filme anterior Ida (2014) e se supera, e faz um lindo filme. Além de apresentar belas músicas, a dupla de atores principais, Tomasz Kot e Joanna Kulig, arrebentam na química especialmente Kulig como Zula que apresenta uma força, um carisma impressionante na tela. Mas o grande destaque vai mesmo pelo seu lindo visual, particularmente a impactante fotografia de Lukasz Zal, que arrasou em Ida, e aqui ele se supera em uma fotografia ao mesmo tempo romântica e melancólica. Um belo filme capaz de apertar o coração.

segunda-feira, novembro 05, 2018

O Mau Exemplo de Cameron Post

(The Miseducation of Cameron Post, EUA, 2018)
Direção: Desiree Akhavan
Elenco: Chloë Grace Moretz, Sasha Lane, Forrest Goodluck, John Gallagher Jr.

Em 1993, Cameron é uma garota que é flagrada no "ato" (sexo) com uma amiga sua. Resultado: ela é encaminhada a uma clinica especialista em cura gay.
Recordando o clássico Estranho no Ninho (1975), mas tentando se distanciar do mesmo com uma edição que vai e volta no tempo, O Mau Exemplo de Cameron Post é um bom filme ao abordar o retorno do autoritarismo no mundo - em que certas liberdades individuais estão em cheque em prol da moral e dos bons costumes.
Com uma produção singela, o filme é um tipico agridoce do cinema independente americano. Não resvala ao drama pesado ao humanizar tanto os pacientes como os responsáveis pela clínica (que demonstram consciência a falta de tato para atingir os seus objetivos mas mesmo assim acreditam que realizam um bem). Com um fim irônico e crítico ao american way of life, o filme de Desiree Akhavan (em seu debut) chama mais a atenção ao usar a homofobia como crítica aos tempos tenebrosos que estamos vivendo.

quinta-feira, novembro 01, 2018

Asas do Desejo

(Der Himmel über Berlin, Alemanha/França, 1987)
Direção: Win Wenders
Elenco: Bruno Ganz, Otto Sander, Solveig Dommartin, Peter Falk.

Em uma Berlim dividida pelo Muro nos anos 80, anjos vagam pela metrópole, e escutam lamentações dos mortais. E nesse ponto nos aproximamos de Damiel e Cassiel. O anjo Damiel sempre teve desejo de ser um mortal e isso se aflora ao se apaixonar por uma malabarista de circo, Marion, uma romântica e sensível mulher.
Se existe um filme que reflete melhor uma cidade rachada por divisões politicas, sociais, esse é Asas do Desejo. Filosófico, existencial, o clássico de Win Wenders pode assustar pela verborragia (um exercício de paciência para o público de hoje), mas a linda fotografia em preto-e-branco de Henri Alekan e as ótimas tomadas de câmera reforçam o poder do filme, o que afirma o sentimento de que mesmo sendo uma cidade dividida, os anjos corroboram a ideia de conexão entre as pessoas. E o grande Bruno Ganz faz um trabalho maravilhoso ao dar vida a um ser celestial, Damiel, que vê com bons olhos o que o ser humano não costuma enxergar. Um otimismo essencial para mudar o mundo e derrubar barreiras.

quinta-feira, outubro 25, 2018

Destaque nos cinemas

UMA NOITE DE 12 ANOS
(La Noche de 12 Años, Uruguai/Argentina/Espanha, 2018) de Álvaro Brechner
Drama. Relato de três figuras importantes do Uruguai que sobreviveram as atrocidades da ditadura uruguaia nos anos de 1970.



NASCE UMA ESTRELA
(A Star is Born, EUA, 2018) de Bradley Cooper
Drama musical. Cantor lança sua companheira ao estrelato no mundo da música o que impulsiona o seu lado destrutivo.







O PRIMEIRO HOMEM
(First Man, EUA, 2018) de Damien Chazelle
Drama. Biografia da emocionante e atribulada vida do primeiro astronauta a pisar na lua, Neil Armstrong.

sábado, outubro 20, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

JOGADOR Nº 01
(Ready Player One, EUA, 2018) de Steven Spielberg
Aventura. No futuro, um jovem caça um tesouro virtual em busca de um futuro melhor.



PANTERA NEGRA
(Black Panter, EUA, 2018) de Ryan Coogler
Aventura. Em um reino da África, um nobre luta para manter o poder e derrotar os inimigos.


UM LUGAR SILENCIOSO
(A Quiet Place, EUA, 2018) de John Krasinski
Suspense. Família tenta sobreviver a uma invasão de alienígenas que usa o som para eliminar humanos.

segunda-feira, outubro 15, 2018

Tela Super8: American Horror Story Season 4

Confirmando o sopro de criatividade que a TV americana vem demonstrando, a série de horror American Horror Story exibe criatividade em cada temporada e na quarta (2014) surpreende com a talentosa  Jessica Lange cantando" Life on Mars" clássico absoluto de David Bowie. De arrepiar.

quarta-feira, outubro 10, 2018

Vestígios do Dia

(The Remains of the Days, Inglaterra/EUA, 1993)
Direção: James Ivory
Elenco: Anthony Hpkins, Emma Thompson, James Fox, Christopher Reeve.

Ao rever Vestígios do Dia é inevitável compará-lo com a série Downton Abbey pois ambos relatam as mudanças sociais britânicas na primeira metade do século XX. Mas o clássico de James Ivory vai além ao focar a vida do mordomo James Stevens, um homem que tem total consciência que abdicou muitas coisas da vida (o amor pela governanta, a submissão politica e cega pelo patrão) em prol da eficiência e posição do seu cargo.
Vestígios do Dia tem a marca clássica do trio Ivory-Merchant-Jhabvala: um design de produção impecável, bela fotografia que mostra a pompa arquitetura inglesa, uma delicada trilha sonora, um roteiro vigoroso e uma direção segura totalmente a vontade com a sua estória. E pra completar a dupla Anthony Hopkins e Emma Thopmson fazer um show à parte, especialmente Hopkins que expõe através de gestos e olhares um homem melancólico, cansado e contido que se anulou totalmente em nome de sua profissão.

sexta-feira, outubro 05, 2018

Benzinho

(Brasil/Uruguai/Alemanha, 2018)
Direção: Gustavo Pizzi
Elenco: Karine Teles, Otávio Müller, Adriana Esteves, Konstantinos Sarris

Benzinho é um melodrama agridoce sensível que recorda o sempre bom cinema argentino. Com uma direção inspirada de Gustavo Pizzi, o filme conta a estória da família de classe média baixa que faz de tudo para sobreviver: Klaus é um comerciante fracassado mas sonhador; Irene é recém-formada na faculdade mas vive fazendo bico, e ambos vivem em uma casa caindo aos pedaços. Mas a gota d´água é o filho mais velho que conseguiu uma bolsa para jogar na Alemanha, uma noticia que não agrada em nada a super-protetora Irene.
Após assistir o filme me recordei do ótimo Que Horas Ela Volta? ao abordar as mudanças sociais desta década expondo um certo otimismo a respeito do nosso futuro - o que é uma noticia boa perante um pais cada vez mais atolado na desesperança. E o elenco esta ótimo especialmente Karine Teles (roteirista do filme) que a cada ano se destaca mais nos cinemas ao imprimir uma atuação naturalista no papel de uma mulher e mãe que sonha, acredita e luta por dias melhores.

segunda-feira, outubro 01, 2018

Ferrugem

(Brasil, 2018)
Direção: Aly Muritiba
Elenco: Tifanny Dopke, Giovanni de Lorenzi, Enrique Diaz, Clarissa Kiste.

Tati e Renet formam um casal de adolescentes que estudam juntos e que se envolvem amorosamente em um péssimo momnto: um vídeo íntimo de Tati é vazado pela internet tornando um presságio para uma tragédia anunciada.
Dividido em duas partes, a diretora Aly Miritiba mostra personagens em plena flor da idade mas corroídos pela culpa, humilhação e a falta de comunicação familiar em um trabalho que lembra os dramas intimistas de Gus Van Sant e Sofia Coppola. Não é pra menos que a diretora usa a chuva constante em muitas cenas, e a total ausência de trilha sonora para imprimir uma desesperança imponderável perante o destino cruel de seus personagens - mas sem cair ao melodrama fácil. E mostra sem reservas a misoginia da sociedade e as suas consequências. E infelizmente isso é tão certo como o efeito inevitável do tempo sobre o ferro que ocasiona na ferrugem. Mas um bom exemplar da safra atual do cinema brasileiro.

terça-feira, setembro 25, 2018

Destaque nos cinemas

BENZINHO
(Brasil/Uruguai/Alemanha, 2018) de Gustavo Pizzi
Drama. Mãe entra em colapso após receber a informação que o seu filho mais velho vai morar na Alemanha.








FERRUGEM
(Brasil, 2018) de Aly Muritiba
Drama. Adolescente tem a sua vida transformada em um inferno apos um vazamento de um vídeo íntimo seu na internet.



AS HERDEIRAS
(Las Herderas, Paraguai/Brasil/Uruguai/Alemanha, 2018) de Marcelo Martinessi
Drama. Duas senhoras ricas vem a sua realidade ser alterada quando passam por dificuldades financeiras.

10 SEGUNDOS PARA VENCER
(Brasil, 2018) de José Alvarenga Jr.
Drama. Biografia de Éder Jofre, considerado o maior pugilista que o Brasil já teve na história do boxe.

quinta-feira, setembro 20, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

O QUE TE FAZ MAIS FORTE
(Stronger, EUA, 2017) de David Gordon Green
Drama. Inspirado na vida de Jeff Bauman, um homem comum que teve as pernas amputadas após sobreviver a um atentado terrorista.

sábado, setembro 15, 2018

Tela Super8: Blade Runner - O Caçador de Androides

Clássico absoluto do cinema, a ficção cientifica Blade Runner - O Caçador de Androides (EUA, 1982) de Ridley Scott é um primor de concepção visual e enredo filosófico; e para ampliar a experiência, a produção teve a sorte de ter um compositor Vangelis super inspirado com o seu som sintético e melancólico perfeito para um futuro negro da humanidade.

segunda-feira, setembro 10, 2018

Sonata de Outono

(Höstsonaten, Suécia/França/Alemanha, 1978)
Direção: Ingmar Bergman
Elenco: Ingrid Bergman, Liv Ullmann, Lena Nyman, Halvar Björk

Quando pensamos em rixa entre mãe e filha nos cinemas, algo soa como absoluto: Sonata de Outono é o que melhor representa essa temática graças ao roteiro sensacional com diálogos de cortar o coração, e o duelo de titãs entre Ingrid Bergman e Liv Ullmann (brilhante).
Eva é uma dona de casa comum casada com um pastor e recebe a visita da mãe, Charlotte, uma mulher que é o oposto da filha: uma pianista famosa mas absurdamente fria e insensível com a sua família. O encontro familiar se torna aos poucos de caloroso para um acerto de contas doloroso e cruel em um relação em que o amor e ódio se cruzam e se misturam.
Com um tom teatral que pode incomodar mas nada que atrapalhe a imersão na estória, Bergman expõe com brilhantismo habitual os conflitos familiares e suas consequências eternas. Pessoalmente, este é o meu Bergman preferido, um filme denso e reflexivo mas carregado de tamanha emoção que chorar no decorrer de sua projeção é inevitável. Obra-prima.

quarta-feira, setembro 05, 2018

Corpo Fechado

(Unbreakable, EUA, 2000)
Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright, Spencer Treat Clark

David Dunn é um homem comum amargurado que vive em uma crise conjugal, tens um emprego miserável mas que ao ser o único sobrevivente de um trágico acidente de trem revela-se um homem indestrutível ou inquebrável.
Corpo Fechado é um filme que pertence a fase áurea de Shyamalan em que o diretor impõe um grande domínio na narrativa com um ritmo cadenciado; um surpreendente ar naturalista que recorda o cinema americano dos anos 70. E também gostei do uso econômico de planos sequências, um recurso que gera muita tensão. Por isso que me espanta o filme apresentar uma conclusão (mesmo sendo boa) de uma forma tão abrupta chocando com o ritmo estabelecido por toda a obra. Um pequeno deslize que não compromete essa parábola sobre a consciência do que nós temos de bom para mudar as nossas vidas ordinárias, mas sob uma ótica inspirada em historia em quadrinho (inevitavelmente parecido com o Homem-Aranha, poder gera responsabilidade). Um Shyamalan que faz falta.

sábado, setembro 01, 2018

Sem Amor

(Nelyubov, Rússia/França/Alemanha/Bélgica, 2017)
Direção: Andrey Zvyagintsev
Elenco: Maryana Spivak, Aleksey Rozin, Matvey Nokivok, Andris Keiss.

Zhenya e Boris estão em processo conturbado de divórcio mas ambos traçaram o seu próprio rumo: ele tem uma namorada que está grávida (o que parece ser o motivo da separação), e ela está se relacionando com um rico divorciado. No entanto, Zhenya e Boris tem um elo que os unirá para sempre, o filho de 12 anos Alyosha, que é tratado com desprezo, até que um dia ele desaparece.
Sem Amor é um filmaço que vai além dos problemas russos (que o diretor faz questão de alfinetar); ele é universal. Isolamento tecnológico, problemas familiares, o conservadorismo nas corporações, e a indiferença a realidade são temas que caberia em qualquer lugar do mundo. E Zvyagintsev filma com uma segurança e frieza tipicamente russa mas que nunca fica chato, afinal os enquadramentos das cenas chamam a atenção pela beleza melancólica. E Sem Amor é isso: um retrato bonito e extremamente triste de uma casal que luta pela felicidade pessoal mas que perdeu a conexão com o que está em sua volta. E essa apatia os brasileiros conhecem bem.

sábado, agosto 25, 2018

Destaque nos cinemas

MISSÃO IMPOSSÍVEL - EFEITO FALLOUT
(Mission: Impossible - Fallout, EUA, 2018) de Christopher McQuarrie
Ação. Após uma missão dar errado, Ethan Hunt e companhia correm contra o tempo para evitar o pior.




ANA E VITÓRIA
(Brasil, 2018) de Matheus Souza
Comedia. Duas jovens cantoras se conhecem em uma festa e estabelecem uma forte amizade que mudará as suas vidas.



VOCÊ NUNCA ESTEVE REALMENTE AQUI
(You Were Never Really Here, EUA/França, 2017) de Lynne Ramsay
Drama. Ex-militar atua como um mercenário em busca de crianças sequestradas para o mercado de sexo.


AS HERDEIRAS
(Las Herderas, Paraguai/Brasil/Alemanha/Uruguai, 2018) de Marcelo Martinessi
Drama. Duas irmãs sempre viveram de uma herança mas na fase idosa elas percebem que o dinheiro está minguando.

segunda-feira, agosto 20, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

A MELHOR ESCOLHA
(Last Flag Flying, EUA, 2017) de Richard Linklater
Drama. Três veteranos americanos do Vietnã se reencontram para o enterro de um dos seus filhos que morreu na Guerra do Iraque.





LADY BIRD: A HORA DE VOAR
(EUA, 2017) de Greta Gerwig
Comédia. Além do relacionamento turbulento com a mãe, garota está na expectativa para entrar na universidade.

quarta-feira, agosto 15, 2018

Tela Super8: Malena

Giuseppe Tornatore e Ennio Morricone é uma dupla que quando trabalham juntos proporcionam uma bela experiência audiovisual - como o inesquecível Cinema Paradiso. E em Malena (Itália, 2000) a dupla não vacila e entrega um trabalho de primeira.

sexta-feira, agosto 10, 2018

A Noiva do Deserto

(La Novia del Desierto, Argentina/Chile, 2017)
Direção: Cecilia Atán e Valeria Pivato
Elenco: Paulinia Garcia, Claudio Rissi.

Teresa está viajando de Buenos Aires para uma cidade perto da fronteira do Chile para cuidar de uma família. E essa viagem se transforma em uma bela jornada de uma mulher que se atreve a sair do casulo e vivenciar experiências nunca sentidas como um relacionamento amoroso.
Com essa sinopse, A Noiva do Deserto recorda demais Que Hora Ela Volta? mas ambos apresentam abordagens diferentes. Enquanto o filme brasileiro é uma critica social sobre a relação patrão e empregado em um momento de ascensão social de classes menos privilegiadas. A produção argentina/chilena é um roadmovie intimista que expõe uma mulher de 54 anos que perdeu o rumo da vida. E a grande atriz chilena Paulinia Garcia dá um show dando luz a um ser calado, contido que sabe muito bem do seu papel no mundo: servir aos outros. Melhor, ser uma empregada doméstica submissa. E as cineastas novatas Cecilia Atán e Valeria Pivato realizam uma obra com pulso firme sem cair no melodrama fácil utilizando recursos próximo da personalidade de Teresa como a trilha sonora tímida (afinal a personagem é bastante introspectiva) e a bela fotografia que nos flashbacks mostra paletas sombrias e tristes ao exibir o seu antigo trabalho; e a luz solar que a viagem representa mesmo com a vegetação árida presente simboliza Teresa como uma mulher seca mas que com um pouco de água, a mesma vai ganhando novos contornos. Mais um bom exemplar do cinema sensível que a Argentina e o Chile lançam no mercado.

domingo, agosto 05, 2018

Hereditário

(Hereditary, EUA, 2018)
Direção: Ari Aster
Elenco: Toni Collette, Gabriel Byrne, Alex Wolff, Milly Shapiro.

Da mesma forma que o cinema coleciona filmes de terror para adolescente gritar por qualquer coisa, muitos cineastas estão apostando nesse filão para buscar algo "diferente". A Bruxa, A Corrente do Mal, Corra são exemplos da versatilidade desse gênero, e o diretor Ari Aster estreia nesse segmento arrebentando. Com ótimas críticas, a sua obra usa o medo para abordar problemas familiares como o distanciamento entre pessoas, a complicada relação entre mãe e filho, ocultismo e até mesmo doenças hereditárias.
Hereditário conta a estória de uma família que apresenta um estranho comportamento após a morte da matriarca mais velha - especialmente entre a mãe Annie e os seus filhos Peter e Charlie. Contar mais estragaria as surpresas reveladas. Assim, o destaque do filme fica com a impressionante atuação da sempre eficiente Toni Collette que demonstra com precisão dor e desorientação. A obra também tem outros pontos positivos como a ótima e climática trilha sonora de Colin Stetson; os bons enquadramentos de câmera favorecido pela boa fotografia de Pawel Pogorzelski que explora muito bem a intrigante cenografia do filme (uma casa no meio da floresta) e o jogo de sombras. Mesmo assim o filme apresenta alguns problemas. Se a primeira parte, o filme acerta em cheio no clima angustiante; a segunda parte a obra perde impacto ao se tornar similar ao terror sobrenatural de James Wan na sua conclusão.
Diferente do clima pesado do começo ao fim de A Bruxa,  na minha opinião achei Hereditário um filme bem blockbuster, certinho especialmente na sua segunda metade o que frustou a minha expectativa, mas mesmo assim vale a pena ver o filme pelo seu ótimo elenco e pelo clima angustiante que a equipe técnica quis imprimir a obra.

quarta-feira, agosto 01, 2018

Solaris

(Solyares, União Soviética, 1972)
Direção: Andrei Tarkovsky
Elenco: Donatas Banioris, Sos Sargsyan, Jüri Järvet, Tatyana Malykh

Críticos e cineastas reconhecem o grande legado do mestre Andrei Tarkovsky no cinema: filosófico, existencialista, enquadramentos perfeitos, imagens de uma beleza impressionante...e paciência. Solaris é o primeiro filme dele que eu assisti e confesso que não foi uma tarefa fácil conferir a esta obra que é famosa por ter sido uma resposta soviética ao americano 2001: Uma Odisseia no Espaço. De início belas imagens bucólicas de uma fazenda dão o pontapé para a missão de um psicólogo que é enviado a órbita de um planeta desconhecido e estranho chamado Solaris - especificamente a uma nave espacial em que os seus tripulantes perderam a razão. Com essa premissa, Tarkovsky aborda um tema tão caro a ficção cientifica: a memória. Contar mais estragaria surpresas reservadas mas o filme fascina pela boa produção (a exceção é a cena do foguete saindo dentro da nave que ficou bem trash), efeitos visuais criativos e o interessante uso de cenas coloridas com o preto-e-branco. Extremamente verborrágico e deveras angustiante, Solaris reforça a mensagem que o homem é um ser social e que nunca fugirá dessa condição.

quarta-feira, julho 25, 2018

Destaque nos cinemas

ILHA DE CACHORROS
(Isle of Dogs, EUA, 2018) de Wes Anderson
Animação. Garoto tenta salvar seu cão quando este é enviado para uma ilha em virtude de uma gripe canina no Japão.



OS INCRÍVEIS 2
(Incredibles 2, EUA, 2018) de Brad Bird
Animação. A Mulher-Elástica se encarrega de proteger o mundo enquanto em casa o Sr. Incrível é responsável pelo lar e os filhos.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME
(Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, EUA/Inglaterra, 2017) de Martin McDonagh
Drama. Mulher provoca uma comunidade em busca de justiça a respeito do assassinato de sua filha.





LADY BIRD - A HORA DE VOAR
(EUA, 2017) de Greta Gerwig
Drama. Prestes a entrar na vida universitária, garota passa por dilemas e uma relação atrita com a mãe conservadora.

domingo, julho 15, 2018

Tela Super8: Cabaret

O filme Cabaret (EUA, 1972) de Bob Fosse representa com mérito o cinema musical para maiores de 18 anos; em outras palavras a alegria de viver é substituída pela crueldade da realidade, que nesse caso fala do crescimento do nazismo na Alemanha do inicio dos anos 30. Com muita sensualidade, Liza Minelli canta "Mein Herr" numa cena que faz lembrar de outro clássico da Broadway do diretor, Chicago que em 2002 foi adaptado para o cinema por Rob Marshall.

terça-feira, julho 10, 2018

Mãe Só Há Uma

(Brasil, 2016)
Direção: Anna Muylaert
Elenco: Naomi Nero, Daniela Nefussi, Matheus Nachtergaele, Lais Dias.

Após a consagração com o belo Que Horas Ela Volta?, Muylaert dá continuidade as diferenças sociais e ao estudo de personagem. No entanto, a pegada é totalmente diferente no seu novo filme. Se em Que Horas Ela Volta? a diretora mostra maturidade ao focar o abismo entre empregado e patrão. Mãe Só Há Uma, Muylaert enfatiza a linguagem ao abordar o inferno de um jovem saindo da adolescência  chamado Pierre (que é hétero mas que curte a androginia) ao descobrir que foi roubado na maternidade e que sua família biológica é a típica família classe média alta (o horror dos horrores); e o seu nome real é Felipe. Observação: a linguagem a qual me refiro é o uso de câmera na mão nas cenas da sua família inicial e de sua vida íntima representando a liberdade; já quando surge a família biológica e a nova realidade, a diretora usa câmeras estáticas representando o aprisionamento do Pierre ou Felipe a tal condição.
Com um enredo não muito convencional, Muylaert faz um bom trabalho graças ao ótimo elenco, em especial Naomi Nero que mostra carisma em um personagem difícil. Porém, a diretora perde a mão com uma condução ágil demais (o filme tem 80 minutos) em uma obra em que o seu enredo é tão intrigante e cheio de camadas - identidade, convenções sociais, família - e nenhuma delas é dissecada com profundidade. Uma pena pois a sua premissa é tão boa que a gente assiste até o fim reforçando o poder de seu argumento,

quinta-feira, julho 05, 2018

Força Maior

(Force Majeure, Dinamarca/França/Noruega/Suécia, 2014)
Direção: Ruben Östlund
Elenco: Johannes Kuhnke, Lisa Loven Kongsli, Kristofer Hivfur, Fanni Metelius.

Tomas e Ebba e seus dois filhos são turistas dinamarqueses que vão passar as férias em uma estação de esqui nos Alpes. E o que deveria ser pura diversão se transforma em um inferno familiar quando acontece uma falsa avalanche, e ao invés de Tomas proteger a sua família da catástrofe, deixa-os à deriva, um comportamento que causa desapontamento em sua família.
Ruben Östlund é um dos grandes cineastas do momento, e aqui ele mostra todo o seu estilo que  o consagrou em The Square - A Arte da Discórdia: câmeras estáticas, registro do cotidiano no local onde se passa a estória, a música clássica, os dilemas de um homem maduro. Mas em Força Maior, Östlund faz uma obra mais consistente, e um senso de humor que tira onda sobre o tema do macho-alfa e suas obrigações familiares e sociais - algo que até Tomas não consegue compreender (ou o constrangimento é maior por ter consciência de sua impotência). E é esse incômodo que comanda o enredo e brinca com os esteriótipos tão comuns sobre o papel do homem e mulher no núcleo familiar - particularmente em seu final.