Destaques nos cinemas

ENCARNAÇÃO DO DEMÔNIO

(Brasil, 2008) de José Mojica Marins.

Terror. Depois de sair da prisão, Ze do Caixão procura a mulher ideal para conceber o filho perfeito.

LEMON TREE

(Etz Limon, Israel/Alemanha/França, 2008) de Eran Riklins.

Drama. Mulher palestina entra na justiça contra o ministro da defesa de Israel pois ele quer retirar a plantação de limões localizado no terreno da palestina.

AO ENTARDECER

(Evening, EUA/Alemanha, 2007) de Lajos Koltal.

Drama. Mãe doente balbucia um fato que aconteceu no seu passado, o que deixa as suas filhas curiosas sobre esse estranho acontecimento.

Lançamentos em DVD

BOOGIE NIGHTS - PRAZER SEM LIMITES
(Boogie Nights, EUA, 1997) de Paul Thomas Anderson.
Drama. Rapaz deslocado acaba se transformando em astro do cinema pornô, mas o seu vício as drogas põe tudo a perder.






O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA
(Le Charme Discret de La Bourgeoisie, França/Itália/Espanha, 1972) de Luis Buñuel.
Comédia. Pessoas da alta sociedade se reunem para um jantar, mas acontecimentos inesperados fazem com que a ceia nunca se concretize.


JUNO
(Juno, EUA, 2007) de Jason Reitman.
Comédia. Depois da primeira transa, garota descobre estar grávida, mas ao invés de abortar, ela decide ter o filho e entregar a um casal.





PLANETA TERROR
(Planet Terror, EUA, 2007) de Robert Rodriguez.
Comédia. Cidade entra em polvorosa depois de ser contaminada por um gás tóxico que ressuscita os mortos.






O SUCESSO A QUALQUER PREÇO
(Glengarry Glen Ross, EUA, 1992) de James Foley.
Drama. Por temer serem desempregados, quatro corretores imobiliários travam uma verdadeira batalha para continuar nos seus empregos.






CHEGA DE SAUDADE
(Brasil, 2007) de Laís Bodanzky.
Drama. Vários casais se encontram num baile, transformando o salão de dança em um mosaico de alegrias e tristezas.






APENAS UMA VEZ
(Once, Irlanda, 2007) de John Carney.
Drama. Nas ruas de Dublin, cantor de rua conhece uma imigrante tcheca e iniciam uma bela amizade, tendo como pano de fundo a paixão dos dois pela música.

Tela Super8: Blur - To The End

Clip da música "To The End" da banda inglesa Blur que faz uma linda homenagem do clássico transgressor e experimental Ano Passado em Marinabund (L' Année dernière à Marienbad, 1961, França) de Alain Resnais. Obra típica do diretor que brinca com o tempo e a memória.

http://br.youtube.com/watch?v=RvCIPpWFo7Y

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

O filme “Indiana Jones no Reino da Caveira de Cristal” conta a estória de um grupo de espiões da KGB, liderados pela Agente Irina Spalko, que seqüestraram o arqueólogo Henry Jones Junior, melhor, Indiana Jones, e o leva a uma base no meio do deserto, com a intenção que ele encontre um objeto, que nem ele sabe bem o que é, mesmo que ele tenha participado da busca por esse artefato 10 anos atrás. Encontrado o tal objeto, Indiana consegue escapar das garras da Irina Spalko, mas esse episódio lhe traz inúmeras conseqüências. Por causa do seu envolvimento com os soviéticos, Indiana é demitido da universidade onde ministra e é constantemente vigiado pelas autoridades americanas. Até que surge o jovem Mutt Williams, que lhe entrega uma mensagem de um outro arqueólogo, Professor Oxley, que parece ter encontrado o caminho para o El Dourado na amazônia peruana. Com essa notícia, Indiana Jones parte junto com Mutt Williams em busca de mais uma aventura.

Nostalgia é o que define a nova aventura de Indiana Jones. Mesmo com muitos problemas: a estória é um pouco confusa, e as atuações são lastimáveis (até Cate Blanchett, ótima atriz, derrapa feio); o filme diverte, mostrando que o personagem antológico do cinema ainda tem gás para o publico atual. Mas percebe-se que Steven Spielberg mudou, ele não é mais aquele gênio escapista que o consagrou nos anos 80. De uns anos pra cá, ele se deu bem em projetos mais soturnos, sérios (Munique). E esse amadurecimento pode ter afetado o seu novo filme, pois nota-se que ele fez o filme de uma forma descompromissada, forçada até. A cena do encontro entre Indiana Jones e Marion Ravenwood (péssima atuação de Karen Allen) mostra bem isso. Spielberg simplesmente voltou ao passado, ao invés de inová-lo. E nesse túnel do tempo, ele perdeu as rédeas, mas pelo menos o filme diverte, enquanto dura.

O Orfanato

O filme “O Orfanato” conta a estória de um casal, Carlos e Laura, que compram uma propriedade que antes fora um orfanato. Laura, que cresceu nesse orfanato, reforma o local com a intenção de morar junto com o seu marido e o seu filho, Simón, que também é adotivo e portador do vírus HIV. Como a propriedade é grande, o casal “recruta” seis órfãos para morar com eles, além de formarem novos amigos para Simón, que está tendo um comportamento estranho, alegando que tem amigos imaginários. Durante uma festa de recepção aos órfãos, Simon desaparece, o que faz com que Laura desconfie de que o sumiço do seu filho tem uma ligação com o passado misterioso do orfanato.

Boa estréia do diretor espanhol Juan Antonio Bayona que faz um trabalho muito parecido com o excelente Os Outros (também espanhol) ao misturar o sobrenatural (a casa mal-assombrada) e o drama (o desespero da mãe em encontrar o filho), algo que lembra o também ótimo Água Negra, do brasileiro Walter Salles. Com uma ótimo desenho de produção, e um eficiente uso do som, o seu destaque vai para a atuação de Belén Rueda, no papel da Laura, que foi escolhida para esse papel pois viveu esse drama na vida real. E vale lembrar também da aterrorizante cena em que Laura brinca para atrair os “hóspedes” feita com uma única câmera, sem cortes. Uma das grandes cenas do terror atual.

Um Lobisomem Americano em Londres

O filme “Um Lobisomem Americano Em Londres” conta a estória de dois americanos, David Kessler e Jack Goodman, que estão fazendo turismo no velho mundo, iniciando a sua jornada pelo Reino Unido. Nas andanças pelas estradas do interior da Inglaterra, eles acabam se deparando em um bar muito estranho, em que os clientes que se encontram nesse estabelecimento têm um comportamento esquisito e hostil. Mas o problema surge quando David e Jack vêem e questionam um desenho na parede do bar, que lembra um símbolo de lobisomem. Depois dessa, eles são expulsos do bar, mas recebem um aviso: “Hoje é noite de lua cheia, andem pela estrada e nunca vão ao pântano”. Mas para variar eles não obedecem ao recado e são atacados por um lobisomem. Porém, Jack não sobrevive ao ataque, enquanto David descobre que se transformará em um lobisomem na próxima lua cheia.

Um dos melhores e mais criativos trabalhos do irregular cineasta americano John Landis (Irmãos Cara de Pau e Os Babacas), o filme surpreende pela exótica combinação de misturar terror com o humor negro tipicamente inglês – afinal a estória se passa na Inglaterra. Mas assisti-lo sob o ponto de vista atual, o seu humor se sobressai, não assustando tanto assim como vinte anos atrás. Afinal, o filme foi um marco no trabalho de maquiagem; a transformação detalhada e realista do lobisomem, causou um grande impacto na platéia quando foi lançado nos cinemas em 1981. Hoje, o efeito não assusta tanto; mas o trabalho de maquiagem feito pelo personagem Jack, que a cada visita que faz a David aparece em estado de decomposição é surpreendente.