terça-feira, março 10, 2009

Austrália


O filme “Austrália” conta a estória da inglesa Lady Sarah Ashley, uma mulher mimada e prepotente, que teimosamente vai à fazenda Farroway Dows, no norte da distante Austrália com o objetivo de pressionar o seu marido a vendê-la, pois a situação financeira da família não vai nada bem; além da proximidade da Segunda Guerra Mundial no horizonte. Ao chegar à fazenda, ela descobre que o seu marido foi assassinado, deixando a responsabilidade da fazenda e do gado em suas mãos. Querendo se livrar desse peso, Sarah tenta vender tudo, mas percebe que o valor oferecido pelo vizinho Rei Craney (o homem mais rico e influente da região) é baixo. Mas com o passar do tempo, ela acaba gostando do lugar, e tenta vender novamente o gado com o objetivo de reformar e melhorar a fazenda. E para essa missão, Sarah ganha os esforços do Capataz e do garoto aborígine Nullah, figuras que marcarão para sempre o seu destino.

Austrália é o novo clássico do cinema cartão-postal ao mostrar de forma translumbrante as belíssimas imagens do país-título. Mas essa é a única boa notícia sobre o filme – além do habitual bom gosto do diretor Baz Luhrmann no desenho de produção. Já sobre o resto do filme, só tenho a lamentar. Com uma boa introdução (o estilo exagerado do diretor é evidente), o filme vai perdendo a graça ao longo de sua projeção, até se transformar num novelão daqueles. Com personagens sem muita consistência, e a falta de mão de Luhrmann quando envereda para o realismo fantástico, ele perde o controle nesse drama romântico à antiga, em que homenageia e cita grandes clássicos do cinema, particularmente e exageradamente com O Mágico de Oz. Mas a sua absurda duração é um tiro no pé. Nem aborígine é capaz de salvar.

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