sábado, fevereiro 07, 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button

O filme “O Curioso Caso de Benjamin Button” conta a estória de Caroline, que está cuidando de sua mãe, Daisy, que se encontra hospitalizada em Nova Orleans. Percebendo que o fim se aproxima, Daisy começa a contar estórias pitorescas dessa região, mas principalmente, pede para que sua filha leia o diário de um homem chamado Benjamin Button. Para espanto de Caroline, Benjamin é uma pessoa que, inexplicavelmente, nasceu velha, e com o passar do tempo, começa a se rejuvenescer. Enquanto mais surpresas vão surgindo no diário, Nova Orleans testemunha a chegada do devastador furacão Katrina.

Num mundo obcecado pela juventude, o filme mais convencional de David Fincher exalta o nosso papel no qual representamos em nossas vidas ordinárias. Tanto as surpresas quanto as decepções. De certa forma, para Benjamin, nossas vidas não têm nada em comum, pelo contrário, o que faz lembrar do célebre Forrest Gump. Mas se Forrest Gump era ingênuo e divertido, Benjamin é mais sombrio, afinal a sua vida começou de trás pra frente, encarando logo de cara a morte e a velhice num asilo. Esse sentimento é refletido na linda fotografia que explora o marrom, que na tela do cinema parece uma moldura antiga. Com uma vertiginosa montagem (mal se percebe que o filme tem três horas de duração) e trilha sonora delicada, o destaque vai para o primoroso trabalho de produção (direção de arte, figurino e som). Porém, me desagradou os seus efeitos visuais, e a sua maquiagem me deixou assombrado (um trabalho nada sutil). O Curioso Caso de Benjamin Button é uma obra que Fincher queria demonstrar o lado positivo do ser humano, mas não soube ser original/criativo nesse novo ângulo, mas mesmo assim emociona com o seu belo final.

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