quarta-feira, abril 25, 2018

Destaque nos cinemas

DEIXE A LUZ DO SOL ENTRAR
(Un Beau Soleil Interieur, França/Bélgica, 2017) de Claire Denis
Drama. Na Paris de hoje, uma mãe divorciada busca um novo amor.




UM LUGAR SILENCIOSO
(A Quiet Place, EUA, 2018) de John Krasinski
Suspense. Uma família se torna alvo de estranhas criaturas que caçam através do som.




ARÁBIA
(Brasil, 2017) de João Dumons e Affonso Uchoa
Drama. Trabalhador se envolve com os acontecimentos relatados em um diário que pertencia a um desconhecido.




BASEADO EM FATOS REAIS
(D´apres Une Histoire Vraie, França/Polônia/Bélgica) de Roman Polanski
Suspense. Escritora em crise criativa se envolve com uma fã obsessiva.

sexta-feira, abril 20, 2018

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

EXTRAORDINÁRIO
(Wonder, EUA, 2017) de Stephen Chbosky
Drama. A luta de um garoto, que apresenta deformação facial, em levar uma vida normal.

domingo, abril 15, 2018

Tela Super8: Marron 5 - She Will Be Loved

Admito que não assisti ao filme A Última Canção (The Last Song, EUA, 2010) de Julie Anne Robinson mas a música "She Will Be Loved" da banda Marrom 5 que pertence a trilha do filme citado é tão boa que não resisti em postar na Tela Super8.

terça-feira, abril 10, 2018

Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi

(Mudbound, EUA, 2017)
Direção: Dee Rees
Elenco: Carey Mulligan, Jason Clarke, Jason Mitchell, Garrett Hedlund

Na Segunda Guerra Mundial, no interior do sul dos EUA, duas famílias lutam pela sobrevivência em uma fazenda. Uma família de brancos e outra de negros - e cada um tem o seu calvário diante de um mundo patriarcal e racista. E com uma narrativa solta, a diretora Dee Rees mostra sensibilidade na sua primeira parte ao abordar de forma orgânica os dois lados da moeda: a dureza da realidade e o preconceito sem cerimonias da região lindamente fotografado pela Rachel Morrison. Pena que quando os personagens Jamie e Ronsel ganham destaque na estória, o que o filme tinha de criativo se torna óbvio e banal. E a sua conclusão é bastante forçada. Mas isso não impede de mostrar que o mundo não mudou muito para os tempos atuais. Lembrar que em 2017 nazistas/racistas se manifestaram na luta pelos seus direitos é um atestado que a natureza humana não é tão benevolente quanto a natureza que os cerca, e o envolve. O homem é um monstro que nasce, cresce com suas regras e cegasse diante da diversidade dos seus semelhantes. Uma regra difícil de quebrar

quinta-feira, abril 05, 2018

Eu, Tonya

(I, Tonya, EUA, 2017)
Direção: Craig Gillespie
Elenco: Margot Robbie, Sebastian Stan, Allison Janney, Paul Walter Hauser.

Após o fim da sessão de Eu, Tonya o público fica atordoado com a loucura, e o grau de imbecilidade a respeito do caso do ataque a patinadora Nancy Kerrigan. E o diretor Craig Gillespie que já tinha realizado o ótimo A Garota Ideal (que já demonstrava um pé no bizarro) realiza o que podemos dizer a versão do perturbador Cisne Negro sob a ótica dos irmãos Coen. E nessa mistura adiciona uma linguagem de documentário, o que transforma no seu ponto fraco pois não é muito bem explorado, e no fim perde força. Mas o seu argumento é tão bom - e inacreditável - que espanta não ter rendido uma filmagem. E também coragem ao humanizar Tonya Harding, que de monstro é somente uma garota que teve o azar de ter uma mãe megera (numa atuação monstruosa de Allison Janney, a melhor coisa do filme) e viver num mundo hostil em que a violência doméstica e carinho não faz tanta diferença assim. E o filme prova a versatilidade da australiana Margot Robbie que atua com garra uma jovem talentosa mas que a sua origem (uma família desfuncional) e sua falta de modos se tornaram um obstáculo em um esporte tão fantasioso, cor de rosa...e conservador.

domingo, abril 01, 2018

O Sacrifício do Cervo Sagrado

(The Killing of a Sacred Deer, EUA/Inglaterra, 2017)
Direção: Yorgos Lanthimos
Elenco: Colin Farrell, Nicole Kidman, Barry Keoghan, Raffey Cassidy

O médico Steven Murphy tem uma vida quase perfeita: um profissional de sucesso, e patriarca de uma família exemplar. Contudo, os seus encontros com o adolescente Martin, um jovem amistoso e confuso, demonstra uma bonita amizade, mas para os olhos de quem observa o encontro aparenta ser uma fachada. Saber mais do enredo estraga as surpresas do novo trabalho do grego Yorgos Lanthimos, legítimo filhote de Michael Haneke, e que em O Sacrifício do Cervo Sagrado usa todo o seu estilo para criticar o american way of life em um suspense sufocante, provocativo. Com um enredo irracional que fala de sacrifício, vingança, justiça, Lanthimos faz um excelente trabalho em que a atmosfera é tudo, e ele consegue isso ao elaborar ótimos enquadramentos em que a câmera se movimento acima dos atores ou quase se deslizando no chão - uma alusão ao céu e inferno? E também vale destacar o show de efeitos sonoros que a obra proporciona, como citei acima a respeito da cena do encontro do médico e do garoto. E o elenco é formado por uma dupla que faz bonito junto, Colin Farrell e Nicole Kidman - mas o show é mesmo do diretor que continuar a cutucar, incomodar o público com o seu descontentamento sobre a humanidade.