quarta-feira, agosto 10, 2011

A Garota Ideal



"Um estranho e solitário rapaz se apaixona por uma boneca inflável". Bom! Diante de um argumento desses descambaria ao humor chulo, explorando a bizarrice do gesto. Ou então se transformaria num drama denso, mostrando que essa atitude resvalaria para o preconceito, aflorando o pior do ser humano. Mas o filme A Garota Ideal surpreende, e vai contra tudo que é descrito acima. O diretor Craig Gillespie foi inteligente ao mostrar uma outra visão sobre essa estória. E nesse contexto, exibe a grande bondade e a humanidade de uma comunidade em aceitar o novo casal da região. O apaixonado Lars Lindstrom é um rapaz calado, introspectivo, mas que todos reconhecem nele uma pessoa do bem. Por conta dessa "ficha limpa", todos que estão ao seu redor aceitam a relação e encaram a boneca inflável, que se chama Bianca (que tem descendência brasileira e dinamarquesa), como a mais nova integrante da comunidade.
E que o roteiro do filme tem de poderoso é mostrar que as vezes o homem é um ser surpreendente; e que quando se mostra tolerante é capaz dos mais belos gestos. É uma típica obra que faz você acreditar nas pessoas. Que a humanidade e a compreensão são forças poderosas que vale a pena investir. Desculpe os milhões de clichês nessa resenha, mas foi o que eu senti após ver esse filme. Me senti muito bem, mesmo que isso seja breve e que a qualquer momento o preconceito, a ignorância, o medo surgem no caminho.

Um comentário:

samdrade disse...

sou louco pra conferir este!