Nota do blog

Finalmente o ano de 2013 se desfaz. E neste momento de reflexões sobre o ano que termina gostaria de agradecer a todos que deixaram comentários e deram uma espiada no blog. E aproveitando o clima,  presenteio a todos com um vídeo natalino de um clássico da sessão da tarde dos anos 80 que passava direto nesse período: A Rena do Nariz Vermelho (Rudolph, the Red-Nosed Reindeer, EUA, 1964) de Kizo Nagashima e Larry Roemer. Tem melhor período do ano para recordar as coisas boas da vida :)

FELIZ NATAL 
E ÓTIMO ANO NOVO PARA TODOS!!!

Destaques nos cinemas

AZUL É A COR MAIS QUENTE
(La Vie d´Adèle, França, 2013) de Abdellatif Kechiche
Drama. Narração do inicio e fim de uma relação amorosa entre uma adolescente e uma garota madura.

COMO NÃO PERDER ESSA MULHER
(Don Jon, EUA, 2013) de Joseph Gordon-Levitt
Comédia. Jovem sedutor acaba se envolvendo por uma sensível viúva.

O HOBBIT: A DESOLAÇÃO DE SMAUG
(The Hobbit: The Desolation of Smaug, EUA/Nova Zelândia, 2013) de Peter Jackson
Aventura. O hobbit Bilbo e o Mago Gandolf e cia partem a caminho para salvar a terra media das forças do mal.

A GRANDE BELEZA
(La Grande Bellezza, Itália, 2013) de Paolo Sorrentino
Drama. Escritor de meia-idade passa a recordar de sua conturbada juventude.

EU E VOCÊ
(Io e Te, Itália, 2012) de Bernardo Bertolucci
Drama. Informando aos pais que irá viajar, no fundo o filho passará dias escondido no porão de casa.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

TERAPIA DE RISCO
(Side Effects, EUA, 2013) de Steven Soderbergh
Drama. Esposa de um prisioneiro sofre os efeitos colaterais de uma experiência científica para diminuir a ansiedade.

RENOIR
(França, 2012) de Gilles Bourdos
Drama. Relato dos últimos dias de vida do mestre do impressionismo, Pierre-Auguste Renoir.

Gravidade

(Gravity, EUA, 2013)
Direção: Alfonso Cuarón
Elenco: Sandra Bullock, George Clooney.

Tenho que admitir que Gravidade é um bom filme - especialmente a parte técnica e o som de cair o queixo - e os incríveis e habituais planos sequencias do ótimo Alfonso Cuarón reforçam as qualidades do filme. Mas o mesmo está longe de ser uma obra-prima da ficção cientifica como 2001 e Contato como indaga a critica. Alias, considero mais um filme de ação do que de ficção cientifica em virtude da tensão e adrenalina constante. Para quem curte videogame é filmão já que a plateia fica angustiada o tempo todo - alias até demais. E mesmo que Sandra Bullock esteja ótima no filme achei forçado a inclusão do drama pessoal da personagem no enredo. Enfim, Gravidade é um bom filme mas não vai revolucionar o cinema...desculpe a repetição mas é que eu estava com tanta expectativa sobre o filme e no fim a obra me decepcionou um pouco.

Através de um Espelho

(Sasom i en Spegel, Suécia, 1961)
Direção: Ingmar Bergman
Elenco: Harriet Andersson, Max von Sydow, Gunnar Bjornstrand, Lars Passgard.

Belíssimo trabalho de Bergman que aborda temas que eu adoro: solidão, relações familiares, falta de comunicação. E também não foge ao estilo do mestre: teatral sem ser cineteatro. E ainda por cima tem a linda fotografia do outro mestre Sven Nykvist e a melancólica sem ser soar melosa música de Bach. E o elenco está ótimo, como de hábito na filmografia do Bergman, destaque para Harriet Anderson como a atordoada Karin que sofre de uma doença mental tipo esquizofrenia que após uma melhora passa um tempo na casa da família localizada no litoral.

Com um enredo simples, o cineasta sueco expõe temas explorados em seus outros filmes como Sonata de Outono, Gritos e Sussurros, mas sem ser radical como Persona. Mas fiquei encantado com um final surpreendentemente feliz, otimista. Filmão.

Elysium

(EUA, 2013)
Direção: Neill Blomkamp
Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Alice Braga, Wagner Moura.

Após o merecido sucesso de Distrito 9, fiquei ansioso em conferir o novo filme de Neill Blomkamp, que mais uma vez explora o tema da desigualdade social sobre embalagem de ficção cientifica. Mas no fim decepção total. Com uma bela fotografia e ótimos efeitos visuais, o roteiro estraga tudo pelo teor político manjado que mais parece novela mexicana com o Messias Matt Damon, a Maria do Bairro Alice Braga, a vilã usurpadora Jodie Foster e o seu capanga Sharlto Coplay. É tudo tão esquematizado que a trama é pra lá de previsível e no fim quase não consegui conter os risos. Risos de raiva!!!

E o elenco fabuloso não salva o filme, inclusive o melhor personagem, Spider, que estranhamente Wagner Moura se apresenta mais caricatural do que de costume. Éh! Parece que o ego de Blomkamp foi parar na órbita espacial rsrsr. Volta pra Terra meu bichim.