terça-feira, setembro 03, 2013

Shame

(Inglaterra, 2011)
Direção: Steven McQueen (II)
Elenco: Michael Fassbender, Carrey Mulligan, James Badge Dale, Hannah Ware.

O ser humano não é perfeito. É sempre vulnerável a vícios. Comer, beber, drogar, etc. E quando esse vício passa dos limites sentimos vergonha por tal condição - quando a vontade acaba dominando a nós mesmo. E em Shame, o diretor Steven McQueen (Fome) faz um bonito estudo de personagem ao expor a via Crucis de Brandon, um executivo bem-sucedido viciado em sexo que diante de sua frieza se torna um obstáculo ao estabelecer qualquer relacionamento com um ser humano - incluindo nesse pacote a sua frágil e emocional irmã Sissy.
Com uma delicada e sutil trilha sonora de Harry Escott, Shame exibe o desejo de Brandon ter controle de sua própria vida - por isso que o filme mostra várias vezes Brandon dentro de um vagão de metrô em movimento - mas mudar não é fácil. E Michael Fassbender está ótimo ao impor um humanismo no papel - mas confesso que nesse quesito o roteiro ajudou muito ao demonstrar que Brandon é um ser muito emotivo diante de sua frieza, em particular em relação a sua irmã. Eu só não entendi a polêmica toda a respeito das cenas de sexo e nudez - afinal já vi coisas mais explícitas nos filmes do Lars Von Trier e a última coisa a ser comentada são as cenas picantes. Mas gostei muito da denúncia que o filme faz a geração atual na qual tem fácil acesso ao sexo a ponto de perder contato, gosto, interesse pelo semelhante.

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