terça-feira, março 24, 2009

Destaques nos cinemas

CORALINE E O MUNDO SECRETO
(Coraline, EUA, 2009) de Henry Selick.
Desenho. Garotinha descobre um portal que a leva para uma outra dimensão, onde encontra uma nova e estranha faceta de seus pais.




O VISITANTE
(The Visitor, EUA, 2008) de Thomas Mccarthy.
Drama. Professor frustrado descobre um casal de imigrantes morando em seu apartamento, e desse encontro surgi uma inesperada amizade.




VALSA COM BASHIR
(Vals Im Bashir, Israel/Alemanha/França/EUA) de Ari Folman.
Desenho. Ex-soldado tenta recordar, atraves de depoimentos, o envolvimento do exército israelense durante a Guerra do Líbano nos anos 80.

sexta-feira, março 20, 2009

Lançamentos em DVD

VICKY CRISTINA BARCELONA
(EUA/Espanha, 2008) de Woody Allen.
Drama. Duas americanas vão passar o verão em Barcelona onde viverão grandes dilemas ao se envolverem com um pintor local.





DONNIE BRASCO
(EUA, 1997) de Mike Newell.
Drama. Policial se infiltra numa organização mafiosa, mas o surgimento da amizade entre ele e o chefão da máfia pode desestabilizar a missão.





A GUERRA DO FOGO
(La Guerre Du Feu, Canadá/França/EUA, 1981) de Jean-Jacques Annaud.
Drama. Na Idade da Pedra, três homens são encarregados de executar uma importante missão: descobri o fogo.





QUEIME DEPOIS DE LER
(Burn After Reading, EUA, 2008) de Joel e Ethan Coen.
Comédia. Uma série de confusões acontece por causa de uma cópia de um livro escrito por um agente da CIA demitido e alcóolatra.

segunda-feira, março 16, 2009

Tela Super8: Björk - "Play Dead"

Videoclipe da música "Play Dead" da cantora islandesa Björk, que faz parte da trilha sonora do filme A Idade da Violência (The Young Americans, Inglaterra, 1993) de Danny Cannon.

domingo, março 15, 2009

Fatal


O filme “Fatal” conta a estória de um renomado e consagrado crítico e professor de arte, David Kepesh, que acaba se envolvendo com uma ex-aluna sua, Consuelo Castillo. O que poderia ser uma bela estória de amor, acaba se transformando numa experiência dolorosa para David em virtude de um passado traumático, incluindo um fracassado casamento na sua juventude; além de estar vivenciando uma crise de identidade por causa da diferença de idade com a Consuelo.


Boa adaptação da obra de Philip Roth, em que a sensibilidade da cineasta espanhola Isabel Coixet (Minha Vida Sem Mim) é posta em cheque na jornada de um homem maduro, culto e bem-sucedido que tem as suas convicções desestruturadas ao lidar com um novo sentimento. Ao mesmo tempo, um turbilhão de emoções paira sobre Consuelo, que sabe da fama dos casos rápidos de David; mas isso não a impedi de ter esperanças de que essa relação será diferente. Com ótimas atuações de Ben Kingsley e Penélope Cruz, o filme é um alivio de quem acha que pessoas maduras não são capazes de cometer deslizes típicos de um jovem inexperiente.

terça-feira, março 10, 2009

Austrália


O filme “Austrália” conta a estória da inglesa Lady Sarah Ashley, uma mulher mimada e prepotente, que teimosamente vai à fazenda Farroway Dows, no norte da distante Austrália com o objetivo de pressionar o seu marido a vendê-la, pois a situação financeira da família não vai nada bem; além da proximidade da Segunda Guerra Mundial no horizonte. Ao chegar à fazenda, ela descobre que o seu marido foi assassinado, deixando a responsabilidade da fazenda e do gado em suas mãos. Querendo se livrar desse peso, Sarah tenta vender tudo, mas percebe que o valor oferecido pelo vizinho Rei Craney (o homem mais rico e influente da região) é baixo. Mas com o passar do tempo, ela acaba gostando do lugar, e tenta vender novamente o gado com o objetivo de reformar e melhorar a fazenda. E para essa missão, Sarah ganha os esforços do Capataz e do garoto aborígine Nullah, figuras que marcarão para sempre o seu destino.

Austrália é o novo clássico do cinema cartão-postal ao mostrar de forma translumbrante as belíssimas imagens do país-título. Mas essa é a única boa notícia sobre o filme – além do habitual bom gosto do diretor Baz Luhrmann no desenho de produção. Já sobre o resto do filme, só tenho a lamentar. Com uma boa introdução (o estilo exagerado do diretor é evidente), o filme vai perdendo a graça ao longo de sua projeção, até se transformar num novelão daqueles. Com personagens sem muita consistência, e a falta de mão de Luhrmann quando envereda para o realismo fantástico, ele perde o controle nesse drama romântico à antiga, em que homenageia e cita grandes clássicos do cinema, particularmente e exageradamente com O Mágico de Oz. Mas a sua absurda duração é um tiro no pé. Nem aborígine é capaz de salvar.

sábado, março 07, 2009

Clube da Luta

O filme "Clube da Luta" conta a estória de um funcionário de uma empresa de seguros que está insatisfeito e entendiado com sua vida profissional e pessoal. Inusitadamente, ele acaba se sentindo melhor ao participar em reuniões para vítimas de várias doenças terminais, até surgir em cena Marla Singer, uma moça sem perspectiva que se encontra na mesma situação que a sua. Porém, ele se sente incomodado com a sua presença nesses encontros. Durante as viagens do trabalho, ele conhece Tyler Durden, um excêntrico fabricante de sabão - no fundo - um homem de idéias e atitudes nada convencional, incluindo a criação de um bizarro clube da luta.

A última vez que vi esse filme foi a dez anos atrás, e confesso que achei essa obra pretensiosa. Com um início genial, o filme foi perdendo consistência com a entrada do personagem Tyler Durden, que na minha opinião fora criado com o propósito de gerar um final-surpresa, uma característica marcante do diretor nos anos 90. Mas aos olhos de hoje, mudei de opinião sobre o filme. Mesmo que eu considere Zodíaco e Seven - Os Sete Crimes Capitais os melhores trabalhos de Fincher, Clube da Luta tem as suas singularidades. A começar pela melhor atuação da carreira de Edward Norton (até o momento), espetacular num personagem perdido entre os valores contemporâneo e primitivo. A ótima trilha sonora de The Dust Brothers, que mistura vários estilos, sem perder o tom. Mas o melhor mesmo é a aula de movimentos de câmera, em que Fincher usa efeitos visuais para criar ângulos incríveis. Com uma montagem ágil, a adaptação da obra de Chuck Palahniuk continua atual ao abordar pessoas sufocadas pelo consumismo, perdidas em um mundo material sem qualquer perspectiva a respeito de suas vidas. "O que faz sentindo na vida?".