quarta-feira, agosto 01, 2018

Solaris

(Solyares, União Soviética, 1972)
Direção: Andrei Tarkovsky
Elenco: Donatas Banioris, Sos Sargsyan, Jüri Järvet, Tatyana Malykh

Críticos e cineastas reconhecem o grande legado do mestre Andrei Tarkovsky no cinema: filosófico, existencialista, enquadramentos perfeitos, imagens de uma beleza impressionante...e paciência. Solaris é o primeiro filme dele que eu assisti e confesso que não foi uma tarefa fácil conferir a esta obra que é famosa por ter sido uma resposta soviética ao americano 2001: Uma Odisseia no Espaço. De início belas imagens bucólicas de uma fazenda dão o pontapé para a missão de um psicólogo que é enviado a órbita de um planeta desconhecido e estranho chamado Solaris - especificamente a uma nave espacial em que os seus tripulantes perderam a razão. Com essa premissa, Tarkovsky aborda um tema tão caro a ficção cientifica: a memória. Contar mais estragaria surpresas reservadas mas o filme fascina pela boa produção (a exceção é a cena do foguete saindo dentro da nave que ficou bem trash), efeitos visuais criativos e o interessante uso de cenas coloridas com o preto-e-branco. Extremamente verborrágico e deveras angustiante, Solaris reforça a mensagem que o homem é um ser social e que nunca fugirá dessa condição.

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