Destaques nos Cinemas

O AGENTE SECRETO

(Brasil, 2025) de Kleber Mendonça Filho

Suspense. No auge da ditadura brasileira, docente encontra obstáculos para fugir do país por causa de uma ameaça de morte.

PREDADOR : TERRAS SELVAGENS
(Predador: Badlands, EUA, 2025) de Dan Trachtenberg

Ficção cientifica. Para mostrar o seu valor, jovem predador caça um monstro poderoso com a ajuda de uma ciborgue.

WICKED: PARTE II
(EUA, 2025) de Jon M. Chu

Musical. As rixas das famosas bruxas de Oz que revelam os maléficos planos dos poderosos para continuar a sua influencia na terra magica.

BUGONIA
(EUA, 2025) de Yorgos Lanthimos

Suspense. Dois desequilibrados sequestram uma executiva pois acreditam que esta é uma alienígena.

MORRA, AMOR
(EUA, 2025) de Lynne Ramsay

Drama. Isolada em uma fazenda, mulher apresenta desequilíbrio emocional com o fim de seu casamento.

A NATUREZA DAS COISAS INVISIVEIS
(Brasil, 2025) de Rafaela Camelo

Drama. Em um hospital nasce uma grande amizade entre duas garotas.

BARBA ENSOPADA DE SANGUE

(Brasil, 2025) de Aly Muritiba

Drama. Após a morte de seu pai, jovem retorna a sua cidade natal que parece esconder segredos.

Lançamentos nos Sreamings

BIRDMAN

(EUA, 2014) de Alejandro González Inárritu

Paramount+

Drama. Ator participa de uma peça de teatro para escapar do estereótipo de um personagem de ação de enorme sucesso.

CLUBE DA LUTA

(Fight Club, EUA, 1999) de David Fincher

Paramount+

Suspense. Executivo deprimido descobre um jeito de dar a volta por cima: entrar em um clube de luta. 

DENTE CANINO

(Kynodontas, Grécia, 2009) de Yorgos Lanthimos

Mubi

Drama. Família educa os filhos de forma "bizarra" mas a presença de uma empregada desestabiliza a estrutura do lar.

FERRARI

(EUA/Itália, 2023) de Michael Mann

HBO Max

Drama. Criador da mítica marca de automóvel aposta em uma corrida mesmo que atravesse uma crise financeira e a perda de um filho.

FRANKESTEIN

(EUA, 2025) de Guillermo del Toro

Netflix

Suspense. Médico com a obsessão de criar vida consegue atingir o seu objetivo mas não sabe lidar com as consequências.

INVERNO DA ALMA

(Winter´s Bone, EUA, 2010) de Debra Granik

Mubi

Drama. Garota procura o pai e na sua jornada descobre um rastro de mentiras.

A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO

(The Hand That Rocks the Cradle, EUA, 1991) de Curtis Hanson

Disney+

Suspense. Jovem família contrata uma babá sem imaginar que esta é uma pessoa perigosa.

NASCE UMA ESTRELA

(A Star is Born, EUA, 2018) de Bradley Cooper

Netflix

Drama. A delicada relação de um astro do rock em relação com uma novata que está em ascensão. 

A MELHOR MÃE DO MUNDO

(Brasil, 2025) de Anna Muylaert

Netflix

Drama. Após sofrer violência doméstica, mãe e seus filhos fogem de casa e embarcam em uma aventura. 

SHREK

(EUA, 2001) de Andrew Adamson e Vicky Jenson

Netflix

Animação. O famoso ogro do pântano devera salvar uma princesa para que a paz reine na sua região.

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN

(We Need to Talk About Kevin, Inglaterra/EUA, 2011) de Lynne Ramsey

Mubi

Suspense. Mãe reflete sobre a criação do seu filho após este cometer um atentado em uma escola.

Boogie Nights - Prazer Sem Limites

(EUA, 1997)
Direção: Paul Thomas Anderson
Elenco: Mark Wahlberg, Burt Reynolds, Julianne Moore, Heather Graham.

Eddie é um garoto de 17 anos que faz vários bicos enquanto decide o seu futuro. E também explora uma vantagem anatômica do seu corpo. E essa notícia atrai o cineasta de filmes adultos Jack. Assim, Eddie - ou melhor - agora o astro Dick entra na truque de Jack formada por diversas figuras que também passam por dilemas na vida. 

Aos 27 anos de idade, o novato Paul Thomas Anderson assombra a todos com o épico e espetacular Boogie Nights - Prazer Sem Limites. Em seu segundo trabalho, o hoje mestre mostrava - com uma produção impecável - a trajetória de um grupo, ou melhor, uma família que atua na indústria do cinema pornô. A montagem maravilhosa de Dylan Tichenor que narra como um foguete o paralelo do protagonista (um jovem que descobre a ascensão e queda) com outros personagens como a mãe do grupo que se comporta desse jeito por não poder cuidar de seu filho de verdade; o ator negro que não consegue abrir o seu próprio negócio de som; a jovem de patins que é indecisa em relação ao seu futuro. O magnífico roteiro de Anderson é uma colcha de retalhos que retrata com bastante humanidade personagens Natal linha tênue da  imagem da sociedade. E a sua direção revela uma condução que fica impossível não comparar com estilo frenético dos filmes de Martin Scorsese. Outros cineastas também parecem refletir nesta obra como Robert Altman ao realizar um estudo microcosmo da indústria pornô dos anos 1970 e 1980. Os diálogos e algumas situações recordam bastante a escrita fiada de Quentin Tarantino (e também a saborosa da trilha sonora recheada de músicas da época). Enfim, Boogie Nights - Prazer Sem Limites é um impressionante cartão de visitas de um jovem cineasta que hoje é um monstro consagrado do cinema estadunidense.

Perdidos na Noite

(Midnight Cowboy, EUA, 1969)
Direção: John Schlesinger
Elenco: Jon Voight, Dustin Hoffman, Brenda Vaccaro, Sylvia Miles.

Joe é um jovem pobre do interior do Texas que decide embarcar no sonho de ganhar dinheiro sendo garoto de programa em Nova York. Vestido como cowboy, aos poucos Joe vê o seu sonho ruim ao contatar de perto a miséria humana. E a sua única corrente de esperança recai em Ratso, um trambiqueiro com saúde frágil. 

Pedidos na Noite é mais conhecido por ser o primeiro filme para maiores de 18 anos a conquistar o Oscar de melhor filme em 1970. E aos olhos de hoje, o filme de  John Schlesinger (Maratona da Morte) reflete bem a cultura do seu período. Com um ar psicodélico e estilo transgressor, o cineasta britânico usa a inusitada  amizade de Joe e Ratso como gancho para imprimir a ilusão do sonho americano. E neste aspecto o filme revela um mundo em que as mulheres são fortes e dominadoras, e os homens são frágeis e tolos a começar com o cowboy vivido por Jon Voight que está longe de representar a virilidade dos filmes de John Wayne. Aqui, Joe é um homem sexy e viril mais mergulhado é um passado traumático. Mesmo que o filme apresente uma montagem eficiente e ágil para sua época, Perdidos na Noite perdeu um pouco o brilho em relação as outras obras que exploram a decadência americana com mais propriedade (Taxi Driver a Um Dia de Cão). Mas vale conferir pela ótima dupla Voight e  Hoffman, e como um documento, um registro de sua época.

Vestida para Matar

(Dressed to Kill, EUA, 1980)
Direção: Brian De Palma
Elenco: Michael Caine, Nancy Allen, Angie Dickinson, Keith Gordon.

Kate é uma dona de casa frustrada sexualmente com o seu casamento tedioso. Após uma sessão psicanalítica, ela vai ao museu e lá se sente atraída por um charmoso homem - o que é correspondida. E da atração se transforma numa  tarde de sexo com o desconhecido. Ao ir embora do apartamento do homem, Kate é assassinada de forma violenta por uma mulher dentro do elevador. E a única testemunha do crime, a prostituta Liz, busca a identidade da misteriosa figura para se livrar da acusação.

O clássico Vestida para Matar foi um dos primeiros filmes que me atraiu ao universo da cinefilia. E revendo após tantos anos não é difícil decifrar o porquê esta obra prima de Brian De Palma me fascinou tanto. Primeiro, é um filme que causa tensão e seduz na mesma medida. E tudo isso com um roteiro mínimo mas a direção do mestre faz total diferença. Os jogos de movimento de câmera hipnotiza como nas clássicas cenas do museu e na perseguição do metrô. Aqui, De Palma encontrou o material perfeito para emular com maestria Alfred Hitchcock (descaradamente Psicose) mas com doses generosas de sexo, suspense e muito humor. E o diretor sabe usar muito bem a dramática trilha sonora de Pino Donaggio de forma harmoniosa e em momentos chaves. Assim, Vestida para Matar se transforma em em suspense de tirar o fôlego transfigurado em uma ópera em que a câmera nunca para de seduzir e surpreender.

Festival de Toronto 2025

Mal terminou o Festival de Veneza, Toronto inicia a todo vapor com exibições esperadas dos principais festivais do ano somado a uma boa seleção de estreias. Assim, filmes fortes de Cannes como Valor Sentimental, O Agente Secreto e Um Simples Acidente; e da temporada recente de Veneza como Sem Outra Chance e The Voice of Hind Rajab chamaram a atenção do público. Mas o festival canadense teve suas estreias bem recebidas a começar pelo novo filme da chinesa Chloé Zhao, um denso drama sobre a origem de Hamlet no arrebatador Hamnet que acabou levando o principal prêmio do festival (e um nome forte para a temporada de premiações). Outros destaques do festival foram: Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out de Rian Johnson no terceiro capitulo de Entre Facas e Segredos; O Testamento de Ann Lee de Mona Festvold, um musical estravagante sobre uma mulher que pensa que é o messias no século 18; Roofman de Derek Cianfrancce que conta a estória de um assaltante que se apaixona por uma vendedora.

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A lista dos vencedores do Festival de Toronto 2025:

Prêmio da Audiência: Hamnet (EUA/Inglaterra) de Chloé Zhao (1º lugar); Frankenstein (EUA) de Guillermo Del Toro (2º lugar); Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out (EUA) de Rian Johnson (3º lugar)

Prêmio da Audiência - Filme Internacional: Sem Outra Chance (Coréia do Sul) de Park Chan-wook (1º lugar); Valor Sentimental (Noruega) de Joaquim Trier (2º lugar); Homebound (Índia) de Neeraj Ghaywan (3º lugar)

Documentário: The Road Between Us: The Ultimate Rescue (Canadá) de Barry Avrich

Seleção Midnight: Nirvanna the Band the Show the Movie (Canadá) de Matt Johnson

Destaques nos Cinemas

CORAÇÃO DE LUTADOR

(The Smashing Machine, EUA, 2025) de Bennie Safdie

Drama. A biografia de um dos maiores esportistas de MMA que enfrentou altos e baixos na sua vida pessoal.

O BOM BANDIDO
(Roofman, EUA, 2025) de Derek Cianfrance

Comédia. Veterano de guerra se torna um assaltante especialista em realizar grandes fugas.

FRANKESTEIN

(EUA, 2025) de Guillermo del Toro

Terror. Cientista decide criar vida com cadáver o que resultara em tragédias a sua volta.

Lançamentos nos Streamings

AMORES BRUTOS
(Amores Perros, México, 1999) de Alejandro Gonzalez Inarritu

Mubi

Drama. Numa Cidade do México turbulenta, um acidente de carro altera a vida de três habitantes.

ANIVERSÁRIO MACABRO

(The Last House on the Left, EUA, 1972) de Wes Craven

Mubi

Terror. No aniversario de sua filha, pais realizam vingança contra criminosos que a violentaram.

OS BONS COMPANHEIROS

(The Goodfellas, EUA, 1990) de Martin Scorsese

Netflix

Drama. A vida de um mafioso desde do inicio de sua trajetória no crime ate se tronar um protegido do governo por deletar os colegas.

CASA DE DINAMITE

(A House of Dynamite, EUA, 2025) de Kathryn Bigelow

Netflix

Suspense. Após serem atacados, governo dos EUA corre contra o tempo para descobrir o culpado e tomar ações de defesa.

EM CHAMAS

(Buh-ning, Coreia do Sul, 2018) de Lee Chang-Dong

Amazon Prime

Suspense. Jovem reencontra uma antiga amiga e esta pede para cuidar de seu gato enquanto passa um tempo fora de casa.

HALLOWEEN

(EUA, 1978) de John Carpenter

Netflix

Terror. No dia das bruxas uma jovem é atormentada por uma figura assassina e implacável.

LOUCA OBSESSÃO
(Misery, EUA, 1990) de Rob Reiner

Mubi

Suspense. Escritor é salvo por uma enfermeira sem imaginar que a sua vida esta em risco.

NOSFERATU, O VAMPIRO
(Alemanha, 1922) de F. W. Murnau

Mubi

Terror. Agente imobiliário visita um conde se suspeitar que este é um vampiro com sede de sangue.

Os Imperdoáveis

(Unforgiven, EUA, 1992)
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Richard Harris.

No centro-oeste dos Estados Unidos no fim do século XIX, um jovem desconfigura uma prostituta por puro ego. Como resposta, as outras prostitutas exige a morte do homem ao xerife. Subitamente, o xerife Little Bill não atende o pedido das prostitutas ocasionando estas em pagar um pistoleiro para encomendar a morte do violentador. E essa informação chega aos ouvidos de William, um famoso ex-pistoleiro que vê nessa missão uma chance de melhorar a vida de sua família.

Em 1992 simbolizou um novo capítulo na carreira de cineasta do ator Clint Eastwood, um mito calcado pelo western espaguete e no policial. Em Os Imperdoáveis o diretor usa a seu favor toda a mitologia do velho oeste e funde o melhor do faroeste americano com a visão subversiva dos clássicos de Sérgio Leoni. O ótimo roteiro de David Webb Peoples chama atenção ao dar voz para prostitutas em busca de justiça e uma ex-pistoleiro que deseja esquecer o passado violento. Se na época do lançamento a luta de poder do xerife em sua cidade apresenta uma imprevisibilidade entre o que é o mocinho e o bandido; hoje fica mais claro como autoritarismo, a misoginia são retratados com uma atualidade impressionante. E o filme apresenta uma ironia ao abordar o comportamento bélico do americano pois mesmo em uma cidade que proíbe armas, a violência é uma constante. Outro destaque do filme é a linda fotografia de Jack N. Green que registra belas imagens da natureza e do pôr do sol. A montagem de Joel Cox também é outro ponto positivo pois mesmo com ritmo mais pausado consegue atrair a atenção do público. Com um olhar melancólico, Os Imperdoáveis é um belo faroeste sobre o surgimento de uma nação em que o heroísmo é uma ilusão perante a brutalidade do Estado perante as melhorias. 1879, 2025. O tempo passa mais o sistema fica.

O Último Azul

(Brasil, 2025)
Direção: Gabriel Mascaro
Elenco: Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás, Adanilo Reis.

No futuro próximo, o governo brasileiro cria uma lei em que as pessoas que atingiram 75 anos de idade serão obrigadas a viver em uma colônia como presente pelos esforços ao país. No entanto, quando essa realidade bate na porta da senhora Teresa, uma funcionária de um frigorífico, está não aceita o destino estatal. Acaba fugindo para a floresta com o intuito de realizar um grande sonho: voar. E embarca numa aventura mágica imprevisível.

Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim 2025, O Último Azul do pernambucano Gabriel Mascaro dá continuidade ao futuro próximo do Brasil em que o cenário autoritário e a opressor é uma constante. Se em seu filme anterior, Divino Amor, reforça a mão pesada da religião no dia a dia; em O Último Azul explora o desejo de liberdade em um mundo que perdeu dignidade ao mais velhos. Um road-movie em que a estrada é substituída por rios. Em uma Amazônia dos sonhos, lindamente fotografado por Guillermo Garza, reforça a vontade de realizar antigas aspirações; como também um cenário de novas descobertas particulares. A mata selvagem também alimenta as realizações mais pessoais. E isso é bem explorado por uma atuação matadora de Denise Weinberg, que dá vida a uma personagem com uma garra impressionante. Tereza é uma mulher que cumpriu sua missão sobre os olhos do Estado. Mas no seu âmbito, a vontade de sentir coisas novas É inebriante. Assim, a direção de Mascaro chama atenção pelo seu carinho com a personagem, e também com poder de transformar a mítica floresta em um espaço aberto as áreas as realizações particulares. E mesmo com uma visão futura pessimista, o filme reforça um olhar a esperançoso. Isso fica latente com a linda trilha sonora de Memo Guerra que sai do marasmo e foca em um som orgânico, e ao mesmo tempo curioso, reflexo das inquietações da protagonista - e até brinca com Stranger Things. O Último Azul é um delírio de uma senhora que lutou pela sua sobrevivência por toda sua existência - mas que na finitude da vida ainda existe uma esperança de realizar antigas aspirações. Um belo filme sobre como o fim da vida é o oposto da visão da brevidade dos tempos. Sempre existe uma fé, um desejo de viver cada vez mais. E isso existirá até o nosso último azul (céu morte) chegar.

A Pior Pessoa do Mundo

(Verdens Verste Menneske, Noruega, 2021)
Direção: Joachim Trier
Elenco: Renata Reinsve, Anders Danielsen Lie, Herbert Nordrum, Has Olav Brenner.

Julie é uma jovem extremamente inteligente e carismática mas que não sabe carreira a seguir. Medicina, psicologia, fotografia. A definição também reflete em seu lado afetivo em que a garota pula de relacionamento em relacionamento até conhecer um homem mais velho e consagrado no mundo das artes. 

Na primeira meia hora do filme A Pior Pessoa do Mundo, o enredo indica abordar um retrato da geração atual em que parece perdida no mundo em que tudo virou digital. Mas no decorrer da narrativa - para minha grata surpresa - a obra de Joachim Trier é uma linda crônica sobre a condição humana. Carreira, identidade, maternidade e morte são mote em que a protagonista encontra em seu destino. Mesmo desorientada e levada totalmente ao impulso, Julie é retratada com uma sensibilidade tocante em que o seu lado imperfeito - e totalmente compreensivo - a deixa extremamente humana. E a atuação impar de Renata Reinsve é um caso à parte em que a atriz usa um jeito travesso ao dar vida a uma garota ávida pela vida. Dividido em capítulos, o filme soa quase como uma mistura maluca do ritmo ágil (e pop) dos filmes de Guy Ritchie com as crônicas saudosas de Woody Allen. A Pior Pessoa do Mundo é um lindo drama, romance e comédia que aborda uma mulher querendo se entender e compreender um mundo tão intenso, variável, dinâmico, de tantas possibilidades. A obra de Trier é uma ode a vida em que o público sai de coração leve...como a última música do filme, Aguas de Março de Tom Jobim (aqui na versão de Arthur Garfunkel)

Festival de Veneza 2025

 

Nos dias 27 de agosto a 06 de setembro aconteceu o Festival de Veneza, um dos mais badalados do mundo e que ultimamente serve como forte termômetro as premiações do fim do ano e ao Oscar. Na edição 82, o festival apresentou uma ótima e variada lista de concorrentes. e diante de tantas obras, o júri presidido pelo cineasta Alexander Payne surpreendeu ao premiar com o Leão de Ouro o mestre do cinema indie Jim Jamusch com a sua crônica comicamente triste Father, Mather, Sister, Brother. Outras destaques foram: o estadunidense Coração de Lutador de Bennie Safdie, uma biografia de um lutador de MMA; o coreano Sem Outra Chance de Park Chan-wook, um suspense de humor negro sobre um profissional que comete crimes para não perder o emprego; o estadunidense The House of Dynamite de Kathryn Bigelow, um suspense que aborda uma crise nuclear na Casa Branca; o italiano La Grazia, de Paolo Sorrentino, que aborda os dilemas morais do presidente da Itália; o estadunidense Bugonia de Yorgos Lanthimos, uma comédia maluca sobre paranoia e alienígenas; o tunisiano The Voice of Hind Rajad de Kaouther Ben Hania, um relato emocionante sobre uma garotinha palestina tentando sobreviver a um fogo cruzado; o estadunidense Frankenstein. de Guillermo del Toro, nova adaptação do clássico de Mary Shelley.

Mesmo com toda a sua habitual representativa, o festival não teve apresentação de obras latinas e brasileiras nesta edição criando um hiato em uma região em que o seu cinema esta em alta e evidência como o Brasil que em 2025 ganhou o Oscar e prêmios importantes em Berlim e Cannes.

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A lista dos vencedores do Festival de Veneza 2025:

Leão de Ouro: Father Mother Sister Brother (EUA) de Jim Jarmusch

Grande Prêmio do Júri: The Voice of Hind Rajab (Tunísia) de Kaouther Ben Hania

Melhor Direção: Benny Safdie - The Smashing Machine (EUA)

Melhor Ator: Toni Servillo - La Grazia (Itália)

Melhor Atriz: Xin Zhilei - The Sun Rises On Us All (China)

Melhor Roteiro: Valérie Donzelli e Gilles Marchand - À Pied D´oeuvre (França)

Prêmio Especial do Júri: Below the Clouds (Italia) de Gianfranco Rosi

Prêmio Marcello Mastroianni de Revelação: Luna Wedler - Stille Freundin (Alemanha)

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Destaque nos Cinemas

A VIDA DE CHUCK

(The Life of Chuck, EUA, 2024) de Mike Flanagan

Drama. A estória de um homem chamado Chuck de sua vida adulta ate a infância.

SONHAR COM LEÕES
(Brasil/Portugal, 2025) de Paolo Marinou-Blanco

Drama. Imigrante brasileira que vive em Portugal é diagnosticada com câncer terminal e entra em um grupo que debate sobre eutanásia.

UMA BATALHA APÓS À OUTRA
(One Battle After Another, EUA, 2025) de Paul Thomas Anderson

Ação. Uma equipe de revolucionários se reúnem novamente quando uma filha de um deles é sequestrada.

NE ZHA 2: O RENASCER DA ALMA

(China, 2025) de Yu Yang

Animação. Duas almas precisam voltar ao seus corpos para combater novos inimigos.

Lançamentos nos Streamings

O CHAMADO

(The Ring, EUA, 2002) de Gore Verbinski

Paramount+

Terror. Um vídeo amaldiçoado circula em uma cidade em que quem assiste o seu conteúdo morre em 7 dias.

CORRA!

(Get Out!, EUA, 2017) de Jordan Peele

Netflix

Terror. Jovem negro viaja para conhecer os pais de sua namorada branca mas as coisas não saem como planejado.

DOUTOR SONO

(Doctor Sleep, EUA, 2019) de Mike Flanagan

Netflix

Terror. Já adulto, o filho de Jack usa os seus poderes para proteger uma garota de um grupo mal intencionado.

EXTERMÍNIO

(28 Days Later..., Inglaterra, 2002) de Danny Boyle

HBO Max

Terror. Jovem desperta de um coma e descobre que Londres foi invadida por zumbis.

GÊNIO INDOMÁVEL

(Good Will Hunting, EUA, 1977) de Gus Van Saint

Netflix

Drama. Professor universitário descobre um gênio da matemática - o servente de limpeza da universidade.

INFILTRADO NA KLAN

(BlacKKKlansman, EUA, 2018) de Spike Lee

Netflix

Policial. Policial negro usa um colega branco para infiltrar na Kux Klu Klan da região.

PERDIDOS NA NOITE

(Midnight Cowboy, EUA, 1969) de John Schlesinger

Mubi

Drama. Em uma Nova Iorque miserável nasce uma amizade entre o inocente cowboy e um frágil malandro.

PIG - A VINGANÇA

(EUA, 2021) de Michael Sarnoski

Mubi

Suspense. Homem solitário busca vingança após o sumiço do seu porco de estimação.

O SILÊNCIO DOS INOCENTES

(The Silence of the Lambs, EUA, 1991) de Jonathan Demme

Mubi

Suspense. Estagiária do FBI ganha uma missão de descobrir a identidade de um psicopata que mata mulheres.