quarta-feira, janeiro 20, 2021

Destaque nos Cinemas

ALGUÉM AVISA?

(Happiest Season, EUA/Canadá, 2020) de Clea DuVall
Comédia. Mulher decide pedir em casamento a sua companheira no encontro com os país desta mas é pega de surpresa ao descobrir que a sua parceira não é assumida.


VERÃO DE 85
(Été 85, França/Bélgica, 2020) de François Ozon
Drama. No verão de 1985, jovem é salvo por um rapaz após se afogar e assim começa uma tocante relação entre os dois.

sexta-feira, janeiro 15, 2021

Lançamentos nos Streamings

PIERCES OF A WOMAN

(EUA/Canadá/Hungria) de Kornél Mundruczo
Netflix
Drama. O luto de uma mulher após perder o filho no parto e ocasionalmente os desentendimentos entre o seu marido e sua mãe.


A ASSISTENTE
(The Assistant, EUA, 2020) de Kitty Green
Amazon Prime Vídeo
Drama. A difícil e abusiva rotina de uma assistente que deseja se tornar uma futura produtora de cinema.

domingo, janeiro 10, 2021

Era Uma Vez um Sonho


(Hillbilly Elegy, EUA, 2020)
Direção: Ron Howard
Elenco: Amy Adams, Glenn Close, Gabriel Basso, Owen Asztalos.

O livro de J. D. Vance se tornou um best-seller ao humanizar um grupo de "caipiras" que vivem nos grotões dos EUA e que sobrevivem na espiral pobreza, alcoolismo, falta de perspectiva futura. Já a adaptação da Netflix faz o oposto e caminha sem pudores para o estereótipo, caricatura e exagero na biografia de um jovem que consegue se desviar do mesmo destino da sua família disfuncional ao ingressar numa prestigiosa universidade. Recheado de grandes nomes na produção, esse detalhe só faz aumentar a decepção sobre o filme. Conhecido por um estilo mais convencional, o cineasta Ron Howard entregou filmes interessantes como Frost/Nixon (2008) e Rush - No Limite da Emoção (2013) mas aqui ele pisou feio na bola mostrando total falta de sensibilidade ao lidar com os problemas emocionais dos personagens. Mais embaraçoso ainda é o o trabalho do ótimo elenco envolvido: Amy Adams entrega a sua pior atuação ao viver uma mãe desequilibrada o tempo todo; o protagonista Gabriel Basso não tem expressão nenhuma; e a única que salva o filme é uma Glenn Close carregada na maquiagem e no exagero. Enfim, o que deveria ser um estudo interessante sobre os excluídos e esquecidos pela sociedade estadunidense, Era Uma Vez um Sonho acabou se transformando num dos maiores pesadelos do ano. Ironia, uma novela mexicana daquelas...

terça-feira, janeiro 05, 2021

O Retorno de Ben


(Ben is Back, EUA, 2018)
Direção: Peter Hedges
Elenco: Julia Roberts, Lucas Hedges, Kathryn Newton, Courtney B. Vance.

A eterna uma linda mulher Julia Roberts entrou na casa dos 50 anos disposta a mostrar que ainda tem muitas cartas na manga. E em O Retorno de Ben, Roberts faz uma bela entrega ao interpretar uma mãe, Holly Burns, que recebe uma visita inesperada do filho, Ben, dependente de drogas na noite de natal ocasionando uma dolorosa via crucis de uma mulher disposta ao salvar o filho e a luta deste em si livrar do vício. O grande destaque do filme é a relação entre mãe e filho graças a ótima química entre Roberts e Hedges - aqui a obra expõe uma mãe que faz das tripas coração para a recuperação de Ben. No entanto, o filme foi raso e falho ao mostrar a rotina e as mazelas de um dependente de drogas mas isso não tira o brilha quando foca no relacionamento humano. Um bom drama sobre esperança e sacrifício.

sexta-feira, janeiro 01, 2021

Fanny e Alexander


(Fanny och Alexander, Suécia/França/Alemanha, 1982)
Direção: Ingmar Bergman
Elenco: Bertil Guvi, Pernilla Allwin, Ewa Fröling, Börje Ahlstedet.

Em sua última obra para o cinema, um dos maiores cineastas da história conclui sua carreira com uma adaptação personalíssima de uma das grandes obras da humanidade: Hamlet de Shakespeare. E Bergman não vacila e faz um dos seus melhores e mais acessíveis trabalhos em que arte e memória se misturam. No início do século XX, o casal de irmãos de uma família burguesa da Suécia, Fanny e Alexander, comemoram o natal com a extensa família do pai. Meses depois, o seu pai falece e sua mãe casa com um cruel bispo. Com um design de produção perfeito em que à reconstituição de época é um show a parte em conjunto a bela fotografia do mestre Sven Nykvist, Fanny e Alexandre não foge aos temas tradicionais de Bergman mas aqui com o foco sobre o olhar das crianças: morte, luto, maldade. O filme não apresenta questões existencialistas tão características do clássico inglês mas expressa desenvoltura e segurança ao jogar as crianças as dores do mundo dos adultos, e arrisca na divisão de classes no proletariado. Com um elenco habitual em sua filmografia, o mestre da alma se despede do cinema com uma visão conciliadora dos tormentos humanos. uma bela obra sobre maturidade.