quinta-feira, janeiro 25, 2018

Destaque nos cinemas

120 BATIMENTOS POR MINUTO
(120 Battements par Minute, França, 2017) de Robin Campillo
Drama. No fim dos anos 80 uma ONG luta para que o governo francês faça politica social para combater a epidemia de Aids.








THE SQUARE - A ARTE DA DISCÓRDIA
(Suécia/Alemanha/França/Dinamarca, 2017) de Ruben Ostlund
Drama. Gerente de um museu acaba metendo os pês pelas mãos ao promover uma instalação de arte.



VIVA - A VIDA É UMA FESTA
(Coco, EUA, 2017) de Lee Unkrich e Adrian Molina
Animação. Proibido de expor sua arte, cantor decidi ir a Terra dos Mortos para decifrar esse enigma.








O DESTINO DE UMA NAÇÃO
(Darkest Hours, Inglaterra, 2017) de Joe Wright
Drama. Biografia do mítico primeiro ministro britânico, Winston Churchill, quando este toma posse no início da Segunda Guerra Mundial.


ME CHAME PELO SEU NOME
(Call Me by Your Name, França/Itália/EUA/Brasil, 2017) de Luca Guadagnino
Drama. Na Itália dos anos 80, um jovem se encanta por um estudante americano que se hospeda em sua casa.



ARTISTA DO DESASTRE
(The Disaster Artist, EUA, 2017) de James Franco
Comédia. Bastidores do filme The Room de Tommy Wiseau, considerado por alguns como o pior filme de todos os tempos.




THE POST - A GUERRA SECRETA
(EUA, 2017) de Steven Spielberg
Drama. Editores de um respeito jornal dos EUA brigam com o governo americano para expor a verdade sobre a Guerra do Vietnã.

sábado, janeiro 20, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

COLOSSAL
(Canadá/Espanha, 2016) de Nacho Vigalondo
Ficção Cientifica. Além de perder emprego e terminar uma relação amorosa, mulher percebe uma estranha ligação com um monstro que esta atacando Seul.


NEVE NEGRA
(Nieve Negra, Argentina/Espanha, 2017) de Martin Hodara
Suspense. Homem volta a patagônia argentina para tratar de questões familiares e acaba descobrindo mistérios a respeito de seu irmão.

segunda-feira, janeiro 15, 2018

Tela Super8: Smash Mouth - "All Star"

Pra começar bem o ano novo a dançante "All Star", banda Smash Mouth, que pertence a trilha sonora de um filme no minimo inusitado chamado Heróis Muito Loucos (Mistery Men, EUA, 1999) de Kinka Usher.

quarta-feira, janeiro 10, 2018

A Morte lhe Cai Bem

(Death Becomes Her, EUA, 1992)
Direção: Robert Zemeckis
Elenco: Meryl Streep, Bruce Willis, Goldie Hawn, Isabella Rossellini.

Após se aventurar com a comédia maluca que parodia/homenageia as animações em Uma Cilada para Roger Rabbit - um sucesso de crítica e de público - Robert Zemeckis colheu o fracasso com o humor negríssimo em A Morte lhe Cai Bem. Mas revendo o filme a obra não soa tão ruim quanto parece ser. Se antes o filme ridiculariza a busca da juventude e a sede de vingança; hoje soa mais uma briga de galo (ou de galinha mesmo) de duas drag queens por um macho-alfa de tão caricato que é. E o elenco reforça essa impressão com atuações totalmente exageradas. Assim, quem brilha é uma Meryl Streep se divertindo a beça em uma atuação bem tosca. E se os efeitos visuais se tornaram datados, a trilha sonora à lá Hitchcock de Alan Silvestri continua uma delícia. E o diretor teve em mãos um material perfeito para realizar tomadas de câmera ousadas - pena que o roteiro é raso e sem ambição. Uma comédia pipoca bem sessão da tarde - ah! esqueci do enredo: duas mulheres que se detestam tomam um elixir da juventude, e ao invés de aproveitar a imortalidade decidem fazer um acerto de contas desastroso.

sexta-feira, janeiro 05, 2018

A Bela da Tarde

(Belle de Jour, França/Itália, 1967)
Direção: Luis Buñuel
Elenco: Catherine Deneuve, Jean Sorel, Michel Piccoli, Geneviève, Page.

A obra de Joseph Kessel se transformou no material perfeito para o mestre do surrealismo, Luis Buñuel, cutucar com gosto as convenções sociais, tornando a sua exibição proibida em vários países na época do seu lançamento. E somente Catherine Deneuve (mais linda do que nunca) poderia dar vida a uma burguesa entediada Séverine; uma jovem casada absurdamente frígida e que por puro impulso decide trabalhar em um bordel de Paris.
Com uma produção impecável, e uma Deneuve podre de chique, torna tudo tão fantasioso, sedutor, que o público fica na dúvida o tempo todo se é sonho ou realidade. E nessa ambiguidade, o diretor deita e rola ao transformar na sua primeira parte em uma ótima comédia maliciosa mas que aos poucos vai perdendo o controle exatamente como nos sonhos! E achei incrível a ausência de trilha sonora, só em determinados momentos que surge som de uma antiga caixinha de música o que torna tudo mais onírico.
Provocativo, A Bela da Tarde se tornou um enigma ao cobrar do público o que de fato está acontecendo na tela - Severine versus A Bela da Tarde - mas compreendendo as ações de uma jovem católica criada nos moldes rígidos, e que no seio do casamento tem dificuldade em lidar com sexo. De longe um dos trabalhos mais acessáveis do diretor, e também um dos melhores.

segunda-feira, janeiro 01, 2018

Eu, Daniel Blake

(I, Daniel Blake, Inglaterra/França, 2016)
Direção: Ken Loach
Elenco: Dave Jones, Hayley Squires, Micky McGregor, Natalie Ann Jamieson

Merecidamente vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2016, este drama humanista representa a essência do seu condutor, Ken Loach. Sempre focando nos menos favorecidos, o diretor vai direto na jugular ao expor o calvário burocrático do carpinteiro Daniel que após uma parada cardíaca sofre nas mãos de um sistema de assistência social desumano para conseguir o óbvio: trabalho, dignidade, dedicação.
Com uma direção simples e até mesmo convencional, Loach cria personagens cativantes e de empatia imediata - Daniel é aquele cara gente boa que conquista a todos instantaneamente. Outro ponto acertado é a ausência de trilha sonora que confere um tratamento realista e de urgência ao tema abordado. E o elenco desconhecido dá um show, especialmente Dave Jones como o protagonista que mesmo passando por dificuldades não vacila em ajudar as outras pessoas em virtude de um ideal: justiça. Dessa forma, o filme se torna tristemente universal: governos que gerenciam péssimos serviços, mas vá deixar de pagar um imposto para ver o que acontece? Uma dolorosa realidade em que os mais fracos são obrigados a suportar, seja na Inglaterra seja no Brasil.