Direção: Lars von Trier
Elenco: Matt Dillon, Bruno Ganz, Riley Keough, Uma Thurman.
Lars von Trier é um narcisista e ao mesmo tempo não perde o senso de humor. Em A Casa que Jack Construiu, o diretor explora com brilhantismo e total segurança o seu estilo e surpreende em rir de si mesmo com uma comédia de humor negro pra lá de macabra (algo demonstrado em Ninfomaníaca Volume 1). E um surpreendente Matt Dillon dá vida a um frio e calmo psicopata que vangloria o seu destino de serial killer por 12 anos. E com esse enredo, o diretor joga na tela a sua fama de misógino (todas as vítimas são mulheres); cenas da Alemanha nazista (afinal Trier entende Hitler); e por puro exibicionismo ele mostra numa rápida edição cenas de outros filmes que ele dirigiu. Assim Jack se torna a figura ideal para expor toda a persona (nada modesta) do diretor - importante frisar que é o primeiro filme da carreira de Trier em que o personagem principal é masculino. Pena que a longa duração atrapalhe o seu ritmo mas A Casa que Jack Construiu é um exemplar perfeito de um artista a vontade com a sua arte. E isso eu me refiro tanto ao Jack como Trier.
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