segunda-feira, julho 15, 2019

Destaques nos cinemas

UM HOMEM FIEL
(L´Homme Fidéle, França, 2018) de Louis Garrel
Drama. Rapaz com um relacionamento amoroso estável tem um affair com uma ex (e complicada) namorada.





MIDSOMMAR - O MAL NÃO ESPERA A NOITE
(EUA, 2019) de Ari Aster
Terror. Um casal vai para um festival de verão na Suécia e inesperados fatos bizarros ocorrem no local.

quarta-feira, julho 10, 2019

Dor e Glória

(Dolor y Gloria, Espanha, 2019)
Direção: Pedro Almodóvar
Elenco: Antonio Banderas, Asier Etxeandia, Leonardo Sbaraglia, Penélope Cruz.

Ultimamente o cinema de Pedro Almodóvar deu uma decaída - mesmo que eu tenha gostado de Julieta (2016) - em conta de humor envelhecido ou num trabalho raso. Mas em seu último filme, Dor e Glória, o mestre realiza uma obra autobiográfica e finalmente retorna ao vigor de antes. Com ar de 8 e 1/2 de Fellini mas com uma explosão de cores tipica do diretor (a cozinha do protagonista tem azulejo azul claro com armário vermelho vivo), Dor e Glória relata um cineasta de sucesso mas assombrado por dores físicas e mentais (uma clara conexão mal resolvida com a sua mãe; as dores amorosas; e as cobranças da carreira). Com sua competência habitual, Almodóvar realiza um filme até pudico sem as suas habituais provocações, o que pode frustrar os seus fãs mas o seu tom contido dá espaço suficiente para o seu elenco brilhar, especialmente Antonio Banderas que mesmo numa atuação reservada demonstra carisma e carinho como o alter-ego Salvador Mallo. Ao abordar memórias e velhice, Dor e Glória não é uma oba-prima como Fale com Ela ou Tudo Sobre Minha Mãe mas não faz feio diante de cenas poderosas como os diálogos com a mãe envelhecida, e no monólogo sobre as decepções do amor.

sexta-feira, julho 05, 2019

A Criada

(Ah-ga-ssi, Coréia do Sul, 2016)
Direção: Park Chan-Wook
Elenco: Min-Hee Kim, Kim Tae-Ri, Ha Jung-Woo, Cho Jin-Woong.

Se existe um cinema que é tudo menos óbvio é o cinema coreano. E com o belo A Criada, a Coréia do Sul demonstra maturidade espetacular a começar pelo visual. O design de produção é de cair o queixo em que o figurino, direção de arte e fotografia beiram quase a perfeição. Cada frame parece uma pintura. Mas a obra de Park Chan-Wook tem outros atrativos como o intricado roteiro que vai surpreender o espectador em parceria com a inteligente edição de Kim Sang-Bum que vai e volta no tempo mostrando novas camadas a respeito de uma jovem que ajuda um pilantra a dar um golpe do baú em uma herdeira rica e instável. Saber mais da estória estraga o fascínio reservado. Abordando temas como submissão, dominação e amor, A Criada é um filme que deixaria Alfred Hitchock orgulhoso; uma mistura de gêneros que não perde a conexão, uma extravagância que só a Coreia do Sul é capaz de produzir.

segunda-feira, julho 01, 2019

Um Sonho de Liberdade

(The Shawshank Redemption, EUA, 1994)
Direção: Frank Darabont
Elenco: Tim Robbins, Morgan Freeman, Bob Gunton, William Sandler.

Quando uma obra de um bom narrador, Stephen King, cai nas mãos de um competente cineasta especialista em contar uma boa estória, Frank Darabont, o resultado é um deleite. Não é pra menos que essa união gera ótimos filmes em que o ponto alto é a obra-prima Um Sonho de Liberdade.
Sinpse: Andy Dufresne é jogado na Penitenciária Estadual Shawshank acusado de crime passional e lá faz amizade com vários "colegas" especialmente o malandro gente boa Red.
Com uma gama de personagens, Darabont, entrega um belo roteiro sobre ilusão e especialmente na humanização de pessoas marginalizadas. Em tom quase de fábula mostra a nossa incrível habilidade de se adaptar em qualquer situação mas também aborda a falta de liberdade tanto fora como dentro das grades (afinal devemos seguir a risca as convenções sociais que existe em qualquer lugar). E de plus entrega uma montagem ágil de Richard Francis-Bruce, e a bela fotografia do mestre Roger Deakins. E por fim concede uma atuação magistral do elenco, especialmente de Morgan Freeman numa interpretação contida, calma mas que não esconde a sensação de perder anos de vida na prisão e se sentir necessário apenas nesta realidade.