sexta-feira, maio 02, 2008

Meu Nome Não é Johnny

O filme “O Meu Nome Não é Johnny” conta a estória real do jovem João Guilherme Estrela, um carioca imaturo e inconsequente que para sustentar o vicio das drogas, passou de mero usuário para o posto de traficante. E um dos melhores do ramo da cidade do Rio de Janeiro, por causa dos seus contatos com os clientes da classe alta local. Mas o grande defeito de João é que tudo que ele ganhava (que era muito), ele gastava ate o último centavo em mais drogas, para seu consumo próprio e dos amigos e namorada; e o que sobrava, ele vendia. Contudo, o grande derradeiro de João foi entrar para o tráfico de drogas internacional. Fato este que acabou chamando a atenção da polícia, até ser pego em flagrante com 06 kg de cocaína, ocasionando em sua prisão.


Boa adaptação do livro do jornalista Guilherme Fiúza, que mostra a ascensão e queda de um traficante, que levava a vida numa boa (só queria saber de festas, dos amigos, da namorada, e claro, se drogar mais); sem, num entanto, se questionar sobre o seu futuro, os seus sonhos. Enfim, um rapaz que só queria curtir o presente, sem nenhuma pretensão. E foi esse despropósito que se chocou com a realidade. O filme tem um ótimo elenco, especialmente Selton Mello, mas derrapa na metade para o final, por não mostrar a luta de João contra a abstinência as drogas, só exibindo (de forma leve) a difícil realidade na prisão e num manicômio público. Mas do início até a sua metade, o filme surpreende pela energia, pelo humor as vezes tarantiano, e ousados movimentos de câmera (a cena da descoberta da morte do pai é excelente). Uma pena que o diretor Mauro Lima tenha pegado leve com o filme, pois tinha tudo para ser uma excelente obra.

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