sábado, julho 20, 2024

Destaques nos Cinemas

ENTREVISTA COM O DEMÔNIO
 
(Late Night with the Devil, EUA, 2024) de Colin Cairnes e Cameron Cairnes
Terror. Um apresentador em crise particular e profissional arrisca tudo em uma entrevista sobrenatural.


DEADPOOL & WOLVERINE

(EUA, 2024) de Shawn levy
Ação. Os célebres heróis da Marvel se juntam a uma missão arriscada.



O MAL NÃO EXISTE
(Aku wa sonzai shinai, Japão, 2023) de Ryüsuke Hamaguchi
Drama. Pai e filha tem a sua relação abalado com uma construção ao lado de sua casa.

segunda-feira, julho 15, 2024

Lançamentos nos Streamings

BOYHOOD - DA INFÂNCIA A JUVENTUDE
(EUA, 2014) de Richard Linklater
Netflix
Drama. Da infância a juventude acompanhamos a trajetória de Mason.



CIDADE DOS SONHOS

(Mulholland Dr., EUA, 2001) de David Lynch
Mubi
Suspense. Uma jovem atriz ajuda uma mulher desconhecida a relembrar do seu passado.


IMPÉRIO DOS SONHOS
(Inland Empire, EUA, 2007) de David Lynch
Mubi
Suspense. Uma atriz vive entre a realidade e a ficção durante os bastidores de um filme.




LOVE LIES BLEEDING: O AMOR SANGRA
Max
(Inglaterra/EUA, 2024) de Rose Glass
Suspense. Sem perspectiva, jovem ganha um impulso ao conhecer e se apaixonar por uma halterofilista.


NÃO! NÃO OLHE!
(Nope, EUA, 2022) de Jordan Peele
Amazon Prime
Suspense. Após perder  o pai de uma morte misteriosa, jovem suspeita de uma invasão alienígena.




AS PATRICINHAS DE BERVELY HILLS
(Clueless, EUA, 1995) de Amy Heckerling
Netflix
Comedia. Uma patricinha tenta ajudar os seus colegas mas não consegue resolver seus problemas pessoais.


OS REJEITADOS
(The Holdovers, EUA, 2023) de Alexander Payne
Amazon Prime
Drama. Na véspera de natal, um professor ganha um péssimo presente: ser responsável por alunos.







A SALA DOS PROFESSORES
(Das Lehrerzimmer, Alemanha, 2023) de Ilker Çatak
Max
Drama. Recém chegada em uma escola, uma jovem professora causa atrito no seu trabalho ao querer descobrir o responsável por roubos no local.

YESTERDAY - A TRILHA DO SUCESSO
(Inglaterra, 2019) de Richard curtis
Globoplay
Drama. Após um acidente, um músico descobre que o mundo não conhece as musicas dos The Beatles e se aproveita da situação.

quarta-feira, julho 10, 2024

Dublê de Corpo

(Body Double, EUA, 1984)
Direção: Brian De Palma
Elenco: Craig Wassom, Melanie Griffiths, Gregg Henry, Deborah Shelton.

Jake é um ator na luta pelo estrelado em Hollywood - mas que no mesmo dia é demitido de uma filmagem por causa de claustrofobia e descobre a traição de sua namorada. Mas o início da amizade com o também ator Sam simboliza uma mudança de rumo em sua vida. E sensibilizado por estar sem teto, Sam "empresta" um moderno e suntuoso apartamento para Jake por um tempo. E ao mostrar o apartamento, Jake descobre uma vizinha sexy e exibicionista no outro lado da rua. A atração é imediata o que faz com que Jake acompanhe os passos da vizinha e perceba que um estranho "índio" está a perseguindo gerando um risco de vida a bela mulher.
Rever Dublê de Corpo depois de muitos anos me fez voltar no tempo e recordar o primeiro cineasta que me atraiu no mundo cinema: Brian De Palma. Mas confesso que esqueci muita coisa do filme de 1984, o que ocasionou em boas surpresas (e um pouco de frustração). Mas também não esperava uma conexão com o clássico do David Lynch, Cidade dos Sonhos.
E no auge da carreira, o mestre De Palma não esconde as referências ao Alfred Hitchcock e em Dublê de Corpo, ele referencia ou parodia dois clássicos do mestre do suspense: inicialmente homenageia Janela Indiscreta - e na metade por fim joga Um Corpo Que Cai no enredo. Mas De Palma, usa a expertise hitchcockiana para fazer uma veemente crítica a Hollywood como uma indústria que destrói sonhos artísticos. E o diretor usa e abusa da metalinguagem como uma grande brincadeira cinematográfica. Também vale destacar a ótima e dramática trilha sonora de Pino Donaggio que deixa tudo mais carregado e tenso. No entanto, o filme envelheceu um pouco com o tempo (um certo exagero no voyeurismo) mas as brincadeiras com a linguagem ainda tem um certo frescor pois percebesse um cineasta totalmente a vontade com a sua obra - e afiado em sua crítica a Hollywood.

sexta-feira, julho 05, 2024

Love Lies Bleeding: O Amor Sangra

(Inglaterra/EUA, 2024)
Direção: Rose Glass
Elenco: Kristen Steward, Katy O´Brian, Ed Harris, Anna Baryshnikov.

Lou é uma solitária dona de uma academia de musculação decadente em uma cidade sem graça que reflete a sua vida. Mas a aparição de uma fisiculturista de outra cidade, Beth, lhe chama a atenção e de imediato surge uma forte relação. Mas se o coração de Lou foi atingido em cheio mais problemas surgem neste forte caso de amor. Além de Lou apresentar o mundo dos anabolizantes a Beth, também somos apresentados a problemática e perigosa família de Lou.
Confesso que não assisti ao primeiro filme de Rose Glass, o elogiadíssimo Saint Maud, mas ao conferir a Love Lies Bleeding: O Amor Sangra o estilo da diretora chama atenção. Primeiro ao ver o cuidado ao imprimir um film noir singularíssimo que mistura o suspense Gosto de Sangue dos irmãos Coen ao surrealismo de Coração Selvagem de David Lynch mas sem perder a unidade. Pelo contrário, o filme é instigante do começo ao fim pelo ótimo roteiro de Rose Glass e Weronika Tofilska que pega o público de surpresa pelas reviravoltas (especialmente a sua conclusão) e a ótima edição de Mark Tows que deixa tudo ágil e envolvente. Vale destacar a brilhante trilha sonora de Clint Mansell que brinca com o som dos anos 1980 de uma forma encantadora. Mas o elenco aqui é o seu ponto forte. Um Ed Harris calmo (mas um penteado ridículo) que contrapõe a uma monstruosidade psicótica. Kristen Steward mais uma vez brilha ao dar vida a uma pessoa acuada, desconfiada mas extremamente amorosa. Mas é a incrível transformação de Katy O'Brien como uma halterofilista que impressiona pelo visual em contraposto ao lado sensível e passado também traumático.
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra é um retrato de um Estados Unidos hostil, brutal e sem esperanças em que a única saída é cair de cabeça em uma grande paixão. Tudo aqui é passional, da entrega absoluta a uma sensação de pertencimento; aquele sonho bom acompanhado de um tremendo pesadelo. Um dos melhores filmes do ano.

segunda-feira, julho 01, 2024

Furiosa: Uma Saga Mad Max

(Furiosa: A Mad Max Saga, Austrália/EUA, 2024)
Direção: George Miller
Elenco: Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke, Lachy Hulme.

Moradora de um oásis verde comandado por mulheres, a pequena Furiosa é sequestrada pela gangue de Demetrius, que com a criança em mãos fica curioso pela sua valiosa origem. Entretanto no destino da garota entra em cena o chefão de uma outra gangue Imortal Joe. Assim, Furiosa cresce e vira uma peça chave para o destino das gangues que assolam o deserto da Austrália.
Quase dez anos depois do intenso retorno ao universo Mad Max, o grande cineasta australiano George Miller mostra uma criatividade e uma energia para deixar qualquer jovem cineasta no chinelo. E quase aos 80 anos de idade, Miller dobra a aposta na saga e foca totalmente na grande personagem de Mad Max - A Estrada da Fúria: Furiosa. E pela primeira vez, o antológico protagonista Mad Max não participa da narrativa. Em contrapartida o diretor foi feliz ao incluir um novo e interessante vilão: Demetrius. E a escalação do elenco foi perfeito com uma misteriosa atuação da sempre competente Anya Taylor-Joy que usa os olhos e a postura na busca pela vingança; já a surpresa fica ao Chris Hemsworth que impõe com segurança um antagonista que mistura crueldade e um humor canastrão. Já a parte técnica é um show. A bela fotografia de Simon Duggan que mantém o mesmo nível do filme de 2015. A excelente edição de Margaret Sixel que torna os 140 minutos de duração com uma fluidez impressionante. Mas o maestro é mesmo Miller que impõe uma obra energética recheada de movimentos de câmera impressionantes em que o diretor já informa que quer dar uma continuidade a saga Mad Max. Espero que o cineasta não demore muito para um novo capitulo.