quarta-feira, abril 03, 2013

Amor

(Amour, França/Áustria, 2012)
Direção: Michael Haneke
Elenco: Emmanuelle Riva, Jean-Louis Trintignant, Isabelle Huppert, William Shimell.

Quando li a sinopse de Amor fiquei surpreso pelo enredo piegas. Ledo engano. Amor respeita o lado cruel tão presente nas obras de Haneke. Primeiro, o filme não tem trilha sonora o que não resvala para o dramalhão e acentua o clima sufocante característico do diretor austríaco.  E de romântico, Amor simboliza a crueldade de uma relação amorosa, de um casamento de décadas que tenta sobreviver a um tema doloroso e inescapável: a brevidade da vida.
Encarando uma doença, o casal de 80 anos, Georges e Anne enfrentam um dilema. Ela aceita a morte; ele não. E é nesse impasse que Haneke expoe o martírio de Georges, um homem que faz de tudo para reverter a situação, mas sofre por ter consciência que essa luta é em vão.
Doloroso, Amor é um belo filme, mas não tem o vigor de A Fita Branca, mas desarma qualquer um com a dupla poderosa Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva. Pena que achei a participação de Isabelle Huppert irritante. Mesmo assim o filme me emocionou por recordar um casal de tios meu que passou pela mesma situação, mostrando que essa experiência deixa sequelas emocionais e fisicas irreversiveis. Filmão.

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