Destaque nos cinemas

FERRUGEM E OSSO
(De Rouille et d´os, França, 2012) de Jacques Audiard
Drama. Rapaz se apaixona por uma treinadora de baleias que tem a perna amputada.

EM TRANSE
(Trance, Inglaterra, 2013) de Danny Boyle
Suspense. Quadrilha tenta desvendar o sumiço de quadros valiosos em que a única pessoa que sabe do seu paradeiro está sofrendo de amnésia.

SOMOS TÃO JOVENS
(Brasil, 2013) de Antonio Carlos Fontoura
Drama. Cinebiografia de uma das maiores vozes do rock brasileiro: Renato Russo.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

AS AVENTURAS DE PI
(The Life of Pi, EUA, 2012) de Ang Lee
Aventura. Após sobreviver a um naufrágio, garoto percebe que não está sozinho no bote salva-vida: um tigre.

DETONA RALPH
(Wreck-It Ralph, EUA, 2012) de Rich Moore
Animação. Vilão de videogames se cansa de sua condição e tenta reverter a situação.

LAURENCE ANYWAYS
(Canadá/França, 2012) de Xavier Dolan
Drama. Casal tenta superar de uma dificil condição: o companheiro fez mudança de sexo.

A HORA MAIS ESCURA
(Zero Dark Thirty, EUA, 2012) de Kathryn Bigelow
Drama. Equipe do FBI chefiada por uma determinada agente tenta a qualquer custo descobrir o paradeiro de Osama Bin Laden.

ELEFANTE BRANCO
(Elefante Blanco, Argentina/Espanha, 2012) de Pablo Trapero
Drama. Dois padres e uma assistente social atuam numa favela de Buenos Aires.

Tela Super8: Raul Seixas - "Metamorfose Ambulante"

O filme brasileiro mais badalado dos últimos tempos Cidade de Deus (Brasil, 2002) de Fernando Meirelles surpreende pelo apuro técnico excelente mesclado a uma linguagem moderna e altamente pop. Por isso que a trilha sonora foi escolhida a dedo e diante de tantas canções, o destaque vai para o clássico de Raul Seixas, "Metamorfose Ambulante".

Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual

(Argentina/Espanha, 2011)
Direção: Gustavo Taretto
Elenco: Javier Drolas, Pilar López de Ayala, Inés Efron, Adrián Navarro.

Sozinho no meio da multidão. É assim que se sentem Martín e Mariana. Ele é um webdesigner que tem fobia de multidão e outras coisas. Ela é arquiteta mas que trabalha como decoradora de vitrines e tem claustrofobia. E diante de seus medos e fobias tentam sobreviver a uma caótica Buenos Aires. Com uma introdução que faz lembrar os insuportaveis videos de Pedro Bial, Medianeiras conquista pelo ar pop, suas brincadeiras visuais e seu ritmo bem dosado. E como todo filme argentino não faz feio no seu desenho de produção: bela fotografia, música moderninha, mas eu gostei mesmo foi da montagem. E a dupla Javier Drolas e Pilar López de Ayala mostra empatia. Enfim, além de fazer dramas instigantes e inteligentes, os argentinos mostram que mandam bem no cinema pop. Esses hermanos!!!

Moonrise Kingdom

(EUA, 2012)
Direção: Wes Anderson
Elenco: Jared Gilman, Kara Wayward, Edward Norton, Bruce Willis.

É prazeroso ver uma obra que representa toda a essência e estilo de seu autor. Ótima trilha sonora, muitos movimentos de câmera horizontais, bela fotografia e um caprichado trabalho de direção de arte e figurino. O destaque fica para a edição que brinca o tempo todo com o ritmo em conta da quantidade de personagens. E o elenco foi escolhido sob medida. Além dos habituais Bill Murray e Jason Schwartzman, tem Harvey Keitel, Edward Norton, Frances McDormand, Tilda Swinton e Bruce Willis. Mas gostei muito da química entre Jared Gilman e Kara Wayward como o casal apaixonado Sam e Suzy.

Confesso que não sou fã de Wes Anderson, mas gostei muito desse filme que aborda o amor ingênuo e inocente de dois adolescentes desajustados que juntos tentam se proteger/rebelar contra a hipocrisia e o cinismo do mundo ao qual habitam, este representado por uma ilha.

O Lado Bom da Vida

(Silver Linings Playbook, EUA, 2012)
Direção: David O. Russell
Elenco: Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Jacki Weaver.

Após o drama familiar no mundo do boxe, O Vencedor, o diretor David O. Russell volta a ativa com o drama familiar embalado em comédia romântica em O Lado Bom da Vida. E tudo no maior bom astral ou excelsior (pense positivo) como diria Patrick, personagem principal. Narrando a adaptação de Patrick a vida normal após meses internado numa clínica psiquiátrica por sofrer de transtorno bipolar, O Lado Bom da Vida usa muito clichê do cinema indie na sua composição: personagens fracassados, à margem da sociedade, trilha sonora moderninha, diálogos que não acabam mais. Enfim, no fim me pareceu uma Pequena Miss Sunshine dirigido por John Hughes (dois adultos que parecem ser adolescentes em conta de sua condição psicológica que tentam encontrar a razão de viver através do amor e de uma competição de dança!!). Mas no fim quem se salva é Bradley Cooper, uma escolha arriscada mais certeira. Um ator que eu nunca achei essas coisas e arrebenta no filme (e ainda rouba a cena de Robert De Niro). Mas não compreendo o bafafá sobre Jennifer Lawrence. Após fazer show em Inverno da Alma, a atriz tá mediana no filme e nas cenas mais dramáticas se mostra limitadíssima - Regina Duarte faria melhor, joguei pesado? E David O. Russell? Após abusar de movimentos de câmera e closes no início, o diretor perde a mão nas cenas de dança - rezo para que ele não faça um musical - é estrago na certa. Entre mortos e feridos, o filme é bonitinho, cool, mas não tem o carisma de Toda Forma de Amor e Pequena Miss Sunshine.