
O título do filme vem da parábola bíblica chamada Torre de Babel, em que o homem queria construir uma torre que alcançasse o céu. Deus, desgostoso com a idéia, joga uma praga aos homens: todos dessa torre falariam línguas diferentes. E assim, nunca mais poderiam se comunicar. O diretor mexicano Iñárritu (como Deus) também conduz a confusão que assola os seus personagens, tanto emocional (a surda-muda japonesa), quanto cultural (a família de marroquinos) ou político (a empregada mexicana ilegal) e até mesmo amorosa (o casal americano). Mesmo sendo bem dirigido e orquestrado (bela trilha, ótimos atores), o diretor fez o filme mais fraco da sua trilogia, iniciada pelo ótimo Amores Brutos e o excepcional 21 gramas. E também o mais acessível. O grande problema é que a ambição (ou o ego) dos realizadores do projeto foi maior que o contexto (o tema a ser explorado) da obra. A intenção do diretor era fazer um filme “profundo, contemporâneo e para massas”, mas acaba lembrando propaganda de político brasileiro: promete, mas não cumpre.
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