terça-feira, dezembro 25, 2018

Nota do Blog - Melhores Filmes do Ano

O fim de ano chegou e como sempre lanço uma nota de agradecimento pelas visita/cometários ao Blog Super8. Mas aproveito o post para informar algumas mudanças do blog para o ano de 2019. Uma mudança positiva: o blog agora vai acompanhar os principais festivais e premiações de cinema do mundo: Globo de Ouro (janeiro); Oscar (fevereiro); Festival de Sundance (março); Festival de Berlim (abril); Festival de Cannes (maio): Festival de Gramado (agosto); Festival de Veneza (setembro); Festival de Toronto (outubro); Mostra de São Paulo (novembro). Outra novidade: no mês de dezembro, o blog postará os Melhores Filmes do Ano (que já vou inaugurar nesta postagem pra começar a mudança com o pé direito).

Em contrapartida, o blog cancelou a seção Tela Super8 (admito que ficou obsoleto e meio sem sentido postar vídeos). Também foi decidido a extinção da seção Lançamentos em DVD/Bluray (em virtude da dificuldade de achar informações dos lançamentos; além de praticamente da extinção das locadoras de vídeo por causa dos streamings/sites).

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MELHORES FILMES DE 2018:

Assunto de Família (Japão) de Hirokazu Koreeda
Cafarnaum (Líbano/França) de Nadine Labaki
A Favorita (Inglaterra/Irlanda/EUA) de Yorgos Lanthimos
Ferrugem (Brasil) de Aly Muritiba
Green Book - O Guia (EUA) de Peter Farrelly
Guerra Fria (Polônia/França/Inglaterra) de Pawel Pawlikowski
As Herdeiras (Paraguai/Brasil/Uruguai/Alemanha) de Marcelo Martinessi
A Ilha dos Cachorros (EUA) de Wes Anderson
Infiltrado na Klan (EUA) de Spike Lee
O Primeiro Homem (EUA) de Damien Chazelle
Roma (Mexico/EUA) de Alfonso Cuarón
Tinta Bruta (Brasil) de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon
Vox Lux (EUA) de Brady Corbet


DESEJO A TODOS UM FELIZ NATAL 
E UM ÓTIMO ANO NOVO

quinta-feira, dezembro 20, 2018

Destaques nos cinemas

TINTA BRUTA
(Brasil, 2018) de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon
Drama. Jovem reprimido consegue se "soltar" pintando o seu corpo em tinta neon em videos na internet.




CONQUISTAR, AMAR E VIVER INTENSAMENTE
(Plaire, Aimer et Courir Vite, França, 2018) de Christophe Honoré
Drama. Na Paris dos anos 90, um dramaturgo mantém um relacionamento amoroso com um jovem idealista.





CULPA
(Den Skyldige, Dinamarca, 2018) de Gustav Möller
Suspense. Ex-policial se envolve em um caso de sequestro que ganha novas proporções com o passar do tempo.

sábado, dezembro 15, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

MISSÃO: IMPOSSÍVEL - EFEITO FALLOUT
(Mission: Impossible - Fallout, EUA, 2018) de Christopher McQuarrie
Ação. Após uma missão que terminou mal, Ethan Hunt e CIA entram em ação para corrigir a falha.




OS INCRÍVEIS 2
(Incredibles 2, EUA, 2018) de brad bird
Animação. Enquanto Mulher Elástica salva o mundo, o seu marido, Sr. Incrível, tem um novo desafio: ser dono de casa.

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Não Me Toque

(Touch me Not, Romênia/Alemanha/Bulgária/França, 2018)
Direção: Adina Pintilie
Elenco: Irmena Chichikova, Adina Pintilie, Tomas Lemarquis, Hermann Mueller

O filme Não Me Toque relata a dificuldade ou barreiras em relação ao corpo, intimidade e sexualidade. Uma senhora de 50 anos expõe em um filme a sua dificuldade de tocar e ser tocada, e nesse estudo ela acaba fazendo uma espécie de terapia para lidar com esse problema e entra em contato com outras pessoas que também lidam com essa situação de uma forma muito pessoal.
Ao misturar ficção e documentário, a diretora Adina Pintilie faz uma obra...estranha mas reveladora. Estranha na sua estrutura narrativa ao expor frieza européia a sexualidade de vários tipos de pessoas: um deficiente, um transexual, um jovem sem pelo - o que enriquece o estudo sobre o tema. E se torna mais revelador ao mostrar que o ser humano é mais complexo em suas dores. No fim o que difere em nós, nos torna mais próximos. Um filme difícil, bastante pesado mas quem se deixar embarcar na proposta pode sair satisfeito.

quarta-feira, dezembro 05, 2018

A Casa que Jack Construiu

(The House That Jack Built, Dinamarca/Suécia/Alemanha/França, 2018)
Direção: Lars von Trier
Elenco: Matt Dillon, Bruno Ganz, Riley Keough, Uma Thurman.

Lars von Trier é um narcisista e ao mesmo tempo não perde o senso de humor. Em A Casa que Jack Construiu, o diretor explora com brilhantismo e total segurança o seu estilo e surpreende em rir de si mesmo com uma comédia de humor negro pra lá de macabra (algo demonstrado em Ninfomaníaca Volume 1). E um surpreendente Matt Dillon dá vida a um frio e calmo psicopata que vangloria o seu destino de serial killer por 12 anos. E com esse enredo, o diretor joga na tela a sua fama de misógino (todas as vítimas são mulheres); cenas da Alemanha nazista (afinal Trier entende Hitler); e por puro exibicionismo ele mostra numa rápida edição cenas de outros filmes que ele dirigiu. Assim Jack se torna a figura ideal para expor toda a persona (nada modesta) do diretor - importante frisar que é o primeiro filme da carreira de Trier em que o personagem principal é masculino. Pena que a longa duração atrapalhe o seu ritmo mas A Casa que Jack Construiu é um exemplar perfeito de um artista a vontade com a sua arte. E isso eu me refiro tanto ao Jack como Trier.

sábado, dezembro 01, 2018

Assunto de Família

(Manbiki Kazaku, Japão, 2018)
Direção: Hirokazu Koreeda
Elenco: Lily Franky, Sakura Andô, Kirin Kiki, Mayu Matsuoka

O Japão é sempre visto como um país rico, desenvolvido e industrializado. Mas o cinema de Hirokazu Koreeda  de Ninguém Pode Saber (2004) caminha para uma outra rota: uma família pobre que vive de trambiques mas mesmo assim trata todos os seus pares com muito amor e carinho. Essa dubiedade parece até mais próxima da nossa realidade do que a rigorosa filosofia oriental. Até a trilha sonora de Haruomi Hosono não tem traço nipônico; tem mais pegada latina. E isso se torna um grande diferencial do filme ao imprimir um elemento dramático e emotivo muito forte, e o ótimo roteiro faz questão que o público tenha empatia imediata com todos os personagens, especialmente as crianças que dão um show. E o seu final inesperado constrói mais camadas o que força o público a uma boa reflexão. Quem diria que o cinema japonês faria um belo filme com toques de cinema argentino.