quarta-feira, agosto 12, 2009

A Insustentável Leveza do Ser

O filme “A Insustentável Leveza do Ser” conta a estória do jovem cirurgião Tomas, um homem que curte a vida como poucos, encarando-a como um mundo de aventuras e oportunidades – além de ser um mulherengo incorrigível. E de tantas mulheres em seu destino, a artista Sabina é a quem mais lhe fascina, por ser uma mulher forte, liberal e extremamente sensual, que adora o fetiche de se vê transando no espelho. Mas um dia, Tomas é chamado para fazer uma operação num spa. Depois do compromisso, pelas andanças no spa, uma moça lhe chama a atenção. Com o seu jeito galanteador, Tomas conquista a garota, Tereza, mas não teve tempo para levá-la para cama. Retornando a vida cotidiana em Praga, ele recebe a visita de Teresa, e a paixão é fulminante. Mas a relação será testada, por conta das “escapadas” de Tomas, e pela instável situação política da Tchecoslováquia do fim dos anos 60.




Bonita adaptação do clássico de Milan Kundera, com o padrão de qualidade do produtor Saul Zaentz (Amadeus, O Paciente Inglês, Brincando nos Campos do Senhor) que como sempre arrasa no desenho de produção, em que o destaque vai para a linda fotografia do mestre Sven Nykvist (merecidamente indicado ao Oscar).
Abordando a liberdade em tempos de instabilidade política (Primavera em Praga), o seu enredo mostra o choque entre pessoas livres, autônomas, independentes como Tomas e Sabina; e pessoas carentes, perdidas como Tereza. Mesmo sendo diferentes, Tomas e Tereza conseguem se manter unidos diante de todas as dificuldades. Mas é Sabina o espírito irrequieto, que mostra que o mundo é muito além do que as suas rotinas. Ou seja, no mundo existem vários tipos de liberdade. Mas seja qual for a liberdade, ela traz consigo cobranças e alegrias.

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