domingo, agosto 05, 2018

Hereditário

(Hereditary, EUA, 2018)
Direção: Ari Aster
Elenco: Toni Collette, Gabriel Byrne, Alex Wolff, Milly Shapiro.

Da mesma forma que o cinema coleciona filmes de terror para adolescente gritar por qualquer coisa, muitos cineastas estão apostando nesse filão para buscar algo "diferente". A Bruxa, A Corrente do Mal, Corra são exemplos da versatilidade desse gênero, e o diretor Ari Aster estreia nesse segmento arrebentando. Com ótimas críticas, a sua obra usa o medo para abordar problemas familiares como o distanciamento entre pessoas, a complicada relação entre mãe e filho, ocultismo e até mesmo doenças hereditárias.
Hereditário conta a estória de uma família que apresenta um estranho comportamento após a morte da matriarca mais velha - especialmente entre a mãe Annie e os seus filhos Peter e Charlie. Contar mais estragaria as surpresas reveladas. Assim, o destaque do filme fica com a impressionante atuação da sempre eficiente Toni Collette que demonstra com precisão dor e desorientação. A obra também tem outros pontos positivos como a ótima e climática trilha sonora de Colin Stetson; os bons enquadramentos de câmera favorecido pela boa fotografia de Pawel Pogorzelski que explora muito bem a intrigante cenografia do filme (uma casa no meio da floresta) e o jogo de sombras. Mesmo assim o filme apresenta alguns problemas. Se a primeira parte, o filme acerta em cheio no clima angustiante; a segunda parte a obra perde impacto ao se tornar similar ao terror sobrenatural de James Wan na sua conclusão.
Diferente do clima pesado do começo ao fim de A Bruxa,  na minha opinião achei Hereditário um filme bem blockbuster, certinho especialmente na sua segunda metade o que frustou a minha expectativa, mas mesmo assim vale a pena ver o filme pelo seu ótimo elenco e pelo clima angustiante que a equipe técnica quis imprimir a obra.

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