O filme “O Orfanato” conta a estória de um casal, Carlos e Laura, que compram uma propriedade que antes fora um orfanato. Laura, que cresceu nesse orfanato, reforma o local com a intenção de morar junto com o seu marido e o seu filho, Simón, que também é adotivo e portador do vírus HIV. Como a propriedade é grande, o casal “recruta” seis órfãos para morar com eles, além de formarem novos amigos para Simón, que está tendo um comportamento estranho, alegando que tem amigos imaginários. Durante uma festa de recepção aos órfãos, Simon desaparece, o que faz com que Laura desconfie de que o sumiço do seu filho tem uma ligação com o passado misterioso do orfanato.
Boa estréia do diretor espanhol Juan Antonio Bayona que faz um trabalho muito parecido com o excelente Os Outros (também espanhol) ao misturar o sobrenatural (a casa mal-assombrada) e o drama (o desespero da mãe em encontrar o filho), algo que lembra o também ótimo Água Negra, do brasileiro Walter Salles. Com uma ótimo desenho de produção, e um eficiente uso do som, o seu destaque vai para a atuação de Belén Rueda, no papel da Laura, que foi escolhida para esse papel pois viveu esse drama na vida real. E vale lembrar também da aterrorizante cena em que Laura brinca para atrair os “hóspedes” feita com uma única câmera, sem cortes. Uma das grandes cenas do terror atual.
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