domingo, fevereiro 25, 2018

Destaques nos cinemas

A FORMA DA ÁGUA
(The Shape of Water, EUA, 2017) de Guillermo del Toro
Fantasia. Ao se apaixonar por uma criatura aquática, faxineira muda planeja uma fuga com o amado.




O QUE TE FAZ MAIS FORTE
(Stronger, EUA, 2017) de David Gordon Green
Drama. Relato de uma vitima do terrorismo que teve que se adaptar a uma nova realidade: a ausência dos membros inferiores.







O SACRIFÍCIO DO CERVO SAGRADO
(The Killing of a Sacred Deer, EUA/Inglaterra/Irlanda, 2017) de Yorgos Lanthimos
Suspense. Jovem cria uma perigosa obsessão em um médico que fez uma cirurgia fracassado em seu pai.





SEM AMOR
(Loveless, Rússia/França, 2017) de Andrey Zvyagintsev
Drama. Casal prestes a se divorciar são forçados a se juntar para reencontrar o filho desaparecido.






EU, TONYA
(I, Tonya, EUA, 2017) de Craig Gillespie
Drama. Tonya é uma brilhante patinadora mas a presença constante de uma mãe e um marido instáveis interferem em seu destino.




LADY BIRD - A HORA DE VOAR
(EUA, 2017) de Greta Gerwig
Comédia dramática. Cristine é uma jovem querendo a independência mas para isso tem que por em cheque a sua relação com a mãe católica.




MUDBOND - LÁGRIMAS SOBRE O MISSISSIPI
(EUA, 2017) de Dee Rees
Drama. Após lutar na 2ª Guerra Mundial, um branco e um negro retornam as suas origens, mas não são mais os mesmos.





TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME
(Tree Billboards Outside Ebbing, Missouri, EUA/Inglaterra, 2017) de Martin McDonagh
Drama. Mãe de uma filha assassinada instala outdoors como protesto para o descaso da policia local sobre este crime.





A GRANDE JOGADA
(Molly´s Game, EUA, 2017) de Aaron Sorkin
Drama. Impossibilitada de participar dos jogos olímpicos, jovem decide arriscar em oura profissão: o jogo clandestino.




TRAMA FANTASMA
(Phantom Thread, EUA, 2017) de Paul Thomas Anderson
Drama. Na Londres Pós-Segunda Guerra Mundial, famoso estilista se envolve com uma jovem sagaz que se torna sua musa e amante.

terça-feira, fevereiro 20, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

IT - A COISA
(EUA, 2017)  de Andres Muschietti
Terror. Garotos decidem desvendar um mistério que ocorre na região: os desaparecimentos de crianças.





O ESTRANHO QUE NÓS AMAMOS
(The Beguiled, EUA, 2017) de Sofia Coppola
Drama. No auge da Guerra da Secessão, grupo de mulheres tem a sua rotina alterada com a chegada de um soldado ferido.




MÃE!
(Mother!, EUA, 2017) de Daren Aronofsky
Suspense. Esposa se desespera quando sua casa e invadida por fãs do seu marido escritor.

quinta-feira, fevereiro 15, 2018

Oscar 2018

O ano de 2018 já começa com as indicações ao Oscar confirmando a briga imprevisível entre Três Anúncios para um Crime e A Forma da Água para o prêmio máximo (e que poderia esquentar ainda mais se o belo Me Chame Pelo Seu Nome não tivesse perdido fôlego no fim da corrida). Também é importante destacar que a Academia engoliu uma produção da Netflix, e Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi saiu com 04 indicações, um feito inédito para um streaming. Outro feito importante é a indicação (merecida por sinal) de roteiro adaptado para a última franquia X-Men, Logan. Já as decepções começam com a ausência lástima do francês 120 Batimentos por Minuto para filme estrangeiro e a ausência do super badalado Projeto Florida em grandes categorias. Uma pena.

CORRA!
A grande revelação do ano. Passou nos cinemas no meio do ano como não quer nada e com o passar do tempo essa mistura inusitada de comédia com horror conquistou a crítica com a sua inteligente abordagem sobre o racimo velado. E continua uma baita surpresa ver esse filme - atípico - para a Academia - fazer bonito no Oscar. Com 04 indicações, tem chances de ganhar na categoria roteiro original.

O DESTINO DE UMA NAÇÃO
O maior enigma da lista. Diante de tantos filmes bons o que essa obra correta e quadrada esta fazendo aqui? Mais uma vez a Academia faz uma escolha equivocada e extremamente conservadora com as inacreditáveis 06 indicações, só reforçando o favoritismo para o sempre competente Gary Oldman, e com grande chances tambem a de maquiagem (que ajudou e muito no trabalho do Oldman).






DUNKIRK
Não pode faltar o representante do gênero guerra na lista e o novo filme de Christopher Nolan já era super cotado desde a sua estréia. Mesmo que eu considere o menor trabalho dele, o filme merece as indicações técnicas e as boas tomadas de cena. Com 08 indicações, deve brilhar nas categorias técnicas como mixagem de som, edição de som, e edição.



A FORMA DA ÁGUA
Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza, a obra-prima de Guillermo del Toro conquistou de vez a critica em mais uma obra que é a sua especialidade: a fantasia. Mas será que a Academia vai se render a uma obra lírica que homenageia o cinema como artifício para falar do preconceito? Esse fator pesa contra a balança para A Forma da Água mas com as 13 indicações conquistadas, o filme pode surpreender e ganhar a de melhor filme, direção, trilha sonora, direção de arte e figurino.

LADY BIRD - HORA DE VOAR
Aquele representante de sempre do cinema indie, eis a estreia da atriz Greta Gerwig que se encontrava em queda em Hollywood mas que soube dar a volta por cima ao conduzir uma obra pessoal sobre a turbulenta relação de uma mãe e filha católicas. Com 05 indicações tem mais chances de ganhar a de atriz coadjuvante (Laurie Metcalf) e roteiro original.



ME CHAME PELO SEU NOME
Um ano atrás, o novo drama romântico de Luca Guadagnino arrebentou em Sundance e desde de sempre cotado para fazer bonito nas premiações. E de se certa forma o filme do produtor brasileiro Rodrigo Teixeira conquistou muitos prêmios mas na reta final o gás acabou. Uma pena mas com 04 indicações é o favorito para ganhar o de roteiro adaptado, um prêmio merecido pelo conjunto da carreira do grande cineasta James Ivory.

THE POST: A GUERRA SECRETA
Mesmo cotado para fazer bonito na noite do Oscar, o novo filme de Spielberg conquistou a indicação máxima - e só! É preciso dizer no que vai dar com as míseras 02 indicações que o filme recebeu? Aproveite a noite produtores e também a indicada pela 21º vez Meryl Streep.






TRAMA FANTASMA
A grande surpresa da lista e uma ótima confirmação que a Academia adora Paul Thomas Anderson, e pelo retrospecto esse grande cineasta merece esse mimo a cada filme. E mesmo que o filme se torne mais famoso por ser o responsável pela saída de cena do grande Daniel Day-Lewis nas telas, a obra arrebentou a boca do balão com as inesperadas 06 indicações e tem chance de levar o de melhor figurino.




TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME
Com o empoderamento feminino em alta diante de um número estarrecedor de abusos em Hollywood, o novo filme de Martin McDonagh chegou no momento certo e na hora certa, e ainda de cara tem uma Frances McDomand em um dos seus melhores papéis de sua carreira ao dar vida a uma mãe que luta por justiça. Mesmo sem a surpreendente indicação ao Oscar de melhor direção, o filme recebeu 07 indicações e tem muita força para levar o grande prêmio da noite, além o de melhor atriz, ator coadjuvante para Sam Rockwell, roteiro original e montagem.

sábado, fevereiro 10, 2018

The Square - A Arte da Discórdia

(Suécia/Dinamarca/Alemanha/França, 2017)
Direção: Ruben Östlund
Elenco: Claes Bang, Elisabeth Moss, Dominic West, Terry Notary.

"The Square (quadrado em inglês) é uma obra de arte representado por um quadrado no chão que significa que dentro dele todas as pessoas compartilham direitos e deveres iguais." Diante de um trabalho artístico com temática tão humana, o diretor Ruben Östund (do badalado Força Maior) subverte tudo e mostra o oposto quando um curador de um importante museu de Estocolmo tem a missão de transformar a citada obra em um sucesso, mas fatos inesperados acontecem.
Östlund faz um trabalho sensacional (adorei os movimentos de câmera) e realiza um filme deveras provocativo - e necessário - que vai além de criticar o mundo das artes especialmente a busca pelo sucesso. Com um roteiro de primeira, mete o dedo na ferida e expõe uma Estocolmo rodeada de pedintes nas ruas, que no fundo são os refugiados do Oriente Médio, e a falta de assistência do Estado para estes sobreviventes; e o preconceito que os suecos têm sobre eles. Não é pra menos que a trilha sonora usa com muita frequência a música sacra Ave Maria em muitas cenas (um grito de misericórdia); e o filme tem a famosa cena da apresentação do homem-gorila que é uma aula de tensão e incomodo. Uma obra perturbadora que mostra que até os entendidos em arte precisam se humanizar e sair - que ironia! - do seu quadrado vazio. O mundo é bem além de um museu.

segunda-feira, fevereiro 05, 2018

O Destino de uma Nação

(Darkest Hour, Inglaterra, 2017)
Direção: Joe Wright
Elenco: Gary Oldman, Kristen Scott-Thomas, Ben Mendelsohn, Lily James.

Vivemos em um momento negro da história em total ausência de grandes líderes, Nunca se viu governantes tão impopulares e odiados por ideias descabidas de humanidade como agora. Por isso que vejo o interesse da mídia pelo mítico Winston Churchill, persona fundamental na Segunda Guerra Mundial. E com um grande respeito, o diretor Joe Wright deixa a criatividade tão evidente em seus filmes (Desejo e Reparação; Orgulho e Preconceito) e realiza uma obra apenas correta ao relatar os difíceis primeiros dias de Churchill como primeiro-ministro. Dessa forma, quem acaba brilhando é o elenco, em especial um carismático Gary Oldman que torna a figura simpática mesmo sobre toneladas de uma maquiagem pesada que o torna irreconhecível. E se a fotografia de Bruno Delbonnel sempre envolve os personagens em sombras, a trilha sonora de Dario Marianelli é carregada de grandiloquência. Um tipico exemplo do cinema britânico por natureza: um bom e bonito filme de época.

quinta-feira, fevereiro 01, 2018

120 Batimentos por Minuto

(120 Battements par Minute, França, 2017)
Direção: Robin Campillo
Elenco: Nahuel Perez Biscayart, Arnaud Valois, Adele Haenel, Antoine Reinartz.

Em uma conjuntura atual em que as minorias tem um longo caminho para brigar pelos seus direitos - e que a maioria faz questão de fazer chacota - o filme 120 Batimentos por Minuto surge num momento certo ao expor a fragilidade das políticas públicas em relação a Aids. No fim dos anos 80, com a epidemia da Aids assombrando a comunidade gay de Paris, ativistas cobram do governo francês mais empenho ao lançar informações sobre a doença na sociedade, e também estratégias para contê-la. O filme também alfineta a falta de humanidade da indústria farmacêutica.
Com base na boa montagem do próprio diretor do filme, Robin Campillo, a obra é dividida em duas partes: a primeira mostra o lado ativista (e as vezes divertido) das manifestações. Já a segunda parte, o tom sombrio reina quando Sean acaba perdendo a luta contra o HIV. E o realizador mostrou uma sensibilidade impar ao lançar imagens belíssimas como metáfora da epidemia (não tem como se comover com o rio Sena ensaguentado ao som abafado de uma pessoa sentindo dor). E a fotografia escura de Jeanne Lapoirie deixa uma sensação amarga que a brevidade da vida é instantânea. Filmão.