

O novo trabalho de Stephen Daldry transforma uma paixão e suas seqüelas como o pano de fundo para a expiação de uma nação (no caso, a Alemanha) em torno da culpa de carregar uma das maiores atrocidades de todos os tempos: o holocausto. Ele, por ter se envolvido, se apaixonado por uma mulher aparentemente comum, mas que guarda um passado monstruoso. Já ela não guarda nenhum rancor sobre o que ocorreu no campo de concentração, afinal aquela era a sua função. O que lhe incomodava realmente era algo banal: ser analfabeta.
Esse entrave de uma Alemanha pré-nazista (Hanna) e pós-nazista (Michael) seria um ótimo material para o saudoso diretor polonês Krzysztof Kieslowski, mas o cineasta britânico fez um bom filme, com um ótimo elenco, no qual o destaque fica por conta da participação da atriz sueca Lena Olin no final da obra. A sua passagem mostra que existem muitas perguntas sem respostas a respeito desse tema.
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