sábado, agosto 25, 2018

Destaque nos cinemas

MISSÃO IMPOSSÍVEL - EFEITO FALLOUT
(Mission: Impossible - Fallout, EUA, 2018) de Christopher McQuarrie
Ação. Após uma missão dar errado, Ethan Hunt e companhia correm contra o tempo para evitar o pior.




ANA E VITÓRIA
(Brasil, 2018) de Matheus Souza
Comedia. Duas jovens cantoras se conhecem em uma festa e estabelecem uma forte amizade que mudará as suas vidas.



VOCÊ NUNCA ESTEVE REALMENTE AQUI
(You Were Never Really Here, EUA/França, 2017) de Lynne Ramsay
Drama. Ex-militar atua como um mercenário em busca de crianças sequestradas para o mercado de sexo.


AS HERDEIRAS
(Las Herderas, Paraguai/Brasil/Alemanha/Uruguai, 2018) de Marcelo Martinessi
Drama. Duas irmãs sempre viveram de uma herança mas na fase idosa elas percebem que o dinheiro está minguando.

segunda-feira, agosto 20, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

A MELHOR ESCOLHA
(Last Flag Flying, EUA, 2017) de Richard Linklater
Drama. Três veteranos americanos do Vietnã se reencontram para o enterro de um dos seus filhos que morreu na Guerra do Iraque.





LADY BIRD: A HORA DE VOAR
(EUA, 2017) de Greta Gerwig
Comédia. Além do relacionamento turbulento com a mãe, garota está na expectativa para entrar na universidade.

quarta-feira, agosto 15, 2018

Tela Super8: Malena

Giuseppe Tornatore e Ennio Morricone é uma dupla que quando trabalham juntos proporcionam uma bela experiência audiovisual - como o inesquecível Cinema Paradiso. E em Malena (Itália, 2000) a dupla não vacila e entrega um trabalho de primeira.

sexta-feira, agosto 10, 2018

A Noiva do Deserto

(La Novia del Desierto, Argentina/Chile, 2017)
Direção: Cecilia Atán e Valeria Pivato
Elenco: Paulinia Garcia, Claudio Rissi.

Teresa está viajando de Buenos Aires para uma cidade perto da fronteira do Chile para cuidar de uma família. E essa viagem se transforma em uma bela jornada de uma mulher que se atreve a sair do casulo e vivenciar experiências nunca sentidas como um relacionamento amoroso.
Com essa sinopse, A Noiva do Deserto recorda demais Que Hora Ela Volta? mas ambos apresentam abordagens diferentes. Enquanto o filme brasileiro é uma critica social sobre a relação patrão e empregado em um momento de ascensão social de classes menos privilegiadas. A produção argentina/chilena é um roadmovie intimista que expõe uma mulher de 54 anos que perdeu o rumo da vida. E a grande atriz chilena Paulinia Garcia dá um show dando luz a um ser calado, contido que sabe muito bem do seu papel no mundo: servir aos outros. Melhor, ser uma empregada doméstica submissa. E as cineastas novatas Cecilia Atán e Valeria Pivato realizam uma obra com pulso firme sem cair no melodrama fácil utilizando recursos próximo da personalidade de Teresa como a trilha sonora tímida (afinal a personagem é bastante introspectiva) e a bela fotografia que nos flashbacks mostra paletas sombrias e tristes ao exibir o seu antigo trabalho; e a luz solar que a viagem representa mesmo com a vegetação árida presente simboliza Teresa como uma mulher seca mas que com um pouco de água, a mesma vai ganhando novos contornos. Mais um bom exemplar do cinema sensível que a Argentina e o Chile lançam no mercado.

domingo, agosto 05, 2018

Hereditário

(Hereditary, EUA, 2018)
Direção: Ari Aster
Elenco: Toni Collette, Gabriel Byrne, Alex Wolff, Milly Shapiro.

Da mesma forma que o cinema coleciona filmes de terror para adolescente gritar por qualquer coisa, muitos cineastas estão apostando nesse filão para buscar algo "diferente". A Bruxa, A Corrente do Mal, Corra são exemplos da versatilidade desse gênero, e o diretor Ari Aster estreia nesse segmento arrebentando. Com ótimas críticas, a sua obra usa o medo para abordar problemas familiares como o distanciamento entre pessoas, a complicada relação entre mãe e filho, ocultismo e até mesmo doenças hereditárias.
Hereditário conta a estória de uma família que apresenta um estranho comportamento após a morte da matriarca mais velha - especialmente entre a mãe Annie e os seus filhos Peter e Charlie. Contar mais estragaria as surpresas reveladas. Assim, o destaque do filme fica com a impressionante atuação da sempre eficiente Toni Collette que demonstra com precisão dor e desorientação. A obra também tem outros pontos positivos como a ótima e climática trilha sonora de Colin Stetson; os bons enquadramentos de câmera favorecido pela boa fotografia de Pawel Pogorzelski que explora muito bem a intrigante cenografia do filme (uma casa no meio da floresta) e o jogo de sombras. Mesmo assim o filme apresenta alguns problemas. Se a primeira parte, o filme acerta em cheio no clima angustiante; a segunda parte a obra perde impacto ao se tornar similar ao terror sobrenatural de James Wan na sua conclusão.
Diferente do clima pesado do começo ao fim de A Bruxa,  na minha opinião achei Hereditário um filme bem blockbuster, certinho especialmente na sua segunda metade o que frustou a minha expectativa, mas mesmo assim vale a pena ver o filme pelo seu ótimo elenco e pelo clima angustiante que a equipe técnica quis imprimir a obra.

quarta-feira, agosto 01, 2018

Solaris

(Solyares, União Soviética, 1972)
Direção: Andrei Tarkovsky
Elenco: Donatas Banioris, Sos Sargsyan, Jüri Järvet, Tatyana Malykh

Críticos e cineastas reconhecem o grande legado do mestre Andrei Tarkovsky no cinema: filosófico, existencialista, enquadramentos perfeitos, imagens de uma beleza impressionante...e paciência. Solaris é o primeiro filme dele que eu assisti e confesso que não foi uma tarefa fácil conferir a esta obra que é famosa por ter sido uma resposta soviética ao americano 2001: Uma Odisseia no Espaço. De início belas imagens bucólicas de uma fazenda dão o pontapé para a missão de um psicólogo que é enviado a órbita de um planeta desconhecido e estranho chamado Solaris - especificamente a uma nave espacial em que os seus tripulantes perderam a razão. Com essa premissa, Tarkovsky aborda um tema tão caro a ficção cientifica: a memória. Contar mais estragaria surpresas reservadas mas o filme fascina pela boa produção (a exceção é a cena do foguete saindo dentro da nave que ficou bem trash), efeitos visuais criativos e o interessante uso de cenas coloridas com o preto-e-branco. Extremamente verborrágico e deveras angustiante, Solaris reforça a mensagem que o homem é um ser social e que nunca fugirá dessa condição.